Juízes decidiram que Nadia Eweida, de uma companhia aérea, pode usar o símbolo, mas a enfermeira Shirley Chaplin não |
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos julgou hoje (15) dois casos de uso de crucifixo por britânicas em seu local de trabalho. Para um deles, a decisão foi favorável a Nadia Eweida (na foto à esquerda), funcionária da British Airways. Em outro caso, a reclamação da enfermeira Shirley Chaplin (foto) foi considerada improcedente.
O Tribunal decidiu que a British Airways discriminou a sua funcionária Nadia Eweida ao não permitir que ela usasse o crucifixo sobre o uniforme. Na avaliação dos juízes, a companhia aérea desrespeitou a Convenção Europeia de Direitos Humanos que garante a liberdade de religião.
Eweida acusou a companhia de sofrer discriminação em 2006 e 2007, quando foi tirada do atendimento ao público, no chek-in, por usar o símbolo religioso. Naquela época, na avaliação da British Airways, passageiros não cristãos poderiam se sentir incomodados com a exibição do crucifixo pela funcionária.
A funcionária, que é seguidora da Igreja Universal, levou o caso à Justiça da Grã-Bretanha, e a sentença considerou legítima a decisão da companhia. Eweida, então, recorreu ao Tribunal Europeu. A repercussão do caso fez com que a companhia decidisse permitir de novo o uso de símbolos religiosos por seus funcionários, e Eweida voltou ao chek-in.
No entendimento dos juízes, não é em qualquer ambiente de trabalho que funcionários podem usar o crucifixo ou outro símbolo religioso. Por isso, eles decidiram que a administração do hospital no qual Shirley Chaplin trabalhava agiu corretamente ao proibi-la de expor sobre o uniforme o crucifixo. Nesse caso, segundo os juízes, foi levada em conta a preocupação do hospital com a saúde e segurança dos pacientes. O crucifixo pode causar contaminação hospitalar.
Lilian e MacFarlane usaram a religião para recusar atendimento a homossexuais |
O Tribunal decidiu não ter havido discriminação contra Lilian Ladele (foto), funcionária de cartório que foi demitida porque se recusou a registrar uniões civis entre homossexuais.
Também foi considerado justo o afastamento de Gary MacFarlane (foto) do seu trabalho, porque ele se negou a ser terapeuta de relacionamento de casais do mesmo sexo.
Os trabalhadores e a British Airways têm três meses para recorrer do julgamento, caso queiram. A decisão do Tribunal Europeu não invalida as sentenças da Justiça britânica, em relação a Eweida, mas pode influenciar os novos julgamentos.
Shami Chakrabarti, diretor do grupo de liberdade de direitos humanos, elogiou o Tribunal, principalmente no caso de Eweida. “Ela não estava prejudicando ninguém com sua pequena cruz”, disse. “Ela tem o direito de expressar sua fé tanto quanto um homem de turbante sikh ou uma mulher muçulmana com lenço na cabeça."
Andrew Copson, presidente da Associação Humanista Britânica, também gostou da manifestação do Tribunal, porque “aplicou os princípios corretos” para cada um dos casos.
Do lado dos perdedores, ele colocou o lobby político cristão e a mídia conservadora porque estavam apresentando os trabalhadores cristãos como vítimas de perseguição religiosa.
"Todas as pessoas razoáveis concordarão que há espaço em uma democracia secular para a adaptação de crenças religiosas quando essa acomodação não afeta os direitos e liberdades dos outros", disse.
Com informação da CNN, entre outras fontes.
Ministro do STF apoia retirada de crucifixos dos tribunais
março de 2012
Comentários
No segundo, como havia questões de saúde, foi uma ação correta. Todavia se fosse apenas acusada como ato de proselitismo, seria tão inadmissível quanto o caso de Nadia.
Em relação à Lilian e Mack, ambos deveriam ter sido acusados de descriminação. A justiça britânica se posiciona da seguinte maneira ao casamento homossexual: permitido união que substitui o casamento igual (ou quase igual)ao casamento. Além disso, existe uma lei lá proibindo a descriminação por orientação sexual. Não sei porque Lilian não foi acusada de descriminação. Pelo que parece, o bancada teocrática deve ter ainda uma boa influencia na grã-bretanha
Tem que ficar escondido por causa do ateu se acha incomodado como eles ateus ou
outras crenças não incomoda-se os cristãos agora eu pergunto onde esta liberdade
Religiosa esse povo sem crença procurem respeita a fé dos Cristãos se quiser se respeitados.
_Basta raciocinar um pouco: se as pessoas estivessem usando piercens, alargadores, tatuagens, anéis de caveira..., ninguém iria se incomodar!
_Não, não, não..., é isso mesmo! Basta prestar atenção!
_Não sou favorável ao uso do crucifixo como adereço, nem em residências, nem em lugar nenhum!
_Por quê? _Ora..., porque são ídolos!!!
_E como diz a Palavra de Deus: "Vós Me louvais com os lábios mas, o vosso coração está longe de Mim"!
_O verdadeiro cristão, não usa estas coisas e muito menos..., discute por causa delas!
_A cruz vazia, mostra que Jesus não está mais lá e esta, até eu uso! Agora..., um crucifixo? _Jamais!
Ruggero
No caso da empresa aérea, até concordo contigo em partes. Há ainda muita discriminação em relação a piercing, alargadores, tatuagens e adereços considerados “fora do comum”. Isso principalmente em relação aos patrões. Mas nenhum desses casos deixa de ser discriminação.
