Data foi criada pela Igreja Católica para homenagear os santos |
Dia 1º foi feriado em Portugal. A data lembra o Dia de Todos os Santos, criado pela Igreja Católica para homenagear a “honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos”. Este ano, porém, será a última vez que os portugueses celebrarão a data até 2018. Um acordo feito entre o governo e a Santa Sé, subscrito por centrais sindicais, suspendeu provisoriamente o feriado.
Pelo mesmo acordo, foram suspensos os feriados de Corpus Christi (60 dias depois da Páscoa), 5 de outubro (Implantação da República) e 1º de dezembro (Restauração da Independência). No Dia de Todos os Santos, em Portugal, os lusitanos tradicionalmente percorrem os cemitérios em memória a amigos e parentes mortos. No Brasil, o Dia de Finados é lembrado no dia 2 de novembro.
Como o último feriado de Todos os Santos caiu em uma quinta-feira, escolas e universidades emendaram com a sexta-feira (2) e suspenderam as aulas. Em Portugal, emendar o feriado é conhecido como “fazer a ponte”.
No feriado prolongado, o Ano do Brasil em Portugal promove o show da atriz e cantora Bibi Ferreira. O espetáculo Bibi em Concerto será apresentado na sala Garret, na qual ocorre a Mostra de Teatro do Brasil.
Além de Todos os Santos, 1º de novembro é a data do terremoto que ocorreu em Lisboa, em 1755. Na ocasião, a cidade ficou praticamente destruída e houve tréplicas do fenômeno em várias áreas de Portugal.
No século 18, com a iluminação à vela, a capital portuguesa sofreu com diversos incêndios. A estimativa oficial é que mais de 10 mil pessoas tenham morrido em decorrência do terremoto seguido por tsunami. A cidade foi reconstruída pelo Marquês de Pombal, que seguiu o padrão arquitetônico inspirado no Iluminismo.
Portugal se submete ao Vaticano para extinguir dois feriados
maio de 2012
Religião no Estado laico
Comentários
A Europa está constantemente sendo mais e mais influenciada pelas minorias muçulmanas que crescem a cada ano, e quanto mais descristianizado for o continente, mais os muçulmanos se fortalecem.
Sou ateu, mas entre uma Europa cristã ou muçulmanda eu prefiro mil vezes uma Europa cristã.
"POEMA SOBRE O DESASTRE DE LISBOA"
Ó infelizes mortais! Ó deplorável terra!
Ó agregado horrendo que a todos os mortais encerra!
Exercício eterno que inúteis dores mantém!
Filósofos iludidos que bradais «Tudo está bem»*;
Acorrei, contemplai estas ruínas malfadadas,
Estes escombros, estes despojos, estas cinzas desgraçadas,
Estas mulheres, estes infantes uns nos outros amontoados
Estes membros dispersos sob estes mármores quebrados
Cem mil desafortunados que a terra devora,
Os quais, sangrando, despedaçados, e palpitantes embora,
Enterrados com seus tectos terminam sem assistência
No horror dos tormentos sua lamentosa existência!
Aos gritos balbuciados por suas vozes expirantes,
Ao espectáculo medonho de suas cinzas fumegantes,
Direis vós: «Eis das eternas leis o cumprimento,
Quem de um Deus livre e bom requer o discernimento?»
Direis vós, perante tal amontoado de vítimas:
«Deus vingou-se, a morte deles é o preço de seus crimes»?
Que crime, que falta comentaram estes infantes
Sobre o seio materno esmagados e sangrantes?
Lisboa, que não é mais, teve ela mais vícios
Que Londres, que Paris, mergulhadas nas delícias?
Lisboa está arruinada e dança-se em Paris.
(...)
Não, não ostenteis mais a meu coração alterado
Essas imutáveis leis da necessidade,
Essa cadeia dos corpos, dos espíritos, e dos mundos.
Ó sonhos de sábios! Ó desvarios profundos!
