Não sei se é desconhecimento, má-fé ou vontade de aparecer o que leva alguém a afirmar que o ateísmo é intrinsecamente mau, que ele pode ser causa de violência. Isso não tem pé nem cabeça.
O ateísmo apenas nega a existência de Deus, mas não faz qualquer pronunciamento sobre ética. Ele não prescreve normas morais, não diz o que é certo e o que é errado, não ordena que se faça o bem ou o mal. Em outras palavras, o ateísmo não manda matar, estuprar ou assaltar, assim como não manda salvar quem está sendo morto, estuprado ou assaltado. Ele é amoral por natureza, não imoral, como dizem os religiosos.
Vou dar um exemplo para ilustrar a diferença entre ateísmo e cristianismo no que diz respeito à moral. Tempos atrás, a atriz americana Rene Russo foi convidada para fazer um filme que continha cenas de sexo. Como era cristã, ela ficou em dúvida se deveria aceitar o convite, e resolveu ler a Bíblia para saber se havia alguma proibição explícita nela. Como não a encontrou, topou participar do projeto.
O ateísmo, ao contrário do cristianismo, não possui o seu livro sagrado - ou profano, como queiram. Não existe a Bíblia dos ateus. Nenhum livro tem para nós a mesma importância que a Bíblia tem para os cristãos, ou o Corão para os muçulmanos, ou a Torah para os judeus. Um ateu pode admirar a obra de um Nietzsche, de um Marquês de Sade ou de um Richard Dawkins, e pode até mesmo, caso esteja enfrentando um dilema moral, buscar apoio e inspiração nesses autores. Mas ele jamais lerá a obra de um intelectual ateu da mesma forma que um cristão lê a Bíblia, ou seja, como se fosse a palavra inquestionável de um ser infalível. No fim das contas, o verdadeiro árbitro da questão é a sua consciência, caso se trate de um bom ateu, ou a sua falta de consciência, caso de trate de um mau ateu.
Portanto, não existe o que se poderia chamar de posição oficial do ateísmo. O que existe, no máximo, são opiniões particulares de ateus sobre a moral. O Marquês de Sade sonhava em construir uma sociedade em que o crime, a rapina, o estupro e a calúnia fossem permitidos. Nietzsche queria não apenas permitir que cada um vivesse de acordo com sua própria lei, como queria devolver a cada um "a boa consciência". Schopenhauer, por outro lado, baseado na percepção de que este mundo é um inferno, pregava uma ética semelhante a de Cristo. O raciocínio dele era o seguinte: se este mundo é cheio de flagelos, se todo homem está sujeito a toda sorte de provações e desgostos, se somos todos enfim um bando de condenados, então temos a obrigação de agir com bondade, compaixão e amor.
Se existisse uma posição oficial do ateísmo a respeito de ética, os ateus, em seus pontos principais, seriam todos mais ou menos iguais. Os cristãos, por exemplo, conquanto se diferenciem na prática, conquanto jamais façam o que pregam, valorizam a bondade, o amor ao próximo, o perdão, a piedade etc. Eles pelo menos se assemelham no discurso. Os ateus, ao contrário, são diferentes até mesmo em relação a isso. A moral que norteia a minha conduta é diferente da de qualquer outro ateu que comenta neste blogue.
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Ateísmo
Comentários
Um abraço.
Cogita Tibi
Isso põe nas costas do ateu forte a responsabilidade de provar que divindades não existem, o que não é possível. Da mesma forma que ninguém prova que elas existem. Creio que a posição mais sensata (e falo apenas por mim) é a do ateísmo fraco. Não posso provar que divindades não existem, mas também não tenho evidências da existência delas. Então, suspendo qualquer crença em divindades.
O autor do comentário (que virou post), a meu ver, colocou as duas posições como se fossem uma coisa só, o que não acho correto. E os crentes que acharem que as duas coisas são a mesma coisa, deveriam ler mais sobre o ateísmo. Uma diferença entre crentes e ateus é que os ateus lêem bastante sobre religiçao (e muitas vezes as conhecem mais até que o próprio praticante), mas os crentes em geral lêem pouco sobre ateísmo. E falam sobre o que mal conhecem.
Na minha opinião, basicamente, ela é um acordo velado, onde todos concordam em "não matarei se prometerem não me matar".
Isso, na média, gera a nossa moral e ética.
Oh, Glória [aos humanos de boa consciência]! =D
Eu não gosto da separação, no caso de ateu fraco ou forte, pois é praticamente a mesma coisa, já que nenhum ateu é igual, graças a deus rsrsrsrs...
Meu nome é José Tiago.
Sou um ateu nível 6 da Escala de Dawkins...
1) Teísta convicto. Probabilidade de 100% de que Deus existe. "Eu não acredito, eu sei’.
2) Probabilidade muito alta, mas que não chega a 100%.Teísta de fato. ‘Não tenho certeza, mas acredito fortemente em Deus e levo minha vida na pressuposição de que ele está lá’.
3) Maior que 50%, mas não muito alta. Tecnicamente agnóstico, mas com uma tendência ao teísmo. ‘Tenho muitas incertezas, mas estou inclinado a acreditar em Deus’.
4) Exatamente 50%. Agnóstico completamente imparcial. ’A existência e a inexistência de Deus têm probabilidades exatamente iguais’.
5) Inferior a 50%, mas não muito baixa.Tecnicamente agnóstico, mas com uma tendência ao ateísmo. ‘Não sei se Deus existe, mas estou inclinado a não acreditar’.
