Pular para o conteúdo principal

No mundo, não filiados à religião são 1,1 bilhão, revela estudo

 Grupo inclui ateus 
e quem crê em 
poder superior 
O número de pessoas sem filiação religiosa no mundo é de 1,1 bilhão, o que representa cerca de uma a cada seis ou 16% do total da população. A informação é do Fórum Pew Research Center sobre Religião e Vida, que fez um estudo com dados de 2010 de 230 países e territórios.

O estudo estima que há 5,8 bilhões de adultos e crianças com filiação religiosa, o que corresponde a 84% da população mundial.

O grupo das pessoas não filiadas a uma religião formalmente constituída inclui ateus e agnósticos, mas também aquelas que têm crença em Deus ou em um poder superior.  É o que ocorre na China na proporção de 7% do total dos não afiliados. Na França, o percentual é de 30% e nos Estados Unidos, de 68%.

Parte das pessoas não filiadas se envolve em práticas religiosas. Na China, 44% delas disseram que em 2009 fizeram visita de reverência a túmulos de parentes ou de amigos. Nos Estados Unidos, 27% das pessoas adultas desse grupo informaram que comparecem a um serviço religioso pelo menos uma vez por ano. Na França, esse percentual foi de 7%.

Pelos dados colhidos pelo Pew, as pessoas não afiliadas no Brasil são 15,4 milhões, representando 7,9% da população. Na América Latina e Caribe, o grupo representa 4%.

A maior concentração de pessoas não afiliadas, de 76%, se encontra na Ásia e no Pacífico. Na Europa é de 12% e na América do Norte, 5%. O Oriente Médio e o Norte da África apresentam índice abaixo de 1%.

As pessoas não afiliados são maioria em seis países: República Checa (76%), Coréia do Norte (71%), Estónia (60%), Japão (57%), Hong Kong (56 %) e China (52%). No mundo, elas estão concentradas na China, com 62% ou mais de seis em cada dez.

A idade média das não filiadas é de 34 anos, 6 anos a mais em relação às que seguem uma religião.

A África Subsariana aparece no estudo como uma região onde o grupo de não filiadas é o mais jovem, com idade média de 20 anos. Em seguida vêm América Latina e Caribe (26 anos), América do Norte (31) e Ásia (35).

Em alguns países, há indícios de que, desde 2010, mudou rapidamente o montante do grupo das pessoas não filiadas. Nos Estados Unidos, por exemplo, o percentual entre adultos subiu para 19,6% em 2012.

Mapa da religião no mundo

O percentual é em relação à população de cada país
Com informação do Fórum Pew.





15,3 milhões de brasileiros declaram que não têm religião
junho de 2012

Comentários

prf disse…
Na minha opiniao este estudo prova muito pouco, no maximo que mais pessoas deixaram de crer em instituicao, mas podem continuar crendo nas essencias religiosas.
Anônimo disse…
Em paises onde a religião é forte, quem não faz parte do time, sofre represalias, e acaba não se manifestando, portanto eu acredito que somos maioria, e tem muitos que pensam que tem religião mas são ingenuos a ponto de não perceber que apenas tem medo.
Anônimo disse…
querer erradicar o direito de crença é um erro também. Como vai se fazer? Algum tipo de lavagem cerebral?

o que tem de ser fazer não é erradicar a "essencia religiosa", mas fazer com que se valha a liberdade e os direitos de modo geral e ponderado. O problema da turma religiosa é que eles querem impor crenças e sistemas sociais-religiosos a outras pessoas. É essa a loucura que tem de ser erradicada. E falo sério: não tenho mais dúvidas que essa inflexibilidade já há tempos se caracterizou como doença, como patologia, algum tipo de transtorno mental.


a minha sugestão é que os secularistas mais influentes insistam em criar leis que condenem o comportamento agressivo e "sociopata" dos religiosos. Acho que isso ajudaria a diminuir o tabu religioso.
Anônimo disse…
a religião tem um respeito muito grande e que ao mesmo tempo não é merecido. Não se pode tocar na religião, é como se fosse algo intocável. Essa mentalidade tem que ser derrubada. Eu acho que há boas chances disso acontecer se a sociedade em maioria se opor a essa sacralidade blindada que a religião possui.

até mesmo o fato de que sociedades se debrucem para esse conceito já é algo a se pensar sobre a própria racionalidade das mesmas. "Religião tem de sair do sagrado e vir para o profano". Tem que ser derrubada nesse ponto.
Anônimo disse…
Não dá pra competir com a lavagem cerebral que a religião faz nas pessoas desde o nascimento.
Pra TENTAR equilibrar as coisas, teria que haver algum tipo de doutrinação anti-religiosa sobre o máximo de crianças possível, e mesmo que todos os anti-religiosos do mundo se prestassem a isso, seria uma luta infinitamente desigual diante da doutrinação religiosa de massa.
Bingo disse…
e tem muitos que pensam que não tem religião mas são ingenuos a ponto de não perceber que apenas tem descrenças e não frequentam templos, mas cumprem rigorosamente a cartilha de princípios, valores, moral e conduta religiosa.
Anônimo disse…
A cartilha de princípios, moral, valores e conduta religiosa é totalmente dispensável a quem não crê em deuses e outras fantasias, posto que se trata, na verdade, de uma cartilha hipócrita, mentirosa, interesseira, distorcida e uma conduta deprimente, eivada de preconceitos, julgamentos que contradizem as pregações, uma vontade de poder e dinheiro acima de qualquer espiritualidade que possam alegar ser sua base. Quem é descrente o é, entre muitos outros motivos , pela repugnância que sente ao ler os sagrados (?) livros das grandes religiões e por presenciar -ou ser vitima - do comportamento fascista de muitos desses teístas. Então, é obvio que passamos longe da moral, princípios e valores teístas. Estes não são valores éticos: são mero disfarce palra interesses mundanos travestidas de bom samaritanismo.
Bingo disse…
Então nós "passamos longe" da cartilha religiosa, é? Tem certeza?

