Pistas de stake: nova utilidade para espaços amplos |
O fechamento de templos no Reino Unido — principalmente da Igreja Anglicana, que é hegemônica — ocorre nas grandes cidades e comunidades rurais. O resultado disso é que de 20 a 30 templos por ano encerram suas atividades.
Nos últimos 30 anos do século passado, período de maior declínio na frequência aos cultos, houve o fechamento de 1.500 templos — o que dá a média de 50 por ano.
Muitos templos foram derrubados por falta de dinheiro para sua manutenção e outros se encontram abandonados, se deteriorando. Alguns desses templos são relíquias da arquitetura. Poucos obtêm nova utilidade, com um que virou parque de skate, no sul da Inglaterra, em Surrey.
Barney White-Spunner preside uma entidade preocupada com a preservação dos templos falidos. Uma forma de evitar a degradação dessas instalações, segundo ele, seria a sua utilização para reuniões da comunidade ou como espaço para creches ou ainda locais de serviço público, como posto policial.
Como a rejeição à religião tende a prosseguir, White-Spunner sugeriu que os sacerdotes disponibilizem seus templos para outras crenças, de modo a garantir a utilização e manutenção das instalações.
Trata-se de uma ideia difícil de ser aplicada, dado o caráter sectário das religiões. Os fiéis não aceitariam compartilhar seus locais de oração com seguidores de crenças adversárias. Não dá para imaginar anglicanos frequentando uma igreja católica.
O encerramento de atividades religiosas ocorre em outros países europeus.
A Holanda parece ter resolvido o problema da ocupação: os templos estão sendo usados como livraria, biblioteca, bares, supermercado, entre outras finalidades.
Com informação do The Telegraph, entre outras fontes.
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Comentários
Mas do jeito que o Brasil é, no minimo iam transformar em um Shopping ou coisa do tipo.
As igrejas católicas serão transformadas em museus;
As igrejas IURD e Mundial serão transformadas em quadras esportivas;
E as Assembléias de deus serão transformadas em banheiros públicos.
Trata-se de uma obra suntuosa e faraônica, erguida em 1994 - com dinheiro cuja origem (pública ou privada) não foi revelada pela fonte - para "homenagear" os 100 anos da presença dos padres capuchinhos italianos naquele Estado.
Menos de 20 anos após sua inauguração o edifício - réplica de 33 m de altura da Torre de Pisa original - reclama por manutenção.
Sensatamente, o prefeito da cidade de Montes Altos (9 mil hab.), que abriga o "monumento", declara que não tem os cerca de R$ 230 mil para as obras de manutenção, necessárias para garantir sua segurança. Segundo ele, o valor mencionado corresponde à metade da arrecadação do município.
A fonte dessas informações - uma reportagem do Jornal Nacional da Rede Globo, do dia 5/1/2013 - trata o fato como sendo um assunto pitoresco, um desses "causos" do interior brasileiro, presumivelmente simpático à sua audiência devido à preocupação dos fiéis locais com o destino da construção religiosa, cuja única função seria a de suportar o sino de uma tonelada, mas que por causa das avarias precoces teve de ser desativado.
Chega ela a mencionar o perigoso estado de má conservação do conjunto, cujas enormes rachaduras expõem as armaduras dos pilares, acusando a falta de adequação do projeto executivo (se é que ele existe ou foi obedecido) e o risco iminente de colapso da estrutura.
O que deveria ser feito era uma denúncia desse problema às autoridades para a apuração de responsabilidades e para providenciar uma solução definitiva (contemplando medidas que impeçam a utilização de recursos públicos, do erário, e minimizem os da comunidade, ainda que "voluntariamente") e não divulgar a "vaquinha" que os pobres moradores estão fazendo (muitos à contragosto), como o telejornal fez em tom condescendente.
(*)fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/01/moradores-se-unem-para-manter-de-pe-torre-de-pisa-brasileira.html
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