6) Probabilidade muito baixa, mas que não chega a zero. Ateu de fato. 'Não tenho como saber com certeza, mas acho que Deus é muito improvável e levo minha vida na pressuposição de que ele não está lá'.
7)Ateu convicto. "Sei que Deus não existe"
O que o sr Arcebispo disse tem tudo a ver pois ateu age relativisticamente; julga não dever dar satisfação a entidade alguma superior ou inferior, aliás ele mesmo é o seu deus em quem se mira como um juiz do certo ou errado.
Aliás, foi ele mesmo quem se criou...
Porém, se for um ateu de má índole e comportando-se mal, de forma injusta para com os outros nisso reside o problema: causará danos a outrem e esse é o "ateu prático com seu ateísmo prático", materializando seus males interiores de forma concreta por cima dos outros.
Nisso se explica a violencia atual: pessoas que se deixam influenciar por muitas ideologias niilistas, como as comunistas e ateizam-se, como os ensinamentos que apregoa o PT, podendo tornar-se um ser insocial.
Existe idem um "ateu convencional": aquele que sabe da existencia de Deus, dando a entender a outros e a si de não existir para evitar autos exames de consciencia e nunca justificar nos dois casos seus desvios.
Como se diz pra uma pessoa boa fazer o mal ela só precisa de uma bíblia..
E se deus não quer o mal e é um ser do bem ,porque ele nunca fez nada quando milhares eram mortos pela igreja.
Ateísmo segue uma moral natural, a moral que proporciona a empatia, ou seja, se tenho a capacidade de saber que se dou um tapa em uma pessoa, tenho pleno conhecimento que esta tapa vai doer, isso leva a uma reflexão que busca uma conduta racional, que todo ato que gere dano é prejudicial. Além do fato que evolutivamente os organismos que se ajudam tem mais chances de perpetuar a espécie, por isso ao ajudarmos entre si temos mais chances de sobreviver.
Então a religião por ser contraditória entre si, e o ateísmo por ser naturalmente racional, seremos melhores seres conscientes seguindo a moral evolutiva e evoluindo com a lógica as leis naturais.
Winston Smith
>>"Nenhum livro tem para nós a mesma importância que a Bíblia tem para os cristãos, ... "
Nisso eu concordo totalmente com você. A Bíblia é para nós cristãos como um manual de conduta para a nossa vida, e diga-se, verdadeiramente aplicável. Há que se entender que tudo deve ser obsevado por uma ótica de verdade e bondade, pois tudo é uma lição prática para nossas ações. Quer seja por exemplos de derrotas ou vitórias, os textos da Bíblia contribuem para o bom entendimento da alma humana e seus flagelos, face às dificuldades que se apresenta.
Parabéns, Rodrigo!
mais nada a declarar sobre essa coisa!
enquanto isso, o papa "mais será o" benedito admite 250.000 casos de pedofilia só no Reino Unido, isso com 30 anos de atraso...
igreja gosta é de dinheiro e criancinha!!
Eu sou Niilista! muito obrigado por lembrar!
Pronto puxei a descarga!!
Que isso, Felipe!
Quantos anos você tem?
Também é a mesma base para condenar cristãos que afirmam que mulheres são seres inferiores e que deveriam possuir menos direitos que os homens.
Se o "ateísmo não diz o que é certo ou errado, não dita normas morais", qual a sua base para defender que é errado dizer "que negros são imorais, que casamentos interraciais são imorais e que mulheres são seres inferiores e que deveriam possuir menos direitos que os homens"?
De onde você tirou a tese de que pensar desta maneira é, de fato, errado?
Se diz ateu, mas fica ditando regras morais. O ateu é "amoral", esqueceu?
amoral
a.mo.ral
adj m+f (a+moral) 1 Que está fora da noção de moral ou de seus valores: O mundo físico é amoral. 2 V amoralista.
amoralista
a.mo.ra.lis.ta
adj e s m+f (a+moral+ista) 1 Que, ou quem é partidário do amoralismo. 2 Quem não tem em conta leis da moral, ou que lhes é indiferente.
Para um ateu coerente não existe diferença alguma entre administrar um veneno para matar alguém ou matar a fome de uma criança faminta.
Bem escreveu Rodrigo César Dias:
"O ateísmo apenas nega a existência de Deus, mas não faz qualquer pronunciamento sobre ética. Ele não prescreve normas morais, não diz o que é certo e o que é errado, não ordena que se faça o bem ou o mal. Em outras palavras, o ateísmo não manda matar, estuprar ou assaltar, assim como não manda salvar quem está sendo morto, estuprado ou assaltado. Ele é amoral por natureza, não imoral, como dizem os religiosos."
isso condena não só a pedofilia, mas qualquer maltrato!!
já o papa lança nota dizendo que padre pedófilo precisa de tratamento, não de prisão!
típico de quem começou como um padre.
Se amanhã aparecerem evidências, então eu estive certo, afinal, até que as evidências não apareçam, tais seres não existem (no tempo presente).
Para existir, precisam ter a existência evidenciada, do contrário, não existem. A falta de evidências, no caso da existência, caracterizam sim evidência da não existência, afinal, o que é a inexistência senão a total falta de evidência da existência?
Uma coisa é dizer que não existem, outra é dizer que nunca existirão (pois eles podem até existir desde qualquer tempo, mas, PARA NÓS - e é assim que a coisa funciona - só passarão a EXISTIR após as evidências dessa existência).
Deus não existe, e a evidência dessa e qualquer outra inexistência é a falta de evidências da existência.
