No artigo "Sobre a liberdade de ofender um deus imaginários", Harris lamentou que se esteja abrindo mão de direitos básicos |
O neurocientista e militante ateu Sam Harris (foto), 45, escreveu um artigo com o título “Sobre a liberdade de ofender um deus imaginário” dizendo que ninguém se esqueça de que “somos livres para queimar o Corão ou qualquer outro livro e para criticar Maomé ou qualquer outra pessoa”, embora, observou, não seja isso que esteja ocorrendo ultimamente.
Ele lamentou a onda de histeria muçulmana e de violência que varreu mais de 20 países por causa de um vídeo, o Innocence of Muslims ("A Inocência dos Muçulmanos"). Por conta disso, “as paredes de nossas embaixadas e consulados foram violadas por multidões triunfantes e muitas pessoas foram assassinadas.”
Escreveu que essa erupção de “raiva piedosa é tão previsível quanto o amanhecer”. “Essa já é uma história antiga e chata sobre velhas ideias mortais.”
Ele criticou o governo americano e a imprensa por defenderem a necessidade de haver um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a liberdade de religião, como se esta pudesse ser violada por vídeo tosco do Youtube.
Para ele, o que tem havido diante dos baderneiros muçulmanos é uma “covardia moral”, como mostrou o governo americano ao tentar impedir que um pastor maluco, o Terry Jones, queimasse o Corão e, agora, ao pedir ao Google que retire de seus servidores o Innocence of Muslims.
Harris disse que essa covardia acabou contaminando até jornalistas liberais, que passaram a questionar as liberdades mais básicas da sociedade americana, cedendo à “fúria sadomasoquista chamada pelos muçulmanos de ‘sensibilidade religiosa’”.
O que está ocorrendo na verdade, segundo ele, não é uma questão religiosa, mas o uso da religião por parte de países de cultura islâmica contra a política externa dos Estados Unidos.
“A verdadeira fonte do problema pode ser encontrada na história da agressão ocidental a esses países”, disse. “É nossas políticas, mais do que a nossas liberdades, é que eles odeiam” e “a religião só funciona como pretexto para a violência política”
Portanto, para ele, não é verdade que “crimes imaginários”, como a blasfêmia e a apostasia, sejam, de fato, a causa dos tumultos e das mortes destes últimos dias.
“A liberdade de pensar em voz alta sobre determinados temas, sem medo de ser perseguido ou de ser morto, já foi perdida”, escreveu Harris. “E as únicas forças que podem recuperá-la são governos seculares fortes que possam enfrentar as acusações de blasfêmia com desprezo.”
junho de 2012
Aviltar ícone religioso faz parte da democracia, diz cientista
setembro de 2012
Fanatismo islâmico.
Comentários
O que esta se passando é falta de evolução , A religião cauterizou suas mente e os deixaram estagnados, vocês religiosos morre de medo de suas divindades porque elas foram criadas sobre o terror psicologico e psiquico de seres primitivos , qual de vocês se vissem seu deus iria correndo lhe dar um abraço. A esperança da evolução terraqueo pode e vai acontecer o que dia que religião for apenas conto de fadas ,neste tempo vocês evoluirão e chegarão ao nosso patamar evolutivo e científico.. Vocês se matam em troco de nada..
Até mais terráqueos.
Agora é a sua vez de se destacar como ícone destacado do Ateísmo. Não é?
Christopher mantinha você na sombra com todo aquele apelo pessoal de homossexual ocasional, fumante inveterado, alcoólatra 24 horas, mãe morta por suicídio... Mas o danado tinha estilo. E com isto, ele não deixava você brilhar com toda a força.
Agora, você está aí, unhas bem aparadas (deve até usar uma base), terno bem feito, cabelo bem cortado...
O Problema é que você não se expressa tão bem quanto o Cavaleiro Morto! Onde fica aquele negócio de SEU DIREITO TERMINA ONDE COMEÇA O DO OUTRO? Ou será que aí nos states isso não se aplica?
E a questão é justamente esta: "Pode a Liberdade de Expressão ferir a Liberdade Religiosa e vice-versa?"
Um vídeo insultando um ícone religioso fere a Liberdade Religiosa? Talvez sim, na medida em que esta Obra anuncia a todo o Mundo que grande parte das pessoas seguem as palavras de um indivíduo imoral. E se assim é, tais palavras são uma fraude. E, se várias gerações basearam suas vidas e todos os seus valores numa fraude, então todas estas pessoas e nações são idiotas, imbecis, absolutamente menos inteligentes que os outros povos.
Ou seja, o filme ofende, indiretamente, toda a Nação Islâmica, atacando valores que, para os revoltosos, são mais preciosos que a vida!
Os Ocidentais tentam impor sua escala de valores aos outros domínios do Mundo. Faz parte de sua saga colonizadora. Os Muçulmanos estão mostrando que isto tem um preço.
A questão é, já fizeram filmes criticando o cristianismo, ridicularizando o politeismo e porque maomé ? Porque se não eles vão se matar ? Que morram, ser fundamentalista e ter um conceito de moral baseada em uma religião preconceituosa tem seus lados negativos, neste caso, receber criticas de todos os lados.
