A Assembleia de Domingo promoverá um encontro por mês |
Os britânicos Sanderson Jones e Pippa Evans (ambos na foto abaixo) vão colocar à disposição dos descrentes a partir do dia 6 uma igreja ateísta, a Assembleia de Domingo, para cerimônia de casamento e de funeral, entre outras atividades. Os dois são comediantes, mas se trata de uma iniciativa séria.
A igreja vai usar um antigo templo cristão conhecido como “A Nave” que fica em Islington, na Grande Londres.
A Assembleia promoverá uma reunião gratuita todo o primeiro domingo de cada mês. Haverá debate sobre determinado tema, com a participação de um palestrante convidado, e a apresentação de músicos. O primeiro palestrante será Andy Stanton, escritor de livros para crianças.
Sanderson e Pippa são comediantes |
Jones argumentou que, “só por causa de uma discordância teológica”, seria uma pena os descrentes não aproveitarem a experiência da religião em atrair pessoas.
Ele está animado com a Assembleia de Domingo. “Se ela se tornar um lugar útil para as pessoas, será muito bom.”
O padre católico Salvador Grech ficou surpreso com, segundo ele, a contradição de haver pessoas frequentando uma igreja sem Deus. “Elas vão louvar quem?”
O filósofo Alain de Botton foi quem, com o livro “Religião para Ateu”, lançou a ideia de que os descrentes precisam aproveitar a experiência agregadora da religião. Ele inclusive tem um projeto para a construção no centro financeiro de Londres de um prédio que seria um local de atividades para ateus e secularistas em geral.
Com informação do sita da igreja ateista e da Islington Gazette, entre outras fontes.
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Ateísmo
Comentários
Daqui a pouco vai aparecer alguém dizendo que "ateísmo significa apenas descrença em Deus, não há mais nada que ligue um ateu ao outro". Isso é besteira: se fizermos uma enquete aqui, aposto que mais de 90% seguem uma filosofia naturalista, isto é, sem elementos sobrenaturais; acreditam que a ciência é o meio mais eficaz de se acumular informações sobre a natureza; que ética não depende da crença em Deus e pode ser construída através da razão e da experiência; que é possível ser feliz e encontrar significado na vida sem religião, etc.
Então somos mais do que apenas pessoas que não creem em Deus, temos muitas coisas em comum, e isso não é ruim.
Daqui a pouco vai aparecer alguém dizendo que "ateísmo significa apenas descrença em Deus, não há mais nada que ligue um ateu ao outro". Isso é besteira: se fizermos uma enquete aqui, aposto que mais de 90% seguem uma filosofia naturalista, isto é, sem elementos sobrenaturais; acreditam que a ciência é o meio mais eficaz de se acumular informações sobre a natureza; que ética não depende da crença em Deus e pode ser construída através da razão e da experiência; que é possível ser feliz e encontrar significado na vida sem religião, etc.
Então somos mais do que apenas pessoas que não creem em Deus, temos muitas coisas em comum, e isso não é ruim.
Sempre aparece alguém para soltar o clichê "ateus não têm nada em comum além da descrença em Deus". Bobagem. Aposto que se fizermos uma enquete aqui, 90% das pessoas vão dizer que têm uma visão de mundo naturalista, ou seja, desprovida de elementos sobrenaturais; que pensam que a ciência é a melhor forma de se obter informações sobre o mundo; que não é preciso crer em Deus para ter uma vida ética e feliz; que religião e estado devem ficar separados; etc.
Então não somos "apenas pessoas que não acreditam em Deus", temos uma visão de mundo em comum, e isso não é ruim, não faz de nós menos críticos e nem das nossas crenças mais dogmáticas.
é a história se repetindo, mas com panos de fundo diferentes...
O Ateísmo tem-se caracterizado por uma desconstrução odiosa de quaisquer símbolos, valores, e atitudes ligadas ao cristianismo.
Denunciar inverdades e alertar para os perigos da intolerância e irracionalidade religiosa pela adoração de uma superstição, ou ideia abstracta, é desconstrução odiosa?
Repare em seus argumentos, eles revelam intolerância á crítica porque você não aceita que sua crença seja desmistificada. Você nem se preocupa em refutar o que quer que seja, você “aproveita a deixa” e entra logo agredindo. Isso é intolerância.
O uso de palavras de cariz “ofensivo” em seus argumentos (“desconstrução odiosa”) revelam seu sentimento de inferioridade que, moldado por preconceitos incompatíveis com a liberdade dos outros, o levam a ignorar o debate crítico e a optar pela irracionalidade intelectual.
Você tem o direito á liberdade de expressão – o direito a dizer aquilo que os outros não gostam de ouvir –, mas também tem o dever de conceder aos outros esse mesmo direito.
Mas, meu caro, lamento insistir na ideia de que a religião está alicerçada em algo “não recomendável” que justifico nas próprias palavras de sua divindade suprema. Leia (com atenção) Deuteronômio 13:6-10 (em particular os versículos 9 e 10) e depois fale-me de “desconstrução odiosa”.