Todavia, em hospitais, o uso de qualquer adereço deve ser proibido, pois pode causar problemas de saúde aos pacientes. E não se trata de ser adereço religioso: é qualquer adereço mesmo, desde uma simples aliança até um cordão de prata sem pigente.
“_Não sou favorável ao uso do crucifixo como adereço, nem em residências, nem em lugar nenhum!”
Mas muitos católicos são favoráveis. E é por isso que temos que respeitar a liberdade religiosa deles.
“_O verdadeiro cristão, não usa estas coisas e muito menos..., discute por causa delas!”
Você não tem autoridade para dizer quem é o “verdadeiro cristão”. Os católicos usam “essas coisas” e podem “discutir por causa delas”, e nem por isso deixam de ser cristãos – pois basta eles se autodeclarem.
Parabéns.
Gostei de seu comentário, principalmente quando você questiona:
«… agora eu pergunto onde esta liberdade.»
Essa vou aplaudir. Eu também acho que pessoas devem ser livres de poderem exibir as suas crenças e mostrar no que acreditam.
Até mesmo os homossexuais merecem respeito e possuem o direito de mostrar as suas preferências porque como você diz, e diz muito bem:
«… respeita (…) se quiser se respeitados.»
Assim é que é Paulo, liberdade para todos. Sejam cristãos, ateus, gays, lésbicas, evangélicos…
«_Nada mais são do que pessoas intrometidas e que não tem o que fazer!»
Porquê? Eu penso que este tipo de situações permite ás pessoas, perceberem a diferença entre liberdade e preconceito e compreenderem que existe também a liberdade de expressão.
Em todas as decisões anunciadas nesse texto apenas a da enfermeira me suscitou dúvidas mas, tendo em conta a convicção das autoridades no assunto ao alegando contaminação, aceitei.
«_Não sou favorável ao uso do crucifixo como adereço, nem em residências, nem em lugar nenhum!»
Porque não? Por preconceito ou convicção ideológica?
«_Por quê? _Ora..., porque são ídolos!!!»
«_E como diz a Palavra de Deus: "Vós Me louvais com os lábios mas, o vosso coração está longe de Mim"!»
O uso destes dois argumentos não só revela contradição como convicção religiosa.
A razão da opção tem mesmo a ver com “interpretação” da crença.
«_O verdadeiro cristão, não usa estas coisas e muito menos..., discute por causa delas!»
Porque não? Não será isso preconceito religioso? Ou será “policiar” o pensamento?
Quando a simbologia pesa na definição passa a existir preconceito.
«_A cruz vazia, mostra que Jesus não está mais lá e esta, até eu uso! Agora..., um crucifixo?
_Jamais!»
Oops…! Mórmon?
Porque razão o uso da “cruz vazia” é aceitável e o do “crucifixo”, não?
A interpretação de uma das seitas religiosas existentes, tem uma interpretação curiosa sobre o uso, ou não, de crucifixos (vazios ou não).
Fazendo analogia, se um filho (ou parente muito próximo) tivesse sido vítima de assassinato executado com uma faca, eles questionam se estaríamos dispostos a usar um adereço em forma de faca para nos lembrarmos constantemente da agonia do nosso ente querido.
Mas foi eu pegar o trem e ouvir comentários, "era só o que faltava, música de macumba aqui no trem".
Muitas pessoas reclamaram e a ferrovia tirou toda música.
Detalhe, é proibido qualquer pregação política e religiosa nos trens e estações, algo que o evangélico não respeita. Então, onde está o "respeite para ser respeitado"?
1ºEu escrevi que não sou favorável aos adereços que neste caso, são ídolos, ok! Cada qual usa e faz o que quiser de sua vida..., isto também é sabido(o fato de não ser favorável, não impede ninguém de fazer coisa alguma,certo?);
2ºNão entrei na questão específica dos hospitais..., sei perfeitamente dos riscos de contaminação;
3ºAquele que conhece pelo menos, o relato da vida de Moisés, tem sim, toda autoridade para dizer o que é um cristão de verdade; a menos que não saiba ou não tenha tido o menor interesse na questão do bezerro de ouro que o povo fez para si por conta da demora de Moisés em descer o Sinai! _O que foi aquilo? _Te digo: abominação aos Olhos de Deus! _E o que acontece hoje? _É diferente? _Em que? _Ah, claro! O bezerro era um animal...., que tinha olhos e não via, tinha boca e não emitia som algum e que precisava ser levado de um lugar para outro pois não se movia; ou seja: estava morto!
_Não importa a imagem usada: está morta do mesmo jeito! O Deus Único, está Vivo!
_Especialmente, a sua última fala, chama atenção! _Não tenho conhecimento da filosofia que cita acima mas..., me parece que seria uma forma totalmente desnecessária de tornar o estado da pessoa em sofrimento muito mais acentuado o que não procede dos ensinamentos cristão!
_Quanto ao mais, leia o que escrevi para o Anônimo que teve basicamente, a mesma questão que você!
_Até mais!
0 bezerro não fazia mal a ninguém já o seu deus compactou com a morte de 3 mil judeus, melhor o bezerro não é ?
Att..
Ateu pensante ,contra os crente ignorante.
_Você não quer sequer falar acerca do assunto sem deixar bem clara a sua inflexibilidade que, se traduz muito bem pelas suas "doces" palavras pois, expressam desprezo e deboche!
_Neste caso..., paciência!
_Não tenho mais nada a te dizer a não ser...: cuidado!
Às vezes não dá tempo para aceitar a verdade!
_Uma dica importante: pegue teu orgulho e lance-o fora o mais rápido possível!
_Talvez porque, naquela época ainda não existisse o cristianismo!