Deus tem na mão a corrente, e não está acorrentado;
Por sua escolha benévola tudo é determinado:
Ele é livre, ele é justo, e não é implacável.
Porque sofremos então com um amo justo e amável?
(...)
Elementos, animais, humanos, tudo está em guerra.
Há que reconhecê-lo, o “mal” está sobre a terra:
Seu princípio secreto não nos é de todo conhecido.
Do autor de todo o bem, terá o mal decorrido?
(...)
Um Deus veio consolar a nossa raça alarmada;
Visitou a terra, mas não a mudou em nada!
Diz-nos um sofista arrogante que ele o não pôde fazer:
«Ele poderia», diz outro, «mas havia de o querer:
Querê-lo-ia, sem dúvida;» e, enquanto se apregoa,
Há trovões subterrâneos que vão engolindo Lisboa,
E de trinta cidades dispersam os lambris,
Das margens sangrentas do Tejo até ao mar de Cádis.
Ou o homem nasceu culpado, e Deus pune sua raça,
Ou esse senhor absoluto do ser e do espaço,
Sem furor, sem piedade, tranquilo, indiferente,
De seus primeiros decretos segue a eterna torrente;
Ou a matéria informe, a seu mestre rebelde,
Transporta consigo defeitos tão necessários quanto ela;
Ou Deus nos põe à prova, e esta estadia mortal
Não é senão uma passagem estreita para um mundo eternal.
Aqui experimentamos dores transitórias:
Falecer é um bem que termina as nossas misérias.
Mas quando por fim sairmos desta passagem de agruras,
Qual de nós pretenderá merecer colher venturas?
(...)
“Um dia tudo estará bem”, eis aí a nossa esperança;
“Tudo está bem hoje em dia”, eis aqui a ilusão.
(...)
Outrora um califa, chegado à hora em que se falece,
Ao deus que adorava disse então como prece:
«Trago-te, ó único rei, único ser sem limitação,
Tudo o que não possuis na tua imensidão,
Os defeitos, os remorsos, os males e a ignorância.»
Mas poderia haver acrescentado ainda “a esperança”.
*Referência ao polímata alemão Leibniz, que escreveu que vivemos "no melhor dos mundos possíveis". Não quero nem imaginar como seria o pior...
Ou como dizem certos crentes: "Deus é Pai, não é Padrasto". Um "Pai" digno de pena...
Winston Smith
Dia 1° para os portugueses é equivalente ao dia de finados para nós, eles também percorrem os cemitérios em memória a amigos e parentes mortos.
J
Concordo com você, afinal os mortos pelo menos são reais, e lembrar de sua existência enquanto estiveram vivos realmente não tem nada haver com religião.
"Que crime, que falta comentaram estes infantes"
lê-se:
"Que crime, que falta cometeram estes infantes"
No último verso depois das primeiros reticências:
"Porque sofremos então com um amo justo e amável?"
lê-se:
"Por que sofremos então com um amo justo e amável?"
__
Ainda não li "Candide" (pecado mortal!). Espero fazê-lo um dia* no original em francês.
*Ah, a esperança! maldição funesta da caixa de pandora!
Se tirarem os principais já está de bom tamanho, alguns podem continuar feriados por outras razões. Dia 12 de outubro por ser dia do descobrimento da América. Dia 22 de abril por ser dia do descobrimento do Brasil, podendo ser emendado com dia 21 em substituição a menda de feriados religiosos. Numa primeira etapa, para não criar muito auê, transformar todos os feriados religiosos em ponto facultativo já é uma boa alternativa.
A lei deveria tratar apenas de regular a jornada de trabalho, de 40h semanais ou até de 35h. Sendo que não poderia haver mais do que 5 dias seguidos ( semana de 5 dias) e com as folgas correspondentes garantidas, mas não necessariamente sábados e domingos.
O Jesus Cristo (e não o histórico) pertence aos religiosos que acreditam nele. Não é o meu caso.
E sim. Jesus não existe para tratar de assuntos econômicos. A finalidade de sua existência é outra.
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