“Ninguém é mais escravo que aquele que falsamente se acredita livre.”
Anônimo disse…
Vejo o resultado desses estudos como algo positivo. As pessoas estão se desfiliando das religiões, sem perder a religiosidade. Isso é bom, a religião sempre conduziu a religiosidade das pessoas, sempre em proveito próprio. O cenário tende a mudar.

Valdo
Anônimo disse…
É fácil o homem sair da igreja. Difícil é a igreja sair do homem...

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Câncer colorretal aumenta no Brasil em três décadas, com prevalência entre os homens

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Valdemiro pede 10% do salário que os fiéis gostariam de ter

Charge de jornal satírico francês mostra Maomé pelado de bunda para cima

Livro islâmico diz que ninguém pode  ver Maomé pelado Ayesha, uma das esposas de Maomé, a preferida, teria dito que ninguém, nem ela, jamais viu o profeta nu, porque quem presenciasse tal cena ficaria cego na hora. O relato dela está no reverenciado (pelos muçulmanos) livro Ash-Shifa.

TJs perdem subsídios na Noruega por ostracismo a ex-fiéis. Duro golpe na intolerância religiosa

Maioria jamais será ateia nem fiel da Iurd, diz padre Marcelo

Para Rossi, Deus não reconhece casal de gays como família O jornal Correio da Manhã, de Portugal, perguntou ao padre Marcelo Rossi (foto): - O que o assustaria mais: um Brasil que deixasse de crer em Deus ou um Brasil crente em que a Iurd fosse maioritária? A resposta foi enfática: - Não acredito que isso possa acontecer. Nunca. O Brasil não vai deixar que isso aconteça. Rossi foi evasivo ao responder se está ou não preocupado com o avanço no Brasil dos evangélicos protestantes. “Há igrejas e igrejas”, disse. “Uma coisa são as igrejas tradicionais evangélicas e outra são as seitas.” O padre foi entrevistado por Leonardo Ralha a propósito do lançamento em Portugal do seu livro 'Ágape'. Ele disse ter ficado surpreso com das vendas do livro no Brasil – mais de sete milhões de exemplares, contra a expectativa dele de um milhão. Atribuiu o sucesso do livro à sua tentativa de mostrar às pessoas um resumo dos dez mandamentos: “amar a Deus sobre todas as

Secretaria do Amazonas critica intolerância de evangélicos

Melo afirmou que escolas não são locais para mentes intolerantes Edson Melo (foto), diretor de Programa e Políticas Pedagógicas da Secretaria de Educação do Estado do Amazonas, criticou a atitude dos 14 alunos evangélicos que se recusaram a apresentar um trabalho sobre cultura africana para, segundo eles, não ter contato com as religiões dos afrodescendentes. “Não podemos passar uma borracha na história brasileira”, disse Melo. “E a cultura afro-brasileira está inclusa nela.” Além disso, afirmou, as escolas não são locais para “formar mentes intolerantes”. Os evangélicos teriam de apresentar em uma feira cultural da Escola Estadual Senador João Bosco de Ramos Lima, em Manaus, um trabalho dentro do tema "Conhecendo os paradigmas das representações dos negros e índios na literatura brasileira, sensibilizamos para o respeito à diversidade". Eles se negaram porque, entre outros pontos, teriam de estudar candomblé e reagiram montando uma tenda fora da escola para divu

Jornalista defende liberdade de expressão de clérigo e skinhead

Título original: Uma questão de hombridade por Hélio Schwartsman para Folha "Oponho-me a qualquer tentativa de criminalizar discursos homofóbicos"  Disputas eleitorais parecem roubar a hombridade dos candidatos. Se Fernando Haddad e José Serra fossem um pouco mais destemidos e não tivessem transformado a busca por munição contra o adversário em prioridade absoluta de suas campanhas, estariam ambos defendendo a necessidade do kit anti-homofobia, como aliás fizeram quando estavam longe dos holofotes sufragísticos, desempenhando funções executivas. Não é preciso ter o dom de ler pensamentos para concluir que, nessa matéria, ambos os candidatos e seus respectivos partidos têm posições muito mais próximas um do outro do que da do pastor Silas Malafaia ou qualquer outra liderança religiosa. Não digo isso por ter aderido à onda do politicamente correto. Oponho-me a qualquer tentativa de criminalizar discursos homofóbicos. Acredito que clérigos e skinheads devem ser l

Tibetanos continuam se matando. E Dalai Lama não os detém

O Prêmio Nobel da Paz é "neutro" em relação às autoimolações Stephen Prothero, especialista em religião da Universidade de Boston (EUA), escreveu um artigo manifestando estranhamento com o fato de o Dalai Lama (foto) se manter neutro em relação às autoimolações de tibetanos em protesto pela ocupação chinesa do Tibete. Desde 16 de março de 2011, mais de 40 tibetanos se sacrificaram dessa dessa forma, e o Prêmio Nobel da Paz Dalai Lama nada fez para deter essa epidemia de autoimolações. A neutralidade, nesse caso, não é uma forma de conivência, uma aquiescência descompromissada? Covardia, até? A própria opinião internacional parece não se comover mais com esse festival de suicídios, esse desprezo incandescente pela vida. Nem sempre foi assim, lembrou Prothero. Em 1963, o mundo se comoveu com a foto do jornalista americano Malcolm Wilde Browne que mostra o monge vietnamita Thich Quang Duc colocando fogo em seu corpo em protesto contra a perseguição aos budistas pelo