Trevas são evidência da inexistência da luz até que o experimentador das trevas tenha sua primeira evidência da existência da luz, e isso é totalmente plausível. Trevas só não são evidência da inexistência da luz para aqueles que já evidenciaram a existência da luz. Não é difícil compreender isso, a não ser que não queira.
Abuso efetivo é maltrato, isso é fato.
No mais, evidencia-se uma certa animosidade de sua parte no sentido de compreender corretamente a questão, portanto, só lamento.
adj. m. e f. 1. Relativo à moralidade, aos bons costumes. 2. Que procede conforme à honestidade e à justiça, que tem bons costumes. 3. Diz-se de tudo que é decente, educativo e instrutivo. S. f. 1. Filos. Parte da filosofia que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos deveres do homem em sociedade e perante os de sua classe. 2. As leis da honestidade e do pudor. S. m. 1. Conjunto das nossas faculdades morais. 2. Disposição do espírito, energia para suportar as dificuldades, os perigos; ânimo. 3. Tudo o que diz respeito ao espírito ou à inteligência (por oposição ao que é material).
PS:
TOLO
(ô) adj. 1. Pobre de inteligência. 2. Que raciocina ou procede ininteligentemente. 3. Que não tem nexo. 4. Que faz ou diz disparate. 5. Que não tem razão de ser; despropositado. 6. Ridículo, desagradável (falando das coisas). 7. Enfatuado, vaidoso. 8. Boquiaberto, espantado, pasmado. S. m. Indivíduo tolo.
O próprio texto em epígrafe, com o selo de qualidade do Paulo Lopes, nos afirma isso.
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Um ateu diferente de um religioso faz algo, que eu acho que você e muitos religiosos esqueceram como fazer, chama-se Pensar.
É um exercício que os seres humanos descobriram há muito tempo e durante muito tempo eles vêm aprimorando.
Olhe a sua volta, olhe para a tela do computador ou mesmo do celular onde está lendo esse comentário.
Acredite ou não o computador que você usa, o celular, o teclado, suas roupas, nada disso chegou pronto a este mundo. Em outras palavras esses objetos não nasceram da terra eles foram criados.
E acredite se quiser, todos esses objetos foram criados por seres humanos. E como eles fizeram isso? Usaram muitos meios é claro, muitos nem posso compreender, mas antes de agirem fizeram uma coisa. Eles pensaram.
O pensamento nos da idéias. Essas idéias definem coisas. Por exemplo, quando criança e estamos aprendendo as cores. Lá estamos com nossas caixas de giz de cera e surge uma duvida, pai que cor eu pinto a grama? Pinta de verde filho. Primeiro: O que é verde? Uma cor! Sim. Segundo:Mas por que verde? Verde é como você aprendeu que deveria chamar o verde. Como comprovar que aquilo é verde? Você olha o vermelho e vê que é vermelho, olha o amarelo e vê que é amarelo e então vê o verde e entende que ele é verde exatamente por que ele não é amarelo nem vermelho. Você pensa.
Conforme crescemos esses pensamentos vão se juntando, as cores, as formas e tudo que conhecemos. A partir da junção de idéias são formados novos pensamentos e independe de quem você for, você nunca vai conseguir parar de pensar independente do quanto se esforça.
Enfim a resposta de sua pergunta.
Eu vejo um cristão considerar pessoas que ele não conhece como sendo algo ruim. Primeiro pensamento: Como alguém pode julgar outro sem ao menos conhecer ele? Segundo pensamento: No que está se baseando essa opinião? Então chego à bíblia. Um livro que manda apedrejar pessoas em esquinas. O livro base do cristianismo qual é uma religião com bilhões de pessoas tendo entre eles católicos os quais por sua vez sozinhos já pagaram o equivalente a 2 bilhões de reais em indenizações para crianças por estupro. E assim seguem meus pensamentos até chegar à conclusão de que Homossexuais não são imorais. Muitos outros pensamentos ajudam a manter essa conclusão dentre eles a única atividade em comum é que são ambos pensamentos.
Essa é uma conclusão minha. Qual a base? Meu pensamento.
Ainda assim como dito no texto o ateísmo é amoral logo eu sou ateu e tenho essa opinião sobre esse assunto, porém é possível que outros ateus tenham opiniões diferentes, por que o ateísmo é amoral, ou seja, eu acho que homossexuais não são imorais o ateísmo não acha isso.
Os outros ateus usam seus próprios pensamentos como base em suas opiniões e como somos pessoas diferentes simplesmente é natural chegar a conclusões diferentes.
(desde que quando se discorde não se jogue aviões nos computadores dos outros ou prédios...)
Att
N.H.K
Você afirmou que a moralidade que possui vem de você mesmo, o que você acha, o que pensa, o que sente, etc.
Em outras palavras, você se autodefine como seu próprio guia moral, como que os seus pensamentos e raciocínio lógico dedutivo que pensa possuir fizesse de você um baú completo de moralidade.
Como é que eventos irracionais e sem personalidade alguma que geraram o universo e por conseguinte a vida e a evolução dos seres vivos na terra, pudesse gerar um ser como você capaz de usar da racionalidade e definir por si só a moralidade?
Resumindo. Você como ateu falha em tentar explicar a moralidade e não possui base alguma para afirmar o que é moral e o que não é.
Nesse sentido QUALQUER religião do planeta, que possui um guia moral definido, esta à frente do ateísmo.
O ateísmo, enquanto visão de mundo, não tem absolutamente NADA para oferecer à humanidade, a não ser a falta de fé em um deus.
