por Alessandro Speciale para Vatican Insider
No mundo, cada vez menos pessoas se consideram crentes – independentemente da fé que professam e se frequentam efetivamente um lugar de culto regularmente. Mas em nenhum país do mundo (com exceção do Vietnã), essa queda é mais rápida do que na já ex-catolicíssima Irlanda, ainda abalada pelos abusos de menores e pelos encobrimentos dos pedófilos na Igreja Católica.
Os dados – publicados no Índice Global de Religião e Ateísmo, pesquisa realizada pela WIN-Gallup International – mostram que, de 2005 até hoje, o percentual de irlandeses que se definem como "religiosos" passou de 69% para 47% da população: uma queda de 22%, ligeiramente superado somente pelo número registrado no Vietnã, onde apenas três em cada dez pessoas se definem como "religiosas".
Graças a esse dado, a Irlanda entrou no "top ten" dos países menos crentes do mundo: uma classificação liderada não surpreendentemente pela China (onde apenas 14% das pessoas se definem como "religiosas") e em que também aparecem o Japão, República Tcheca, Coreia do Sul, França, Alemanha, Holanda e Áustria. Na Irlanda, as pessoas que não se consideram religiosas – 44% – já são quase mais do que aquelas que afirmam ter uma fé, enquanto um em cada dez irlandeses já é um "ateu convicto".
Irlanda quer terras da igreja para pagar vítimas de abuso
julho de 2011
A lista dos países mais crentes do mundo é liderada por Gana, com 96% de pessoas "religiosas", e conta com as presenças de nações de todos os continentes, da Romênia às Ilhas Fiji, do Brasil ao Iraque. Em geral, segundo a pesquisa, no mundo o sentido religioso caiu nos últimos sete anos em quase 10% (de 77% a 68% da população), enquanto os ateus convictos passaram de 4% para 7% da população mundial.
julho de 2012
Estatística das religiões no mundo.
País entrou na lista dos menos religiosos |
Os dados – publicados no Índice Global de Religião e Ateísmo, pesquisa realizada pela WIN-Gallup International – mostram que, de 2005 até hoje, o percentual de irlandeses que se definem como "religiosos" passou de 69% para 47% da população: uma queda de 22%, ligeiramente superado somente pelo número registrado no Vietnã, onde apenas três em cada dez pessoas se definem como "religiosas".
Graças a esse dado, a Irlanda entrou no "top ten" dos países menos crentes do mundo: uma classificação liderada não surpreendentemente pela China (onde apenas 14% das pessoas se definem como "religiosas") e em que também aparecem o Japão, República Tcheca, Coreia do Sul, França, Alemanha, Holanda e Áustria. Na Irlanda, as pessoas que não se consideram religiosas – 44% – já são quase mais do que aquelas que afirmam ter uma fé, enquanto um em cada dez irlandeses já é um "ateu convicto".
Irlanda quer terras da igreja para pagar vítimas de abuso
julho de 2011
A lista dos países mais crentes do mundo é liderada por Gana, com 96% de pessoas "religiosas", e conta com as presenças de nações de todos os continentes, da Romênia às Ilhas Fiji, do Brasil ao Iraque. Em geral, segundo a pesquisa, no mundo o sentido religioso caiu nos últimos sete anos em quase 10% (de 77% a 68% da população), enquanto os ateus convictos passaram de 4% para 7% da população mundial.
Na Itália, o número daqueles que se dizem religiosos permaneceu substancialmente inalterado ao longo dos anos, acima dos 70%, mas os ateus cresceram ligeiramente, passando de 6% para 8%.
Entre os resultados destacados pela pesquisa, está a genérica confirmação de um fato que, para muitos, é evidente: quanto mais cresce o bem-estar de uma população, mais a sua religiosidade média diminui. Mas há duas notáveis exceções a essa tendência: de um lado, os Estados Unidos, muito ricos, mas também muito religiosos; de outro, a China, com uma renda média ainda baixa, mas com uma porcentagem de não crentes altíssima.
O que chamou a atenção, no entanto, foram principalmente os números referentes à Irlanda. Tanto que o arcebispo de Dublin, Dom Diarmuid Martin, homem de ponta na resposta da Igreja Católica ao escândalo da pedofilia, comentou os dados, destacando os "desafios" que os crentes irlandeses ainda têm que enfrentar.
"A Igreja Católica – disse – não pode dar como certa a passagem automática da fé de uma geração para a posterior, nem que os seus membros vivem a fé de modo pleno. Essa pesquisa serve apenas para nos lembrar, mais uma vez, que precisamos de uma sólida e contínua educação para a fé".
Irlanda recusa guarda à procissão; Igreja diz que foi uma afrontaEntre os resultados destacados pela pesquisa, está a genérica confirmação de um fato que, para muitos, é evidente: quanto mais cresce o bem-estar de uma população, mais a sua religiosidade média diminui. Mas há duas notáveis exceções a essa tendência: de um lado, os Estados Unidos, muito ricos, mas também muito religiosos; de outro, a China, com uma renda média ainda baixa, mas com uma porcentagem de não crentes altíssima.