_A tua fala é lamentável e sem a menor reflexão.
Até passar para as ameaças...
Pqdrocha.
«Por acaso "naturalmente" eles não devem ser respeitados simplesmente por serem homossexuais?«
Se você estivesse atento teria percebido a mensagem do meu comentário.
Insistem na teoria de que todo o ser humano deve ser respeitado. Eu discordo, respeito apenas aqueles que, de acordo com a minha “filosofia de vida”, merecem.
«Além disso, homossexualidade não é preferência, não é escolha.»
Lamento desiludi-lo mas ninguém nasce homossexual. É mesmo opção.
«É uma característica, como ser negro ou ser alto ou baixo, por exemplo.»
Este tipo de argumento nem sequer está errado. Simplesmente não faz sentido.
----> Neste ponto concordo com você. No entanto, generalizar que todo um grupo social não é digno de respeito apenas por não viver de acordo nossa "filosofia de vida" é uma clara demonstração de burrice.
"Lamento desiludi-lo mas ninguém nasce homossexual. É mesmo opção."
---> Ninguém escolheria viver com uma condição sexual que lhe torna sujeito a ser discriminado nos mais variados aspectos. Afirmar que homossexualidade é uma opção não faz o menor sentido.
"Este tipo de argumento nem sequer está errado. Simplesmente não faz sentido."
---> O mesmo pode ser afirmado quanto a esta contra-argumentação.
«… generalizar que todo um grupo social não é digno de respeito apenas por não viver de acordo nossa "filosofia de vida" é uma clara demonstração de burrice.»
Eu não generalizei, aliás o comportamento humano é individual.
« Ninguém escolheria viver com uma condição sexual que lhe torna sujeito a ser discriminado nos mais variados aspectos.»
Os homossexuais escolheram, ou optaram (escolha o termo).
«Afirmar que homossexualidade é uma opção não faz o menor sentido.»
Lamento desiludi-lo uma vez mais, mas faz.
Sem pormenorizar, já ouviu falar nos cromossomas “x” e “y”?
Eu ainda não ouvi falar no “z”. E você?
«É uma característica, como ser negro ou ser alto ou baixo, por exemplo.»
Quanto á cor, já ouviu falar na “melanina”?
E quanto á altura, na hereditariedade genética?
«"Este tipo de argumento nem sequer está errado. Simplesmente não faz sentido."
---> O mesmo pode ser afirmado quanto a esta contra-argumentação.»
Se por raciocínio lógico chegou a essa conclusão, é um problema com o qual terá que se habituar a viver.
---> Não, não escolheram. Assim o são porque esta é a condição sexual deles. Tanto que tentativas de "cura gay" sempre fracassam. Por acaso heterossexuais optaram por serem heterossexuais?
"Lamento desiludi-lo uma vez mais, mas faz.
Sem pormenorizar, já ouviu falar nos cromossomas “x” e “y”?
Eu ainda não ouvi falar no “z”. E você?"
---> Gays não deixam de ser homens nem lésbicas deixam de ser mulheres, ou seja, não deveriam ter um cromossoma especial, como você deve deduzir. Apenas têm uma condição sexual diferente da heterossexual. Repito: afirmar que homossexualidade é uma opção não faz sentido. Portanto, não lamente, não houve desilusão nenhuma.
"Se por raciocínio lógico chegou a essa conclusão, é um problema com o qual terá que se habituar a viver."
---> Infelizmente não é a primeira vez que refuto contra-argumentações vazias, já estou habituado a elas.
«Tanto que tentativas de "cura gay" sempre fracassam. Por acaso heterossexuais optaram por serem heterossexuais?»
Cura de quê? Homossexualidade não é doença, é opção.
JM, optar pela homossexualidade é optar por um relacionamento íntimo com alguém do mesmo sexo. Isto acontece pelos mais variados factores (formação, físicos, educação, psicológicos) e não é doença. È apenas uma escolha como outra qualquer.
“Heterossexual” é condição natural. Todo o ser humano nasce com a condição de procriar e isso só é possível pela “via” heterossexual. (È óbvio, e sabido, que alguns não conseguem por disfunção genética).
Da mesma maneira que todo o ser humano nasce ateu e a crença se torna opção por imposição ou por vontade própria, todo ser humano nasce macho ou fêmea e a homossexualidade surge á posteriori.
«Apenas têm uma condição sexual diferente da heterossexual.»
Porque optaram por isso pelo facto de se sentirem realizados assim.
«Infelizmente não é a primeira vez que refuto contra-argumentações vazias, já estou habituado a elas.»
Vazias porquê? Por serem discordantes e divergentes?
É normal que quem assuma uma postura autista de defesa do indefensável ignore o que os outros dizem e isto acontece porque, infelizmente, as pessoas têm a ideia errada de que uma falsidade se torna verdadeira por acreditarmos fortemente nela.
A homossexualidade é, tal como a religião, uma escolha a que as pessoas têm direito se considerarem que esse é o caminho para a realização pessoal. Tal como a religião, a homossexualidade é algo intimo que deve respeitar para ser respeitado.
Os homossexuais, tal como os crentes, são pessoas tão ou mais capazes quanto os outros mas, o problema, na minha opinião, está na dificuldade em perceberem que o “racismo” é apenas a ideia de que um determinado grupo de pessoas é mais ou menos qualquer coisa…
JM, optar pela homossexualidade é optar por um relacionamento íntimo com alguém do mesmo sexo. Isto acontece pelos mais variados factores (formação, físicos, educação, psicológicos) e não é doença. È apenas uma escolha como outra qualquer."
