Apoio de sacerdotes a Mussolini |
Bernardino Nogara (1870-1958) foi um competente assessor financeiro do Vaticano entre 1929 e 1954. Em sua gestão, ele conseguiu sanar as finanças da Santa Sé com a Praevidentia, uma empresa de seguros cuja criação só foi possível porque teve o apoio de senadores fascistas.
Esse é um dos fatos históricos relatados no livro “Os Pecados do Vaticano - Soberba, Avareza, Luxúria, Pedofilia” (Ed. Gryphus, 353 págs., R$ 50] do sociólogo italiano Claudio Rendina (foto) recentemente lançado no Brasil e em outros países.
Ali, há outros relatos da estreita ligação da Igreja Católica com o fascismo. O livro mostra, por exemplo, as negociações entre a Igreja e Benito Mussolini em torno do chamado Tratado Latrão, que permitiu ao Vaticano se tornar um Estado soberano.
Isso não saiu de graça, e a Santa Sé teve de dar sua contrapartida, o que incluiu o fornecimento de armas ao Exército italiano, por intermédio da empresa Officine Meccaniche Reggiane, do Vaticano, para a ocupação da Etiópia em 1935.
Essas revelações não são novas, mas o mérito do livro de Rendina é apresentá-las com riquezas de detalhes, com datas e lugares, colocando-as dentro de uma sucessão de fatos históricos cujas conexões entre si apresentam uma certa coerência. A ponto, inclusive, de a Igreja nunca ter feito uma autocrítica sobre o seu envolvimento com o fascismo.
Com o mesmo detalhamento, o livro conta outros podres da Igreja Católica cujo fedor exala até hoje, como a pedofilia. Há registros de que papas e bispos gostavam de garotinhos desde o século 13.
Há também no livro informações sobre o caso entre o papa Gregório XVI (1831-1846) e a mulher do barbeiro do cardeal Cappellari. Foi uma paixão avassaladora, mas trata-se apenas de uma entre tantas outras histórias de luxúrias de homens encarregados de ditar a moralidade divina a este mundo de pecadores.
Rendina contou à Istoé que, em suas investigações, ficou chocado com a avareza dos papas e de seu séquito desde a Igreja primitiva, com a ostentação de riqueza em contraste com a extrema miséria dos fiéis.
Existem vários livros sobre a vergonhosa história da Igreja Católica, mas este de Rendina tem incomodado mais o Vaticano, e por três motivos.
Primeiro porque Rendina é um católico praticante, e os clérigos não podem acusá-lo, por exemplo, de ser um ateu que só pensa em denegrir a Santa Sé.
Segundo porque o livro é bem fundamentado e muitos de seus dados foram colhidos na biblioteca do próprio Vaticano, onde, aliás, o sociólogo deixou de ser bem-vindo.
O terceiro motivo é o fato de o livro ser lançado em um momento de grave crise da Igreja Católica, com a explosão de denúncias contra padres pedófilos em vários países e o vazamento de informações comprometedoras sobre as intrigas dos corredores do Vaticano. O que mostra que, na essência, a Igreja pouco mudou. É o que mostra o livro.
Com informações da Istoé.
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A responsabilidade dos comentários é de seus autores.
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Comentários
O que motiva alguém, que se diz católico, a tornar público os males da Igreja é um desejo de purificação. O esforço em detalhar os fatos é também um esforço de apontar os verdadeiros atores e desvincular ou diferenciar a Organização da pessoa do(s) transgressor(es).
Cadê deus que permite tantas barbaridades em seu nome?
Os religiosos, encontram o tal diabo em tudo, mas faz 2012 anos que eles não têm provas que deus exite.
Pensador Racional.
Cadê deus que permite tantas barbaridades em seu nome?
Os religiosos, encontram o tal diabo em tudo, mas faz 2012 anos que eles não têm provas que deus exite.
CORREÇÃO: "QUE ELES NÃO TÊM PROVAS QUE DEUS EXISTE.
Pensador Racional.
Isso ainda funciona?
Pronto, conforme o combinado, Ele não se manifestou, logo, está proado que Ele existe! Quem não acredita, então prove que ele não existe! #TrollFace
O catolicismo só fez algo, quando era Estado Maior, hoje ele não passa de um come lixo.
Há uma longa história de afinidades entre o Cristianismo/Catolicismo e líderes sanguinários. Talvez porque o próprio Cristianismo/Catolicismo têm um vasto currículo de perseguições, torturas e assassinatos - que começou com as Cruzadas, passou pela Inquisição e perambulou pela Caça às Bruxas.
(Albert Einstein, The Tablet de Londres).
toda sociedade tem pai abusando de suas filhas e filhos e pastores da Igreja Protestantes paricando esse mal vocês ateus não tem fundamentos nemhum de acusar a Igreja Católica procurem que fazer bando de doentes.
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