O que chamou a atenção, no entanto, foram principalmente os números referentes à Irlanda. Tanto que o arcebispo de Dublin, Dom Diarmuid Martin, homem de ponta na resposta da Igreja Católica ao escândalo da pedofilia, comentou os dados, destacando os "desafios" que os crentes irlandeses ainda têm que enfrentar.
"A Igreja Católica – disse – não pode dar como certa a passagem automática da fé de uma geração para a posterior, nem que os seus membros vivem a fé de modo pleno. Essa pesquisa serve apenas para nos lembrar, mais uma vez, que precisamos de uma sólida e contínua educação para a fé".
julho de 2012
Estatística das religiões no mundo.
Comentários
Precisam é parar de acobertar pedófilos e abafar escândalos.
Sim, foi exatamente por isso.
Mas querer vincular a guerra do Vietnã com religião é o cúmulo da vigarice intelectual. A guerra do Vietnã teve causas politicas/economicas, como todas as guerras que ocorreram durante o período da Guerra Fria que se deu após o fim da Segunda Guerra Mundial até a queda da União Soviética em 1991.
Existe uma confusão entre causa e efeito.
Não é a riqueza que leva a redução da religiosidade, mas, a redução da religiosidade que leva a riqueza.
Os EUA nasceram como uma nação completamente laica, o que os levou a maior potência do mundo, hoje, contudo, se voltam a religião, sobretudo por causa do partido republicano, e, estão ameaçados de perderem o seu status de país rico.
A China está se tornando rica exatamente por sua falta de religiosidade.
Pena que tenha sido através de tanta dor, tanta humilhação, de tantas crianças inocentes. As batinas[ e hábitos?] são amplas e rodadas para esconder o circo de horrores de tantos séculos. Coisas que nunca foram ditas e descobertas, coisas que nunca saberemos. Se a Justiça dos homens precisa da denúncia para que produza seus efeitos, a tal justiça 'divina' não precisaria e a total falta de manifestação dela por parte do 'divino', a ausência de castigos relegadas a um pouco provável pós morte, julgamento e devida prisão no suposto inferno, fez e faz com que não se queira mais esperar pelo carimbo de São Pedro. Deixar nas mãos de um 'deus' que nunca se manifestou e manifesta não tem mais cabimento.Tem de ser aqui e agora, de forma retroativa. O 'pouco' que sabemos hoje é graças aos audazes que não podendo mais esconder de si mesmos tanta dor, aceitam o sacrifício de duplo sofrimento ao se exporem publicamente para que a roda de perversidades pare de girar. O que seria dessa humanidade medrosa e chinfrim se não fossem os audazes de cada época que, mesmo com o custo das próprias vidas, nos deixaram legado de coragem e de pedagógico sofrimento? Ainda aprendemos mais pela dor do que pelo prazer, mas o importante é que aprendamos para não repetir os mesmo erros. Que a bela Irlanda e seu povo alegre e etílico seja bem-vida ao século 21, meio aos trancos e solavancos, mas chegou! E olhando assim do presente para o passado veja que as batatas foram o menor de seus problemas...
A História não ficará estagnada nesta situação. Decerto a religião está perecendo pelo ser ateu. Mas os contrários coexiste. Sem a religião não haverá mais o ateu. E qual será a nova tese ?
Sinto informar que a fé tem diminuído não apenas na Irlanda. E ao que consta não está aumentando em nenhum lugar do mundo. Não proporcionalmente, pelo menos - que é o mais importante.
Ele foi apena DEMONIZADO pelos vencedores.
Ouve holocausto de todos os lados, mas comenta apenas os dos Nazistas.
.
Na 2ª guerra mundial , não existia o BEM e o MAL não, apenas jogos de interesses , poder e $$$$
Mas em geral tendem a ser pessoas mais tranquilas e livres de fanatismos.
A China, contudo, eu diria que foi a mão de ferro do governo em conseguir efetivamente implementar o CONTROLE POPULACIONAL, que possibilitou o país de se tornar uma superpotência.
Esta mesma mão de ferro impede que religiões picaretas como o catolicismo e islamismo (e pastores evangélicos de televisão) entrem no país e causem danos.
No fim, tem a ver com religião sim, ou, melhor, com a supressão desta.
No conflito entre católicos e protestantes na Irlanda os católicos foram as vítimas, foram oprimidos por séculos, se você quer culpar uma religião culpe apenas os anglicanos ingleses que oprimiram os irlandeses católicos ao roubarem suas terras e privá-los do poder político, dentre várias outras coisas. E o conflito irlandês, mesmo que em parte seja causado por Religião, é também é um conflito étnico que teria ocorrido com ou sem a Religião.
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