---> Realmente, a homossexualidade não é doença. Não sei se percebeu, mas a expressão "cura gay" aparece entre aspas no meu comentário. A referência a essa “cura” foi apenas para ressaltar que se caso a homossexualidade fosse opção seria muito simples revertê-la: bastaria a pessoa querer ser heterossexual.
"'Heterossexual' é condição natural. Todo o ser humano nasce com a condição de procriar e isso só é possível pela 'via' heterossexual. (È óbvio, e sabido, que alguns não conseguem por disfunção genética)."
---> Ser macho ou fêmea, bem como a capacidade de procriação, é uma condição biológica e a relação sexual entre os seres humanos não é voltada unicamente para o ato de procriar. Homo ou heterossexualidade são orientações sexuais, ou seja, determinam o gênero pelo qual o indivíduo sente-se atraído física ou emocionalmente. Tanto uma quanto outra surgem em decorrência dos fatores que você mesmo citou anteriormente. Não é questão de opção consciente e racional, como é o caso da religião.
« …caso a homossexualidade fosse opção seria muito simples revertê-la: bastaria a pessoa querer ser heterossexual.»
É mais ou menos isso, e em vez de reverter, porque não há nada a reverter, basta querer, porque o homossexual é alguém que, por se sentir bem assim, optou por “relacionamentos” com pessoas do mesmo sexo.
Pela mesma razão que os heterossexuais se “convertem” á homossexualidade poderá certamente existir reciprocidade.
«… e a relação sexual entre os seres humanos não é voltada unicamente para o ato de procriar.»
Então é para quê? Pelo prazer? Esqueça o contraceptivo e depois verá.
Á semelhança de todos os outros animais, a nossa breve passagem por esta vida tem por objectivo a continuidade da espécie. O resto são meros pormenores.
«… determinam o género pelo qual o indivíduo sente-se atraído física ou emocionalmente.»
Isso é outra conversa. Isso é falar de emoções e sentimentos, os factores de influência que levam á opção.
Eu escrevi no comentário anterior que na minha opinião, está na dificuldade em perceberem que o “racismo” é apenas a ideia de que um determinado grupo de pessoas é mais ou menos qualquer coisa… mas acho que você não percebeu.
«Não é questão de opção consciente e racional, como é o caso da religião.»
Aqui você equivocou-se porque ninguém se relaciona com ninguém sem ser de forma consciente e racional e a crença por divindades nem sempre é uma opção consciente e, muito menos racional.
O medo, a ignorância e a impotência estão na génese da religião, pelo que, não é possível uma escolha consciente. E a opção por algo que não conseguimos explicar não tem nada de racional.
_Você faz uma afirmação que, de forma alguma, admite outro tipo de racicínio a não ser o seu! Isso não é bom!
_Por que fala de maneira tão áspera acerca da questão da não- racionalidade a partir da crença em..., como dizem..., divindades????
_Por que faz menções tão duras para elementos que, na sua ótica, estão presentes na religião? Esta é a sua concepção, o seu entendimento, o seu preconceito! Sim..., preconceito!
_Não sei o que você pode ter experienciado em um possível convívio com pessoas de diferentes linhas mas..., seja lá o que tenha sido, não te faz capaz de emitir opiniões generalizadas, como as que escreveu acima._A maior parte das falas que aparecem neste espaço, tem "cheiro" de competição!
_Vamos ver quem é mais forte/mais racional..., mais isso, mais aquilo!!! _Para quê? _Por quê?
_O que o outro fez ou deixou de fazer..., é problema dele!
---> Seguindo o raciocínio de algumas pessoas que imaginam viver em um mundo perfeito, deve ser a coisa mais simples do mundo escolher sua própria sexualidade, algo como: "Hoje acordei com vontade de ser heterossexual, mas daqui há um mês volto a ser homo novamente, é só querer". Experimente ser homossexual por um dia, quem sabe você não gosta? (apenas para constar, esta última afirmação é irônica).
"Então é para quê? Pelo prazer? Esqueça o contraceptivo e depois verá."
---> Novamente desatenção a um elemento textual, no caso ao vocábulo "unicamente" empregado na afirmação que gerou esta resposta. É óbvio que a consequência biológica de uma relaçao heterossexual pode ser a procriação. Mas os seres humanos não se relacionam intimamente com esta ÚNICA finalidade. As pessoas relacionam-se sexualmente tambem movidos pela afetividade, atração, prazer. Espero não haver necessidade de desenhos para explicar determinadas obviedades.
"Isso é outra conversa. Isso é falar de emoções e sentimentos, os factores de influência que levam á opção."
---> Não, não é outra conversa. É exatamente o ponto que venho comentando desde o início: emoções e sentimentos são os fatores principais que determinam a orientação sexual da pessoa, e como é sabido, emoções e sentimentos não são determinadas pela consciência ou racionalidade. Logo, mais uma justificativa para o fato de que a orientação sexual não é uma questão de escolha consciente.
"Aqui você equivocou-se porque ninguém se relaciona com ninguém sem ser de forma consciente e racional e a crença por divindades nem sempre é uma opção consciente e, muito menos racional."
---> Primeiro: não me referi à decisão de se relacionar com alguém, mas sim à "causa" que leva a tal decisão, no caso em questão, a homossexualidade, que não é algo opcional. Segundo: não me referi aos fenômenos psicológicos que despertam a religiosidade da pessoa e sim à sua decisão de seguir esta ou aquela religião. Religiosidade e religião são coisas distintas.