A religião não é a única fonte de moralidade que existe no mundo. Quem não crê em Deus pode buscar os fundamentos da sua conduta na natureza, na filosofia, na arte e até mesmo em fatos empíricos do cotidiano, como a existência do mal que nos aflige.
Deixe-me lhe dar um exemplo prosaico para você entender o que estou dizendo. Você já deve ter visto aquele filme chamado Atração Fatal, em que o personagem do Michael Douglas tem um caso extraconjugal com a personagem da Glenn Close, uma mulher obsessiva que passa a atormentá-lo depois que ele a esnoba. Dessa história pode-se tirar a seguinte lição moral: não se deve cometer adultério, pois a infidelidade tem sempre consequências funestas. Esta é uma pequena regra de moralidade que nos foi legada por uma obra artística. A literatura universal possui muitas outras.
Você pergunta qual é a base que um ateu tem para criticar aqueles que condenam a homossexualidade. Bem, a resposta para isso depende da fonte de moralidade que o ateu escolheu para guiar a sua conduta. Se foi a natureza, ele pode argumentar que a homossexualidade é um comportamento comprovadamente natural, uma vez que há várias espécies animais que a praticam, como os leões, por exemplo. E como o homem faz parte da natureza, então não há qualquer motivo para condenar o amor entre pessoas do mesmo sexo. Se, por outro lado, a moral do ateu está fundamentada na existência do mal, ele pode alegar que, sendo este mundo um inferno, todo mundo tem o direito de tentar aliviar seu sofrimento desde que não aumente o fardo de seus semelhantes. Como a homossexualidade não causa prejuízos aos heterossexuais, ela estaria portanto justificada.
Você pode alegar que ainda assim a decisão final caberia ao ateu, que ele poderia escolher a fonte de moralidade que melhor se ajustasse aos seus gostos (e, eventualmente, à sua falta de caráter). No fim das contas, ele continuaria sendo o "seu próprio guia moral", como você diz aí acima.
Mas não é exatamente isso o que acontece com a religião? Nenhum cristão acata todos os mandamentos bíblicos. O que ele faz é uma seleção baseada em seus gostos e suas preferências. Cristãos usam a Bíblia para justificar o seu repúdio à homossexualidade, mas nenhum deles apedreja o filho desobediente ou quem trabalha no sábado, como ordena o Levítico. Ou seja, alguns ensinamentos da Bíblia continuam atuais, enquanto outros já estão obsoletos. E quem define isso não é o deus que ditou a Bíblia, mas o próprio cristão.
Para finalizar, um último comentário. Assim como o ateísmo, as muitas outras formas de descrença que existem no mundo também não fazem qualquer pronunciamento sobre ética. Se eu lhe dissesse que meu vizinho não acredita em duendes ou fantasmas, o que você, a partir dessa informação isolada, poderia deduzir da índole ou da conduta dele? Na verdade, nada, porque a descrença em duendes ou fantasmas não tem qualquer relação com ética. Você não teria como adivinhar se o meu vizinho é um filantropo ou um psicopata, por exemplo. Imagine como seria ridículo se alguém dissesse o seguinte: "A Susana von Hichtoffen matou os pais porque não acreditava em duendes". Quem dissesse isso seria imediatamente posto num hospício. E, no entanto, as pessoas acham que ateus criminosos matam porque são ateus, ou seja, porque não acreditam em Deus...
Você afirma que "para um ateu coerente não existe diferença alguma entre administrar um veneno para matar alguém ou matar a fome de uma criança faminta". Isso porque o ateísmo nada diz sobre ética. A pergunta que eu lhe faço é a seguinte: você diria a mesma coisa de quem não acredita em Papai Noel, em duendes, fantasmas, centauros, basiliscos, chupa-cabras, unicórnios, sátiros, íncubos, súcubos e outras invenções humanas? Se nós ateus não deveríamos ver diferença entre envenenar alguém e alimentar uma criança, você também não deveria achar que essas práticas se equivalem, já que também é adepto de muitas descrenças que não fazem qualquer pronunciamento sobre ética?
Tudo o que eu disse é que o ateísmo é amoral. Mas isso não significa que nós ateus sejamos amorais. Nós também baseamos a nossa conduta em princípios éticos, sejam eles bons ou maus. A única diferença é que não os buscamos na Bíblia.
Senão não haveria tantos padres cometendo esse "pecado".
Vai pro inferno, Rodrigo!
"Moral" passa a ser, na cabeça do teísta, uma entidade concreta, verbalizada pelo conceito abstrato "Deus" através de um livro dito sagrado. Um exemplo claro é o dos Dez Mandamentos, escritos, conforme narra o Velho Testamento, pelos dedos de Jeová (um deus-matéria, que criou e intervém fisicamente no mundo). "Ateísmo" passa a ser, em tal cabeça, não apenas a descrença na existência, ou a crença na inexistência, mas uma cosmovisão concreta com dogmas e doutrinas inerentes ao termo, ao estilo da religião - aliás, argumento muito utilizado, a de que a descrença na existência, ou a crença na inexistência, é um tipo de "religião". Para o pecador (condição), todo o mais é Pecado (o mal incorporado); para o religioso, todo o mais é Religião...
Por tornar a "moral", abstrata, em forma de mandamento escrito, concreto, o religioso a vê como o único "norte" possível: não há outra moral, ensinamento, sabedoria que não se fundamente no seu livro sagrado. Ironicamente, a moral advinda de quaisquer outras fontes é "relativa"; o "Absoluto" reina... Paradoxalmente (talvez por alguma dissonância cognitiva) o religioso não vê a própria religião como Religião, mas vê a moral de sua religião como (a única) Moral.