Enquanto eu entendo que liberdade de expressão entre em conflito com a liberdade religiosa não sei porque só devemos limitar a primeira.
Se uma religião prega que seus fiéis devem matar pessoas inocentes porque alguém fez um desenho de uma determinada pessoa, me desculpe, não consigo ver como isso é um problema de excesso de liberdade de expressão.
É uma pena que não o ateísmo não seja considerado crime pela constituição.
Att espancador de ateus
Acordem, seus cretinos!
Vai lá dar seus 10%, vai lá dar seu suado dinheiro para o Silas andar de mercedes e se exibir com suas unhas feitas e cabelos com aplique.
E alias, por favor, não tome remédio quando ficar doente, porque pode ser que a formula seja de um ateu.
Outro recado já que você tem fé, pois a fé remove montanhas, se jogue do prédio mais alto que você encontrar quem sabe você não prova que sua fé existe.
Some daqui TROLL!
Não é que Maomé seja intocável, mas simplesmente que o filme sugere que (TODOS) os mamoetanos (e não apenas Maomé) são bissexuais-violentos-pedófilos- terroristas. É claro que a revolta popular está sendo incentivada por grupos politicamente radicais (os salafistas, que são uma minoria entre os Muçulmanos) e Sam Harris discerne isso com clareza: o problema não é religioso, mas político-religioso, pois o Ocidente está em querra e com bases de ocupação em vários países muçulmanos. Um filme do mesmo teor sobre Buda ou Krishna não geraria a mesma revolta, pois a China e a India não estão sendo invadidos pelo Ocidente no presente momento.
Quanto a se sentir ultrajado, isso é normal (o que não é normal é invadir embaixadas e matar pessoas). Se o Datena fizesse um filme tosco retratando Darwin (ou Dawkins) como zoofilico pedofilo e violento, eu me sentiria ultrajado e faria protestos, pois o filme não seria uma simples afronta a um individuo mas sim sugeriria que todos os ateus, enquanto população, teriam essas caracteristicas.
Mas aqui se revela uma fraqueza do movimento secularista: somos bons de fazer protesto na internet, mas ir nas ruas para protestar, quem sabe desfilar com charges em frente das embaixadas de paises muçulmanos, isso ainda não somos capazes... Por que será? E será que um dia ateus pegarão em armas para fazer uma "Cruzada" contra o Islã, a fim de defender seus direitos de liberdade de expressão? Alguém aqui pegaria em armas para isso? Não sei não, acho que o brasileiro é meio medroso para essas coisas (armas, revoluções, etc).
"O que está ocorrendo na verdade, segundo ele, não é uma questão religiosa, mas o uso da religião por parte de países de cultura islâmica contra a política externa dos Estados Unidos."
Esse NÃO é o posicionamento de Harris. Ele nesta parte está caracterizando o pensamento dos liberais americano, na qual ele condena!!!
" At moments like this, we inevitably hear—from people who don’t know what it’s like to believe in paradise—that religion is just a way of channeling popular unrest. The true source of the problem can be found in the history of western aggression in the region. It is our policies, rather than our freedoms, that they hate. I believe that the future of liberalism—and much else—depends on our overcoming this ruinous self-deception. Religion only works as a pretext for political violence because many millions of people actually believe what they say they believe: that imaginary crimes like blasphemy and apostasy are killing offenses.
Engraçado como o termo "militante" é atribuído a alguém que apenas critica religião.
Geralmente quando algum religioso é caracterizado como militante, essa pessoa ou é um homem-bomba ou assassino de médicos que fazem aborto.
Me faz lembrar daquele ditado: Muçulmanos militantes podem explodir carros e cometer atos de terrorismo. Cristãos Militantes podem explodir clínicas de aborto e matar médicos. Ateus militantes podem machucar os seus sentimentos.
chingamentos e toda sorte de palavroes sao acusaçoes imaginarias?
enfim o que nao é imaginario?ateus façam-me rir, idiotas, olha isso é imaginario em? idiotas.
"Sei sei, liberdade pela metade... Você pode ir e vir desde que ninguém se incomode... Pura BABAQUICE. Se for regular nossas ações para não ofender ninguém então não faremos nada."
Francisco, a Asa, vice presidente da LiSH, diz que devemos sim respeitar uns aos outros, pois isso é a base da convivência humana. Se você não está disposto a respeitar, então não deve esperar ser respeitado. Se "demonizamos" os religiosos (ou seja, cometemos a falacia da hipergeneralização, colocando Malafaia e Martin Luther King no mesmo saco), então não podemos reclamar de sermos "demonizados" e discriminados.
Em vez de ofender os religiosos, que tal usar de sedução argumentativa, de empatia, de simpatia humana? Não vejo como se pode fazer uma pessoa mudar de opinião na base de ofensas, chamando-as de burras, tapadas ou criminosas.