"O medo, a ignorância e a impotência estão na génese da religião, pelo que, não é possível uma escolha consciente. E a opção por algo que não conseguimos explicar não tem nada de racional."
---> Isso é óbvio e apenas reitera o que acabei de comentar. Os fatores que levam ao despertar da religiosidade não são racionais. A decisão de pertencer uma determinada religião, sim.
«_Você faz uma afirmação que, de forma alguma, admite outro tipo de raciocínio a não ser o seu! Isso não é bom!»
Como já referi estou sempre disponível a ser convencido desde que a argumentação seja válida, fiável e credível.
Na minha opinião as pessoas devem defender as suas ideias e convicções para não correrem o risco, por falta de defesa, de essas mesmas ideias se tornarem dogmas mortos.
A melhor maneira de sabermos se estamos certos ou não é expondo as nossas ideias ao debate público para que, através de outras opiniões, possamos concluir se existe a necessidade, ou não, de ajustarmos o nosso pensamento á realidade.
_ Por que fala de maneira tão áspera… (…) menções tão duras para elementos que, na sua óptica, estão presentes na religião?
O debate inter-religioso deve ser objectivo e frontal para que, sem folclore, se possam esclarecer os diferentes pontos de vista. O diálogo em “zig zag” não leva a lado nenhum e só revela desinteresse no esclarecimento de ideias e situações dúbias.
As minhas referências – “ásperas e duras” (seja) –, ao conteúdo religioso são os meus argumentos, apresentados com frontalidade e objectividade. Não se trata de preconceito mas sim de divergência, discordância, desmistificação…
Se uma ideologia, doutrina ou até mesmo alguém, exige submissão e interdita o pensamento e o espírito crítico e livre aos outros, deve ser denunciada e responsabilizada pelo potencial perigo que possa representar para a liberdade da humanidade. No caso da religião, que está alicerçada em preconceitos morais, promove-se a mentira e não se olham a meios, para se atingirem objectivos convenientes.
«_ A maior parte das falas que aparecem neste espaço, tem "cheiro" de competição!»
Apenas desabafos. Aposto que a maior parte destes “comentadores” desconhece que a “divindade” de Jesus foi decidida por voto em Niceia, num Concílio em que Constantino (imperador) escreveu a golpes de espada uma página da história da humanidade.
Desta vez não vou respeitar a ordem dos comentários, vou responder de forma aleatória porque, na minha opinião, será mais objectiva.
Penso que, pelo menos assim parece, você acabou de “subscrever” a ideia que tenho vindo a defender: “ninguém nasce homossexual, homossexualidade é apenas opção”. Segundo suas palavras, «… emoções e sentimentos são os factores principais que determinam a orientação sexual da pessoa, e como é sabido, emoções e sentimentos não são determinadas pela consciência ou racionalidade.»
É exactamente isso que venho dizendo desde o início deste diálogo, (ou será debate?).
Existem determinados factores e pormenores, conscientes ou não, racionais ou não, que influenciam a decisão da escolha, e não o facto de se nascer assim.
« …a orientação sexual não é uma questão de escolha consciente.»
A “orientação” surge como o resultado de toda uma sequência de factores e pormenores que, como ignição, interagem com emoções e sentimentos na definição de prioridades.
Quanto ás outras questões que você rebate e refuta, é claro que ninguém acorda “hetero” num dia para depois voltar a ser “homo” no outro. Existe também a convicção pela opção.
É óbvio que existindo um relacionamento entre duas pessoas que pretendam partilhar a companhia um do outro numa busca pelo bem-estar e qualidade de vida para ambos, exista também um compromisso de seriedade, fidelidade e respeito mútuo.
«É óbvio que a consequência biológica de uma relação heterossexual pode ser a procriação. Mas os seres humanos não se relacionam intimamente com esta ÚNICA finalidade»
Não é… pode, mas sim, definitivamente… é.
Como já referi …a nossa breve passagem por esta vida tem por objectivo a continuidade da espécie. Repare nos animais e em seguida retroceda, uns milhares de anos, e pense no humano durante a sua evolução.
_Mesmo diante de todo o cuidado que tem com a escolha das palavras, as entrelinhas para mim, estão bem clarificadas; fato este que também se torna evidente, através da leitura de seu perfil.
_Entendo que estamos em um movimento de troca de ideias! Ora, todo movimento exige dinamismo e..., é o que ocorre quando de nossas falas;
_A intenção de convencimento, não faz parte dos meus objetivos, até porque, imagino que esta ação não tenha respaldo na razão pois..., é algo passageiro portanto..., não acomodado!
_A figura sobrenatural de Deus, manifestada no Senhor Jesus, não está sujeita à autoridade de ser humano algum;
_Nesta efetiva troca de ideias, teremos a oportunidade de falar daquilo com o qual temos afinidade, por estar dentro de nosso contexto; em contrapartida, assumimos uma postura defensiva ao nos depararmos com falas que nos causam estranheza; não é por conta disso, que devemos pautá-las em ofensas..., pelo menos..., as gritantes; uma vez que as intrínsecas, por vezes se fazem presentes.
« …fato este que também se torna evidente, através da leitura de seu perfil.»
O texto que registei no meu perfil tem mais de dois mil anos, é um texto gnóstico escrito na altura em que estes (gnósticos) foram escorraçados e expulsos dos seus lugares de culto que foram ocupados pelos auto-proclamados defensores da fé que hoje dão pelo nome de Igreja Católica.
Escolhi este testemunho porque, dois mil anos após ter sido escrito, reflecte com uma exactidão espantosa, a reacção dos crentes nos dias de hoje.