Concretiza o que é de seu interesse, desconcretiza o que lhe opõe.
Pegar o exemplo de padres pedófilos (como se não existisse ateus pedófilos) e trazer isso como argumento anticristão é somente uma forma de demonstrar vigarice intelectual.
Aqueles que cometem pedofilia dentro da igreja católica, além de padres, são também homossexuais (da classe dos pervertidos, pois existem homossexuais de bem).
E eles cometem pedofilia mais por serem homossexuais pervertidos do que propriamente padres.
Agora vai um texto do Olavo de Carvalho para vocês se contorcerem de ódio.
"Segundo a História, só o Cristianismo combateu a pedofilia"
http://darwinismo.wordpress.com/2011/02/07/olavo-segundo-a-historia-so-o-cristianismo-combateu-a-pedofilia/
E eles cometem abuso infantil mais por serem heterossexuais pervertidos do que propriamente padres.
É muito mais eficiente quebrar os "estigmas" de determinados rótulos, do que viver se esquivando de ser rotulado.
Você afirmou que a moralidade que possui vem de você mesmo, o que você acha, o que pensa, o que sente, etc.
(Aprenda a ler, eu afirmei que a moralidade que eu possuo vem de mim graças ao que eu aprendi de tudo, isso inclui os religiosos, com os religiosos aprendi o que não fazer como no caso de padres que abusam de crianças.)
Em outras palavras, você se autodefine como seu próprio guia moral, como que os seus pensamentos e raciocínio lógico dedutivo que pensa possuir fizesse de você um baú completo de moralidade.
(Eu não tenho guia moral, a minha moral evolui conforme eu penso, eu penso conforme aprendo. Não sou um baú completo de moralidade só não cometo crimes e não ajudo quem os comete, exemplo: pagar o dizimo para a religião católica segundo meus pensamentos é algo imoral porque financia a pedofilia.)
Como é que eventos irracionais e sem personalidade alguma que geraram o universo e por conseguinte a vida e a evolução dos seres vivos na terra, pudesse gerar um ser como você capaz de usar da racionalidade e definir por si só a moralidade?
(Não sei de que eventos você está falando, o fato de eu ser ateu não quer dizer que conheço a ciência, por exemplo, na verdade eu não faço a menor idéia dos eventos de evolução que você citou. Não sei da onde as pessoas religiosas tiraram que todo ateu é um cientista ou entusiasta sob o assunto, mas isso é errado.)
Resumindo. Você como ateu falha em tentar explicar a moralidade e não possui base alguma para afirmar o que é moral e o que não é.
(Minha moral não vem do ateísmo, isso é o que eu quero dizer e é isso que o texto acima explica! Minha base é a minha vida o que vivi e aprendi e essa base está sempre em transformação. Isso é o que quis dizer com pensamento, uso meus cinco sentidos para absorver informação, meu cérebro as distingue e meu pensamento diz o que é certo ou errado baseado nas informações que eu já possuía formando novos pensamentos que por sua vez repetem esse ciclo.)
Nesse sentido QUALQUER religião do planeta, que possui um guia moral definido, esta à frente do ateísmo.
(O ateísmo não distingue moral! Nós ateus pensamos no que é certo ou errado por nós mesmo! Você não sabe ler ou está me trolando? Até agora estava respondendo normalmente, mas parece que você só está tentando ser trol.)
O ateísmo, enquanto visão de mundo, não tem absolutamente NADA para oferecer à humanidade, a não ser a falta de fé em um deus.
(O ateísmo não é uma visão do mundo, é uma visão dos Deuses inventados pelos seres humanos. Nessa visão os Deuses não existem e é só.)
N.H.K
Fora não saber interpretar texto. Nossa fico meio abismado com esses textos insanos.
Podia ter um mural de Analfabetos em Paulo? (Não no sentido de não saber usar o português, mas no de compreendê-lo.)
N.H.K
Agora alguns dos comentários aqui postados, infelizmente de nada se aproveita.
Agora falando de violência, eu li a Bíblia, e o vi é um absurdo.
O tal "povo de Deus" saiu do Egito massacrando. Homens, mulheres, velhos e crianças, nemm os animais escapavam da sanha assassina daquele povo.
DEUS NÃO EXISTE...RELIGIÃO É ÓPIO DO POVO...A IGREJA CATÓLICA É A FAVOR DOS RICOS...A CIENCIA E A RELIGIÃO SÃO INIMIGAS...e outros chavões.
O ateu universitário lê (...Lê?) blobo ciencia, galileu, super-interessante, e alguns mais colonizados , geralmente monitores e bolsistas...lêem Scientific American. Mas NÃO ENTENDEM PATAVINA DE CIENCIA.