Não adianta os ateus apenas sairem do armario. Isso não significa crescimento do secularismo. O que se precisa é uma estratégia de ganhar novos adeptos entre os religiosos. Como se faz isso? Com respeito e empatia, mostrando por exemplo, como a visão cientifica do mundo é bela e intrigante. Isso pode ganhar corações e mentes (pois estamos em uma guerra cultural). Me mostre uma pessoa religiosa que você fez mudar de opinião usando chacotas e desprezo... Mas, se você não consegue conquistar ninguém, se apenas conseguimos fazer ateus sairem do armario (ou seja, eles já eram ateus, nada mudou), qual será o futuro do secularismo, nesta competição ferrenha onde os religiosos sabem muito bem como ganhar as pessoas (usando empatia, musica, bom humor, vida comunitaria, ajuda mutua, experiencias misticas, etc)? Acho que o futuro do secularismo depende urgentemente da adoção do Ateismo 2.0 de Alain de Botton. "Pregar" para os já "convertidos" ao ateismo não tem efeito nenhum na demografia religiosa do planeta.
Religiosos são capazes de morrer por aquilo que acreditam, mas ateus não fazem assim por aquilo que acreditam.
Ou seja: os ateus, na verdade, não acreditam em suas descrenças, pois se acreditassem morreriam por elas.
Mais um ponto a favor dos religiosos e da religião.
Harris é de esquerda na maioria das questões. É a favor de casamento gay, contra a pena de morte, a favor da liberalização da maconha, que se aumente impostos para os mais ricos... Ele apenas não concorda com a posição da esquerda "politicamente correta" em relação a religião. E tão pouco poderíamos dizer que ele é de "direita" neste aspecto... pois a direita americana é cristã.
Eu concordo com ele... e acho que você está ignorando o papel da religião como fonte de inspiração para a guerra.
Aqui por exemplo, podem conquistar pessoas e não há inplicância alguma; vá lá fazer isso? Morte em nome desse cara, o Maomé, um ser humano como nós mesmos e que tem sepultura como a qualquer um dos mortais.
Essa pressão nesse sentido dará certo para esfriarem verem que a coisa para ser boa e justa tem de ser para os dois, não para apenas um.
Peço que você CORRIJA o Post sobre o artigo de Sam Harris.
A seguinte parte está equivocada:
"O que está ocorrendo na verdade, segundo ele, não é uma questão religiosa, mas o uso da religião por parte de países de cultura islâmica contra a política externa dos Estados Unidos.
“A verdadeira fonte do problema pode ser encontrada na história da agressão ocidental a esses países”, disse. “É nossas políticas, mais do que a nossas liberdades, é que eles odeiam” e “a religião só funciona como pretexto para a violência política”
Portanto, para ele, não é verdade que “crimes imaginários”, como a blasfêmia e a apostasia, sejam, de fato, a causa dos tumultos e das mortes destes últimos dias."
...
Essa posição é completamente equivocada e não exprime a posição do autor no artigo.
A parte na qual você citou o autor, ele na verdade estava exemplificando a posição comum de se ouvir (sobretudo entre os liberais), mas que pessoalmente CONDENA e considera um "auto-engano".
Releia o paragrafo na integra.(coloquei em caps as partes que apontam que ele está condenando esta posição e não a endorsando.)
"At moments like this, we inevitably hear—from people "WHO DON'T KNOW WHAT IT'S LIKE TO BELIEVE IN PARADISE" — that religion is just a way of channeling popular unrest. The true source of the problem can be found in the history of western aggression in the region. It is our policies, rather than our freedoms, that they hate. I believe that the future of liberalism — and much else — depends on "OUR OVERCOMING THIS RUINOUS SELF-DECEPTION". Religion only works as a pretext for political violence "BECAUSE MANY MILLIONS OF PEOPLE ACTUALLY BELIEVE WHAT THEY SAY THEY BELIEVE: THAT IMAGINARY CRIMES LIKE BLASPHEMY AND APOSTASY ARE KILLING OFENSES".
Como pode ver, ele de forma nenhuma tira o papel da religião nos últimos acontecimentos. Pare ele, pessoas moderadas que não sabem o que é realmente acreditar que há um vida após a morte, tendem a não reconhecer as verdadeiras motivações das pessoas que acreditam. Vale lembrar que a posição de Harris sempre foi essa (Quem leu "A morte da fé" sabe disto)de que crenças oferecem a substância necessária para todo o tipo de barbárie e é exatamente por isso que elas precisam ser criticadas.
Seria uma correção extremamente importante de se fazer.
Abraços.
Concordo com você, acho que todos somos descendentes dos tijolos, é muito mais racional.
Será que gente religiosa só acredita em suas crenças enquanto não precisar dela pra resolver problemas reais?
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas_noticias/2012/09/120924_closer_ameaca_pai_rn.shtml
Mas a proibição desses atos é uma ofensa anterior à minha liberdade de fazê-los. A violência é, antes, a proibição, e o desenho e a queima, uma resposta.
É isso o que algumas religiões fazem: agridem aqueles que não fazem parte dela e, quando recebem a volta, reclamam de não serem respeitadas e/ou de serem perseguidas.
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