«_A figura sobrenatural de Deus, manifestada no Senhor Jesus, não está sujeita à autoridade de ser humano algum;»
Como já tive oportunidade de referir, considero a religião como algo de raiz biológica que emana do interior do homem pela sua experiência ao longo de milhares de anos.
Tudo o resto, são meras suposições alicerçadas em narrativas tendenciosas da idade média, com a particularidade de ignorar a existência de um abismo entre a aparência e a realidade das coisas.
« …em contrapartida, assumimos uma postura defensiva ao nos depararmos com falas que nos causam estranheza;»
Eu descodifico a minha posição.
Pense numa moeda, uma simples moeda (dinheiro). Essa moeda tem duas faces; numa das faces temos a representação de uma qualquer simbologia, e na outra a representação da origem, valor e significado da mesma. São duas faces diferentes, com significados diferentes.
Por analogia olhemos para a religião como se fosse uma moeda também, com as mesmas duas faces; numa das faces temos a doutrina, e na outra a história. Eu prefiro a “face” que me permite distinguir entre o Jesus da história e o Cristo da fé.
---> Não "subscrevi" o que você defende. Emoções e sentimentos são os fatores principais que determinam a orientação sexual. Se há um aspecto opcional com relação à homossexualidade é apenas a decisão do indivíduo de se relacionar com esta ou aquela pessoa, assumir-se ou não com tal condição perante a sociedade. Mas, repetindo, aquilo que o torna homossexual não é de natureza consciente ou racional.
"(...) é claro que ninguém acorda 'hetero' num dia para depois voltar a ser ‘homo’ no outro. Existe também a convicção pela opção."
---> Não existe "convicção pela opção". O que ocorre é que simplesmente você tem uma determinada condição sexual e pronto, não há razões para “assegurar-se” nesta condição nem como “optar” por outra. Orientação sexual não é uma questão de querer e é isso que justifica o fato de ninguém acordar homo num dia e hétero no outro. O exemplo que você cita da fidelidade e respeito ao parceiro na busca pela qualidade de vida é algo bem mais complexo e não uma justificativa para o “manter-se com a sexualidade pela qual que se optou".
_Aparência e realidade das coisas..., sei! Bem, certamente, você leu acerca do que escrevi partindo da palavra: convencimento!
_Pois bem, trazendo para a esfera da fé, que segundo você, trata-se de mera suposição digna da idade média, vejamos:
_O convencimento não faz parte de meus objetivos..., isso eu já falei! Se eu te convenço, você aparentemente aceita(imaginemos assim) e, o faz por N razões; uma delas pode ser não decepcionar a outra pessoa: imagino que isso não seja inteligente/racional;
_Só se tem a dimensão do que é realidade a partir do momento que nos envolvemos com as situações, não concorda?
_Veja: alguém pode repetir mil vezes que você é bonito, por exemplo! Se a pessoa não se envolve com esta fala para acomodá-la em seu interior..., de nada vale! Aí quem tenta te convencer, perde tempo! Esse trabalho efetivo, não é função humana mas, de Deus!
_Até mais!
«…emoções e sentimentos não são determinadas pela consciência ou racionalidade.»
«…repetindo, aquilo que o torna homossexual não é de natureza consciente ou racional.»
«A “orientação” surge como o resultado de toda uma sequência de factores e pormenores que, como ignição, interagem com emoções e sentimentos na definição de prioridades.»
«Existem determinados factores e pormenores, conscientes ou não, racionais ou não, que influenciam a decisão da escolha, e não o facto de se nascer assim.»
Em primeiro lugar refiro duas premissas que compõe o seu pensamento. Depois, reproduzo dois argumentos que justificam a minha ideia… Por último, resta questionar se, uma vez aqui, não é altura de você rever o seu conceito de argumento circular e se vale a pena prosseguir.
Se você prestar atenção, e no seu intimo não pretender uma justificação a qualquer preço, vai perceber que o “sentimento de desejo” (orientação /opção) é a consequência da leitura da mente sobre a emoção (de desejo) provocada por determinados factores e pormenores.
«…simplesmente você tem uma determinada condição sexual e pronto, não há razões para “assegurar-se” nesta condição nem como “optar” por outra.»
Permita-me expor as coisas assim: você – de forma consciente, ou não –, devido a determinados pormenores ou factores, sente-se atraído por alguém do mesmo sexo porque no seu intimo sentiu uma emoção estranha de bem-estar que o leva a acreditar num sentimento mais profundo.
Este será o princípio de acção, isto não significa que você tenha nascido assim.
A responsabilidade de ter reagido desta forma foi, exclusivamente, de factores (ambiente, o momento…) e de pormenores (gestos, olhares, ideologias…) que, consciente ou inconscientemente, lhe provocaram um estado de emoção que a sua mente definiu como sentimento. Tudo á posteriori será “trabalho” cognitivo.
E depois, qual o problema? Porquê a necessidade de ter que justificar toda uma sequência de acontecimentos que o levou a uma situação que a sociedade sarcástica e hipocritamente reprova?
Ninguém, com a noção exacta dos limites das liberdades alheias, tem que justificar o que quer que seja só porque existem regras sociais limitadas por preconceitos morais que, na maior parte das vezes, estão adulterados por conveniências.
«…trazendo para a esfera da fé, que segundo você, trata-se de mera suposição digna da idade média,…»
O que eu considero como sendo da idade média é o “pensamento/ideologia” expresso e descrito na colectânea de textos designada por Bíblia.
«_Só se tem a dimensão do que é realidade a partir do momento que nos envolvemos com as situações, não concorda?»