O ateu universitário lê pouco. Mas comparado com a massa que lê nada, O ATEU UNIVERSITÁRIO É CONSIDERADO COMO QUEM LÊ MUITO. Vê-se que a exceção de poucos, que são justamente os religiosos revoltados, egressos das buscas infrutíferas de conciliar sexualidades desviantes, com os credos abrahâmicos...OS ATEUS UNIVERSITÁRIOS NÂO LÊEM NADA. Sua matriz discursiva é pobre. Seu pendor oratório ou literário são pobres. Sua base verbolinguística é pobre. A pobreza de discurso é gritante, e é comumente avaliada pelos psicólogos e psicopedagogos como deficit cognitivo, ou DANO SOCIOGÊNICO. O ateu universitário não contra-argumenta, ele usa os códigos compilados de sites, como por exemplo, "como vencer um debate sem ter razão", "como vencer qualquer debate na internet", etc. Desqualificar o discursante, minimizar o debatedor, IRONIAS BARATAS...Geralmente um texto melhor escrito, ele REPETE feito uma calopsita, que é verborrágio. Mas ele geralmente não tem condição, nem na próxima reencarnação , de escrever um só parágrafo. O ateu universiOTÁRIO, é um exemplo magnífico da inclusão digital LULISTA. E a prova "CIENTÍFICA" que carro e moto, e computador antes da cartilha, foi a arma do demo pra lascar de vez o .. com a pedra, da INTELIGENCIA NACIONAL.
mais um crentolo tentando "explicar" o ateu...
A religião não é a única fonte de moralidade que existe no mundo.
Você inicia seus argumentos de maneira interessante ao citar o termo "fonte de moralidade". É importante você reconhecer que em nosso universo existem "fontes" de moralidade. Mas devemos tomar o devido cuidado para não acabar transformando a moralidade em algo relativo, pois uma "fonte" de moralidade pode nos dizer que a pedofilia é algo imoral, enquanto que outra fonte poderá depor justamente o contrário ao afirmar que a pedofilia é algo perfeitamente bom e moral. No final das contas, ao "relativizar" a moralidade, cairemos no subjetivismo pessoal, pois o que uma "fonte" afirma sobre determinada conduta como sendo moral ou não, a outra afirma o inverso. E a pergunta continua: Determinada conduta (como a pedofilia, por exemplo) é ou não é algo imoral independente do que diz esta ou aquela "fonte" de moralidade? Impossível você responder à esta questão sem me apresentar uma fonte de moralidade ABSOLUTA e SUPERIOR a todas as outras possíveis "fontes", salvo se você negar o caráter absoluto e pessoal da moralidade.
Quem não crê em Deus pode buscar os fundamentos da sua conduta na natureza, na filosofia, na arte e até mesmo em fatos empíricos do cotidiano, como a existência do mal que nos aflige.
Você nos apresentou quatro possíveis "fontes" de moralidade. Duas delas de caráter impessoal (a natureza e a existência do mal que nos aflige) e duas de caráter pessoal (filosofia e arte).
Abaixo (comento logo mais) você tenta justificar , baseado na natureza, a critica de determinados ateus aos cristãos que condenam a conduta homossexual.
Como seria possível algo de caráter impessoal (como a natureza) nos oferecer (ou definir) um código de lei moral? Em outras palavras, como a natureza nos diz que a pedofilia e o incesto é algo moral? Só por que algumas espécies de animais fazem sexo com seus próprios filhotes?
Seja qual for a fonte de moralidade que um ateu quiser adotar, tal fonte deverá ter caráter pessoal. Fontes de moralidade de caráter pessoal somente é possível se tiverem procedência de uma mente inteligente e racional.
A natureza (ou algo que o valha) é como o ateísmo, possui caráter amoral. Ambos não falam absolutamente nada sobre questões éticas e moral.
Não é possível você avaliar se uma conduta é ou não é moralmente boa avistando o por do sol, o vôo de um beija flor ou a conduta de espécies animais. Não existe ética na natureza e muito menos no mundo animal.
ética
[Do lat. ethica < gr. ethiké.]
Substantivo feminino.
1. Filos. Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.
ps.: Existe uma substância diferênça entre ética e moral, mas ambas são referêntes à conduta humana, somente.
Aqui você apresenta uma possivel fonte de moralidade que possui caráter pessoal e no final conclui:
"Esta é uma pequena regra de moralidade que nos foi legada por uma obra artística."
Tal obra artística procedera de mentes pensantes. Mas você não explica de onde eles, ao idealizarem a história do filme, retiraram a idéia de que o adultério e a infidelidade é algo moralmente ruim. Da cartola que não foi.
Ai fica a questão: Qual foi a "fonte" de moralidade deles?
Quem foi que definiu que o adultério e a infidelidade é algo moralmente ruim?
Você tirou a seguinte lição moral do filme: "não se deve cometer adultério, pois a infidelidade tem sempre conseqüências funestas."
Primeiro. Não existem provas factuais de que a infidelidade sempre tem conseqüências funestas na vida de quem pratica adultério. O filme conta o caso de um homem que cometeu adultério e colheu maus frutos com isso. Mas isso não é regra pétrea. O filme sequer sugere isso, apenas conta a história de um sujeito em específico. O diretor poderia perfeitamente ter tomado o caminho inverso. No cinema tudo é possível.
E se eu assistisse a um filme que apresenta um adultero se dando bem na vida ao ser infiel à esposa, devo concluir que eu devo cometer adultério? Lembra-se de um personagem chamado "Cadinho" de uma novela da Rede Globo? Um adúltero que no final das contas se deu bem, mas isso não transforma o adultério em algo moralmente bom.
Agora, independente do que um filme venha afirmar sobre o adultério (e suas conseqüências, sejam boas ou ruins), a prática é algo moralmente bom? Qual seja a resposta, qual o homem (ou mulher) neste planeta definiu isso, e por que eu deveria concordar com essa definição?
Ainda não ficou claro o seu pensamento. A moralidade é algo relativo ou absoluto? Pois se depende da fonte seria algo relativo.