Demo
É, no mínimo, curioso o projeto. E estou de acordo com Gabriel no que toca à ideia de aproveitar o espírito de comunidade produzido pelas religiões. Igrejas proporcionam experiências de comunidade e por isso também são tão atraentes. Só não entendo por que manter o nome igreja. Talvez, uma instituição onde os ateus pudessem se reunir, quando quisessem, para assistir palestras e fazê-las, com interação entre a audiência e o palestrante. Mais ou menos como acontece nos congressos científicos... Isso seria bem interessante.
Casamento, cartório resolve.
Funeral, funerárias resolvem...
¬¬
Ou isso é uma tentativa de aproximação de Deus?
um monte de ateus vai meter o pau, muitos outros vão dar de ombros, e alguns vão até achar legal
da parte dos religiosos, com certeza é pano pra manga, não vai faltar motivo pra caçoar, criticar, etc
pra mim, eu acho legal
a despeito do nome, na vedade aquilo é um grupo, um encontro, no caso de descrentes. E isso não é mal, pq são pessoas q realmente tem algo em comum, e geralmente é legal conversar com outros descrentes... eu acho.
Agora, nego não vai perder a oportunidade de colocar um nome polêmico e engraçado, q nem "Igreja Ateísta" huahuahuah justamente por ser contraditório rs
Se nego vai lucrar alguma coisa com isso, ou não, foda-se. Tanto faz. O ateísmo não é religião. Não existe imoralidade em cobrar pra nego ouvir música, piada, palestra, pra entrar num recinto privado, etc. Não existe nenhum código d "conduta ateu" pra impedir esse tipo d coisa. Cada um faz o q quer, e foda-se.
A sátira e a ironia estão sempre presentes nos ateus q possuem alguma paz na sua opção religiosa. E é a parte q eu mais gosto! huahuahua É uma boa maneira de levar a vida tranquilo, e evita tragédias como o suicídio da jovem de 17 anos (Roberta Baêta) pq sua família não aceitava q fosse ateia e a mandaram ir pra zona
eu tenho quase certeza que tudo vai desandar, como sempre acontece com qualquer ideologia. As falhas começarão a aparecer (como essa da igreja ateísta, por exmplo), escandalos envolvendo ateus vão começar a acontecer, a instabilidade da filosofia/ideologia vai começar a se popularizar também, etc.
os "tempos áureos" (leia-se intocável por reclamar a própria razão e ciência como fundamentos) do ateísmo estão no fim. O elemento humano vai predominar e tudo virará uma paçoca.
como já disse lá em cima: a história se repete, com panos de fundo diferentes.
http://www.youtube.com/watch?v=WxvjMxDtuAQ
Na verdade a criação de entidades que reunam os ateus e agnosticos, e que os representem e façam lobby em prol das bandeiras que os humanistas defendem (estado laico, ensino secular, etc), assusta de fato os religiosos, porque há séculos só eles puderam ter lobby, só eles puderam fazer pressão para que a sociedade seguisse seus ditames. Que os ateus comecem a fazer o mesmo, e ganhar força é que os assusta.
E qualquer coisa que faça um crentelho ficar assustado é válida!
A considerar que igreja é uma instituição de fins religiosos (e o templo de culto dela), e que uma das maiores artimanhas de quem quer tentar desmerecer e infantilizar o ateísmo é tentar torná-lo uma “nova religião” – assim imputando-lhe os mesmos defeitos das religiões constituídas –, criar uma “igreja ateísta” é uma ideia, no mínimo, incauta.
Apoio mútuo não é e nem nunca foi exclusividade de igrejas. Associações, clubes, sociedades, fundações e etc. podem propor o mesmo tipo de apoio a seus membros, e até com mais eficácia do que uma igreja. Fora que se torna uma instituição secular, e não atrai para si uma conotação religiosa – que, para o ateísmo, não é nada bom.
“Daqui a pouco vai aparecer alguém dizendo que "ateísmo significa apenas descrença em Deus, não há mais nada que ligue um ateu ao outro". Isso é besteira: se fizermos uma enquete aqui, aposto que mais de 90% seguem uma filosofia naturalista, isto é, sem elementos sobrenaturais; acreditam que a ciência é o meio mais eficaz de se acumular informações sobre a natureza; que ética não depende da crença em Deus e pode ser construída através da razão e da experiência; que é possível ser feliz e encontrar significado na vida sem religião, etc.”
Mesmo que você faça essa pesquisa, não conseguirá ampliar o significado do ateísmo – que é a descrença em divindades. A filosofia naturalista que você apresenta é uma das visões sobre a aplicação do método científico, e não corresponde um dogmatismo ateu ou agnóstico. O deísmo cabe no naturalismo (e na filosofia naturalista).
“Então somos mais do que apenas pessoas que não creem em Deus, temos muitas coisas em comum, e isso não é ruim.”
Ter coisas em comum, nós temos inclusive com teístas, politeístas e etc. Isso é natural. Agora, a única coisa que é comum a todos os ateus é a descrença em divindades. E só!
De todos os grupos religiosos que conheço, do evangélico ao islã, do católico ao kardecista, sem dúvido os ateus são os mais obcecados pela ideia de Deus!
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