Não, não concordo. Muitas vezes, senão mesmo a maioria, e de forma consciente, temos a percepção da realidade muito antes de nos associarmos a ela.
Durante a condução, mutas vezes, temos a percepção da realidade (do acidente) muito antes de nos envolvermos. Por isso adoptamos medidas preventivas.
«Esse trabalho efectivo, não é função humana mas, de Deus!»
Não sei se percebi muito bem esta sua última proposição mas penso que você está a considerar as emoções e sentimentos humanos como uma influência sobrenatural e não como uma função da mente. As nossas opções e convicções (também) são o resultado das nossas capacidades cognitivas e a ausência de uma explicação natural não exige, necessariamente, uma explicação sobrenatural.
Como referi, para mim, esta parte não está perceptível e se “passei ao lado”, peço desculpa.
Mas se estou certo, seria conveniente, para início de debate, considerar que a crença em Deus é apenas isso mesmo, uma crença.
_Veja: escrevi acerca de envolvimento e não de percepção; é bem verdade que as duas coisas caminham juntas mas..., não são a mesma coisa. Podemos perceber a aproximação de outra pessoa sem nos envolvermos com ela. Quando você usa a palavra "necessariamente", vejo que ela pode ser usada para várias situações porque são vertentes de algum fato, portanto..., a linha de raciocínio deve ser aberta para que eu também possa ver as coisas sob outro ângulo, ok?
_As linhas finais de seu comentário (Como referi,...), configuram uma visão sua, da qual eu não compartilho. Lamento mas..., você não percebeu bem esta minha última proposição!
_Até mais!
«Quando você usa a palavra "necessariamente", vejo que ela pode ser usada para várias situações porque são vertentes de algum fato…»
“Necessariamente” apenas reforça a ideia de rejeitar a necessidade em ultrapassar os limites do nosso conhecimento substituindo-o por conhecimento injustificado.
Repare, foram precisos mais de 40 anos para provar empiricamente a existência do bosão de Higgs e assim preencher o espaço em que alguns viram, necessariamente, uma oportunidade de afirmação ideológica. E isto acontece porque se continua erradamente a ensinar, a cada nova geração de crianças, que as proposições religiosas não carecem da justificação que exigimos a todas as outras.
«… a linha de raciocínio deve ser aberta para que eu também possa ver as coisas sob outro ângulo, ok?»
Um erro recorrente da argumentação religiosa é apontar falhas ou considerar insuficiente a explicação das teorias científicas e propor Deus como alternativa. Esse é o deus-das-lacunas, cujo poder diminui com o aumento do conhecimento humano.
_Hipóteses? Sim..., hipóteses!
_Veja: creio que devo esmiuçar minhas falas tendo em vista, a falha de comunicação. Posso comparar nossas falas até aqui, como a de duas pessoas falando diferentes idiomas.
_Ok! Que tal então, acrescentar a palavra "não" a "necessariamente". Consegue visualizar outra simbologia?
_A pergunta é? _Erro? _Que considerações faz acerca da palavra erro?
_Argumentação religiosa? _Em que momento falei acerca de religião A,B ou C?
_Essa sua última frase é, com certeza, a mais vazia dentre todas as que você já escreveu, nestas falas que temos trocado!
_Deus-de-lacunas? _Do que está falando? _À qual etapa de sua vida está se reportando? _Aquela que te aponta como superior e invencível? _Conhecimento humano..., que proveito tem? _Ah..., claro: você vai ficar nesta terra para semente, não é mesmo?
_Escute: Quando vivemos sob a ação constante dos paradigmas, vivemos amarrados por nós mesmos, não abrimos o leque e não somos capazes de enxergar nada em volta a não ser nossos próprios preconceitos!
_Existe uma fala bastante comum entre aqueles que não admitem sua condição humana e que querem colocar-se em um patamar que, absolutamente, não é deles nem com todo o seu "aumento de conhecimento humano"! Essa fala procura explicitar a ideia de Deus como um ser imaginário! _Muito bem! Albert Einstein, afirmou que a imaginação é mais importante que o conhecimento! E aí? _Talvez seja porque a imaginação está associada ao dinamismo enquanto o conhecimento, não!
_Não concorda? Mas é claro que não!
Então me responda:
_De que vale uma moeda de ouro no fundo do oceano onde ninguém alcança?
_Absolutamente nada!
Se não tiver atitude, que caminha de mãos dadas com a imaginação(onde quero chegar)..., ficarei parado e o que é pior: culpando a Deus pelas minhas debilidades.
---> Sim, concordo. Mas, entenda: isso não justifica que orientação sexual é opcional. Afinal, a pessoa não opta por ser influenciada por fatores e pormenores inconscientes, tampouco pelas emoções e sentimentos deles decorrentes.
“(...) isto não significa que você tenha nascido assim.”
---> De fato. À exceção dos hermafroditas, os seres humanos nascem com um sexo biológico definido: macho ou fêmea. Mas isso não significa que todos terão a orientação heterossexual. Logo, não cabe afirmar que tal condição é a única natural, pois orientação sexual não é sinônimo de sexo biológico.
“E depois, qual o problema? Porquê a necessidade de ter que justificar toda uma sequência de acontecimentos que o levou a uma situação que a sociedade sarcástica e hipocritamente reprova?”
---> O problema é que essa ideia de que a orientação sexual é opcional (diga-se apenas as orientações diferentes da heterossexual) é justificativa e respaldo para a discriminação, gerando a noção de que é possível deixar de ser homossexual (nos moldes do exemplo grosseiro de ser “hetero” num dia e “homo” no outro) ou mesmo a já descartada ideia de que homossexualidade é doença.