Se foi a natureza, ele pode argumentar que a homossexualidade é um comportamento comprovadamente natural, uma vez que há várias espécies animais que a praticam, como os leões, por exemplo.E como o homem faz parte da natureza, então não há qualquer motivo para condenar o amor entre pessoas do mesmo sexo.
Se um ateu usa como fonte de moralidade a natureza para argumentar que a homossexualidade é um comportamento moralmente bom e aceitável, deverá também afirmar que a pedofilia é um comportamento moralmente bom e aceitável, posto que determinadas espécies animais praticam pedofilia.
Como eu disse acima, não existe a mínima possibilidade de usar a natureza como possível "fonte de moralidade". A natureza é amoral, assim como o ateísmo.
Se, por outro lado, a moral do ateu está fundamentada na existência do mal, ele pode alegar que, sendo este mundo um inferno, todo mundo tem o direito de tentar aliviar seu sofrimento desde que não aumente o fardo de seus semelhantes. Como a homossexualidade não causa prejuízos aos heterossexuais, ela estaria portanto justificada.
Com este raciocínio poderíamos justificar qualquer tipo de conduta,"desde que não aumente o fardo de seus semelhantes". Poderíamos justificar, por exemplo, a conduta de um pedófilo que coleciona fotos de crianças nuas em seu computador pessoal. Poderíamos, inclusive, justificar a conduta de um adultero que se dá bem ao trair sua esposa sem que ela nunca descubra que foi traída. O que os olhos não vêem...
Note que eu não estou afirmando que as condutas acima citadas são imorais, não estou entrando nesse mérito. Estou apenas demonstrando que ao escolher determinada fonte de moralidade você ficará preso em ter que concluir como moralmente aceitável, dentro desta fonte, diversos tipos de conduta humana.
Mas isso não prova absolutamente nada de que não existe uma fonte de moralidade pessoal e absoluta, independente das ações e subjetividade analítica dos seres humanos em escolher suas próprias fontes de moralidade, ou condutas que julgam como moralmente boas ou não.
A moralidade não existe por que eu ou você afirmamos que existe. Ela existe por que alguém superior a eu e você estabeleceu um conjunto de leis morais que deveria ser seguido por todos nós, reles mortais.
Independentemente dos homens conhecerem tais leis, de as seguirem ou não, essas leis existem e foram definidas por alguém.
Você poderá argumentar que existem milhares de religiões, cada uma com o seu deus (ou deuses) e seus guias de condutas morais já estabelecidos. Mas isso não anula o meu argumento de que existe uma fonte de moralidade pessoal, única e absoluta, superior a todas à essas outras fontes.
Eu posso afirmar que fonte seria essa? Sim, poderia. Mas eu posso estar errado quanto à isso? Sim, poderia. Mas não é o meu erro que vai anular o fato de que a moralidade é algo absoluto e que a sua existência vinda de uma mente pessoal não depende da subjetividade humana em avaliar condutas e classifica-las como moralmente boas ou ruins.
Salvo se você acreditar que a moralidade é algo relativo e que nenhuma fonte pessoal poderá ser arvorar de monopolizá-la, o nosso debate prossegue. Agora se você não aceitar minha premissa de que a moralidade é absoluta e deve vir de uma fonte pessoal poderemos mudar o rumo da nossa conversa.
Ai o debate seria: Moralidade, vem de fonte pessoal ou impessoal, é relativa ou absoluta?
Aqui você demonstra um leve desconhecimento teológico. Nenhum cristão apedreja o filho desobediente ou quem trabalha no sábado porque tais leis fazem parte do Velho Testamento, e não do Novo Testamento. No Novo Testamento o código de Lei Moral para os cristãos se encontra principalmente nos ensinos de Jesus Cristo e nas cartas apostólicas.
Sendo assim você deveria provar nas escrituras sagradas onde um cristão deve obrigatoriamente apedrejar o filho desobediente ou quem trabalha no sábado, conforme descrito em Levítico.
Quem seguia o Velho Testamento eram os Israelitas e os estrangeiros que viviam no meio dos judeus, e, com isso, estavam sujeitos às leis judaicas.
A bíblia sagrada não é um livro prescritivo em sua totalidade. Os cristãos, em geral, não o consideram como exemplo de guia moral em todos os seus termos. Inclusive existem na bíblia sagrada muitos exemplos ruins, e os cristãos sabem muito bem disso. Parece que os que a escreveram não se preocuparam muito em esconder as próprias peripécias e a de seus pares. A bíblia contém muito exemplo a ser seguido, mas também muito exemplo a não ser seguido (e ela mesmo recomenda AMBAS as coisas).
Se você quiser se aprofundar nesse debate fique a vontade.
Ou seja, alguns ensinamentos da Bíblia continuam atuais, enquanto outros já estão obsoletos. E quem define isso não é o deus que ditou a Bíblia, mas o próprio cristão.
Negativo. O deus que ditou a bíblia deixa perfeitamente claro a respeito do caráter obsoleto das Leis do Velho Testamento. Sugiro que você leia a carta aos galatas ou aos hebreus na bíblia. Caso você não entender o que lá estiver escrito sugiro também você procurar algum especialista em Novo Testamento bíblico (pode ser um secular, não necessariamente cristão) para que ele te explique as diferenças básicas entre o Velho Testamento e o Novo Testamento, bem como o teor das cartas de aos galatas e aos hebreus.
Você fala sem conhecimento de causa.
Eu concordo plenamente com você neste ponto. Mas é incrível como os ateus militantes gostam de capitalizar em cima deste fato.
O ateísmo é uma negação do teísmo. Mas, do ponto de vista ético-moral, tanto o ateísmo quanto o teísmo estão empatados. Se o ateísmo é APENAS a falta de crença na existência de um deus, o teísmo, em seu turno, é a crença na existência de um deus. Ambos não falam absolutamente nada sobre moral e ética. Quem fala sobre moral e ética são extensões do ateísmo (como o humanismo secular, comunismo e o neo ateísmo) e extensões do teísmo (as muitas religiões teístas existentes no mundo). A simples crença ou descrença em deuses nada falam sobre moral e ética.
Agora vou replicar seu comentário do ponto de vista teísta:
"Assim como o teísmo, as muitas outras formas de crença que existem no mundo também não fazem qualquer pronunciamento sobre ética. Se eu lhe dissesse que meu vizinho acredita em duendes ou fantasmas, o que você, a partir dessa informação isolada, poderia deduzir da índole ou da conduta dele? Na verdade, nada, porque a crença em duendes ou fantasmas não tem qualquer relação com ética. Você não teria como adivinhar se o meu vizinho é um filantropo ou um psicopata, por exemplo. Imagine como seria ridículo se alguém dissesse o seguinte: "A Susana von Hichtoffen matou os pais porque acreditava em duendes". Quem dissesse isso seria imediatamente posto num hospício. E, no entanto, os ateus militantes acham que teístas criminosos matam porque são teístas, ou seja, porque acreditam em Deus..."
O ateísmo não é a negação da existência de papai noel ou duendes, mas sim a negação da existência de um deus.
Em linhas gerais os religiosos acreditam que a moralidade é absoluta e advém de um deus. Os ateus militantes negam essas premissas (alguns podem concordar com a primeira premissa, o da moralidade absoluta).
Ou seja, os ateus militantes não negam somente a existência de um deus, mas possuem repulsa à ideia de um legislador moral pessoal e absoluto. Se esse legislador não existe, temos que a moralidade é subjetiva e "para um ateu coerente não existe diferença alguma entre administrar um veneno para matar alguém ou matar a fome de uma criança faminta", um vez que tudo irá depender do ponto de vista pessoal de cada um. O ateu coerente apenas estaria alinhado com o seu ateísmo que é amoral. Se não existe um legislador moral e absoluto qual a autoridade deste mundo que vai nos dizer o que é moral ou não? E se ele disser, por que deverei concordar com ele?
Quem acredita em papai noel ou duendes, não afirma que esses seres são legisladores morais. Diferente, bem diferente, de quem acredita em um deus.
Tudo o que eu disse é que o ateísmo é amoral. Mas isso não significa que nós ateus sejamos amorais.
Você não representa todos os ateus do planeta. Existem ateus e ateus. Existem aqueles ateus militantes que sonham com a completa destruição da religião no mundo (como o Richard Dawkins e seus discipúlos) e também ateus comuns, que apesar de não acreditarem que exista um deus, também não se incomodam com o fato de alguém acreditar que exista um deus que é a causa do universo e legisla moralidade entre os seres humanos.
Nós também baseamos a nossa conduta em princípios éticos, sejam eles bons ou maus.
Princípios éticos e morais não brotam do chão. Eles sempre vêem de fontes pessoais. De qual fonte pessoal, você ao menos, tenta basear sua conduta?
A única diferença é que não os buscamos na Bíblia.
Nunca passou em sua mente que diversos princípios éticos-morais da nossa civilização ocidental possui influência judaico-cristã?
Será que esse dizimista não leu as baixarias irônicas escritas por sua comparsa olavete?
Em linhas gerais os religiosos acreditam que a moralidade é absoluta e advém de um deus.
Moralidade vinda de um deus criado por outros seres humanos, logo a moralidade é humana, porém de outra época.
Princípios éticos e morais não brotam do chão. Eles sempre vêem de fontes pessoais. De qual fonte pessoal, você ao menos, tenta basear sua conduta?
E você acha que os "princípios éticos e morais" escritos num livro por um povo da idade do bronze brotaram do chão?
Nunca passou em sua mente que diversos princípios éticos-morais da nossa civilização ocidental possui influência judaico-cristã?
Nunca passou em sua mente que diversos princípios éticos-morais dos judeus e cristão possuem influência do secularismo/humanismo ou da antiga sociedade greco-romana?
De qualquer forma, parece-me que o centro da sua argumentação é o de que valores morais, em última instância, procedem de fonte divina. Isso o crentelho incoerente respondeu aqui em cima. Os valores morais procedem de Deus, mas Deus procede dos homens. Isso explica por que os deuses são tão antropormórficos. Portanto, quem cria a moralidade são os homens.
Você faz de Deus uma espécie de fiador de valores morais absolutos. O problema é que esse próprio Deus não escapa do relativismo. Ontem Deus era um, hoje é outro. Os deuses são imortais, mas todos eles morrem, como diria o Mencken. Esse seu deus cristão no qual você acredita e que ditou normas eternas também vai morrer, assim como os outros morreram, e no lugar dele talvez surja um deus que pregue exatamente o contrário do que ele pregou.
Tudo passa, ateu incoerente, inclusive os deuses...
Coitado, agora está aproveitando o anonimato temporário para desabafar seu ódio por terem maculado sua, até então, "ilibada" imagem de homem de bem defensor da moral e dos bons costumes que nos foram oferecidos pela maravilhosa cultura religiosa.
É isso aí, ateu com alma de cristão, aproveite agora pra mostrar sua verdadeira face, ainda que de forma anônima! Que irônico, não? :)
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