Na minha opinião, não há por que explicar geneticamente a existência dos homossexuais, pois o mesmo não é cobrado com relação aos heterossexuais. No entanto, cabe desmitificar essa ideia de que a pessoa, de maneira plenamente consciente, escolheu ser gay, escolheu ser discriminada, ter seu estilo de vida reprovado pela sociedade hipócrita.
Com todo respeito, não tornarei a responder-lhe com relação a este tema. Não vejo necessidade de tentar convencer alguém, que aparentemente demonstra não defender a discriminação por orientação sexual - embora considerando tal fenômeno uma simples questão de opção - a concordar com meu ponto de vista. Veja bem, o que gerou meus comentários foi seu comentário de que “até mesmo os homossexuais merecem respeito”, que, em meu ponto de vista, soou um tanto ofensivo. Vejo que, após esse breve diálogo, me enganei quanto a esta impressão inicial. No mais, fico por aqui, e agradeço a sua disposição em dialogar.
«_Veja: creio que devo esmiuçar minhas falas tendo em vista, a falha de comunicação. Posso comparar nossas falas até aqui, como a de duas pessoas falando diferentes idiomas.»
OK, traduza então… estarei disponível.
_A pergunta é? _Erro? _Que considerações faz acerca da palavra erro?
Erro = algo mal feito; algo a evitar; algo a corrigir.
Se ensinássemos, a cada nova geração de crianças, que deveríamos exigir ás proposições religiosas o mesmo que exigimos a todas as outras, as ideologias não seriam tão perigosas e ocas de conteúdo.
_ Essa sua última frase é, com certeza, a mais vazia dentre todas as que você já escreveu, nestas falas que temos trocado! Essa sua última frase é, com certeza, a mais vazia dentre todas as que você já escreveu, nestas falas que temos troca do!
Essa é a sua opinião.
Do meu ponto de vista, e você já sabe disso, a ideia de Deus que pretendem fazer passar, é apenas uma ideia abstracta que, depois de plantada, germinou na mente das pessoas. Correndo o risco de me repetir, volto a afirmar que a religião deve ser vista como algo intima, algo interior da própria pessoa.
«_Deus-de-lacunas? _Do que está falando? _À qual etapa de sua vida está se reportando?»
O problema da religião é que tenta impor uma ideia (poder de Deus) num espaço para o qual (ainda) não temos explicação. Depois, esse poder diminui quando o aumento do conhecimento preenche esse espaço. Ou seja, essa tal “existência” só é possível temporariamente.
È disto que estou falando.
«_Aquela que te aponta como superior e invencível? _Conhecimento humano..., que proveito tem? _Ah..., claro: você vai ficar nesta terra para semente, não é mesmo?»
Considero-me apenas um mero cidadão anónimo mesclado na multidão numa busca constante pelo conhecimento. Serei perpetuado eternamente pelas sementes que aqui deixarei.
«...não somos capazes de enxergar nada em volta a não ser nossos próprios preconceitos!»
A aceitação de uma crença que careça de provas factuais ou empíricas é uma admissão de ignorância ou embuste travestido de explicação.
«Essa fala procura explicitar a ideia de Deus como um ser imaginário! (…) Talvez seja porque a imaginação está associada ao dinamismo enquanto o conhecimento, não!»
As nossas convicções devem estar alicerçadas naquilo que conhecemos e compreendemos e não na fé ou crença cega. A imaginação é apenas a alavanca que nos impulsiona, e não o garante do que quer que seja e, se ficarmos pela imaginação, apenas obtemos uma mão vazia e a outra cheia de nada.
Pelo respeito que nutro por você, vou comentar apenas seu último parágrafo embora ache que, da mesma forma como o temos feito até aqui, poderíamos “limar” mais algumas arestas.
Respeitando a sua vontade disponibilizo-me para, se você assim o entender, trocarmos ideias por e-mail, (disponível no meu blog) sobre este ou qualquer outro assunto que o meu conhecimento permita.
A promoção da discriminação sexual é um mero espasmo de irracionalidade, revelada por gente, que faz da duplicidade intelectual uma forma de vida, independentemente de ser feita por preconceito religioso, ignorância ou deformação intelectual.
Acho que, dentro dos limites do meu conhecimento, os homossexuais não têm que justificar o que quer que seja, muito menos a sua sexualidade, porque como seres humanos que somos temos todos a legitimidade de encontrar a felicidade, independentemente de sermos vegetarianos, crentes, actores, ou meros cidadãos anónimos como eu… sem termos que justificar afinidades.
Disponha
_É lamentável perceber que você está tão preso a questões religiosas e que por conta disso, não consegue visualizar que não me refiro a religião alguma! Se estivesse disposto a tirar esta questão do caminho por certo, começaríamos a nos entender!
_Ao escrever que somos duas pessoas falando em diferentes idiomas..., é exatamente o que esperava que entendesse!
_Sim, a minha opinião..., é minha! A sua..., é sua! Penso que isso não deva ser algo que cause algum tipo de aceitação diante daquilo que não é compartilhado!
_Você deixa bastante clara a sua altivez, quando define a palavra "erro"! _Consegue perceber?
_Que pena! A imposição está na sua cabeça e não comigo!
_Ouça: Apenas somos capazes de conhecer algo ou alguém, se realmente estivermos imbuídos de um querer antes de mais nada! Pelas tuas palavras até aqui..., este não é o teu caso! _Então..., como pode falar em uma fé cega? Se não tem interesse...., isso é problema teu! Agora..., fazer afirmações baseadas em pessoas? Não é inteligente!
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