da revista francesa La Vie
“Deus provavelmente não existe. Então pare de se preocupar e aproveite a vida”. Em 2008, a campanha publicitária da Associação Humanista Ateia na Inglaterra teve grande impacto em toda a Europa.
O número de não crentes aumenta, assim como aqueles que duvidam da existência de Deus. Quantos são os ateus? Eles também podem ter valores absolutos e uma espiritualidade? O francês Philippe Portier (foto), diretor de estudos na Escola Prática de Altos Estudos e diretor do Grupo Sociedades, Religiões, Laicidades, falou sobre esses e outros assuntos sobre o ateísmo na entrevista que segue.
Podemos afirmar que o número de ateus está aumentando?
Sim. De modo geral, o número dos sem religião aumenta, tanto na França como em outros lugares da Europa. É uma certeza. Por sem religião entendo pessoas que se declaram sem afiliação. No interior desse grupo, a parte daqueles que se dizem sem Deus também está aumentando. No total, assistimos, portanto, a um distanciamento com a crença em Deus.
Quanto são eles?
Os números variam em função de questões específicas. Na França, 28% a 30% da população se diz sem Deus. Entre os jovens, entre 18 e 30 anos, a fração sobe para 35%.
E o número de agnósticos também está aumentando?
Sim, mas melhor que falar de agnosticismo, um termo que remete à filosofia do Iluminismo e a uma postura de dúvida do religioso, prefiro os termos possibilismo ou probabilismo. Para essas pessoas, probabilistas, Deus talvez exista. E esta zona cinzenta se desenvolve. É, talvez, a população mais importante. Eles são em torno de 35-40% da população.
E os crentes?
Haverá 25% a 30% que estão certos de que Deus existe. Mas para esses crentes, Deus não é sempre o mesmo. Não obedece necessariamente às regras da religião instituída.
Os ateus sempre têm o mesmo tipo de descrença?
Não. Entre aqueles que dizem “eu não creio em Deus” e aqueles que dizem não ter nenhuma crença espiritual, há uma brecha considerável. Ora, entre os europeus há muitas vezes um espiritualismo difuso, que não se identifica com o materialismo tradicional que está na origem do ateísmo. E nas pesquisas qualitativas feitas com ateus, encontramos muitas vezes a ideia de que o homem estaria dotado de um espírito. O que remete a uma possível ideia de um espírito que ultrapassaria os nossos próprios corpos.
Esse ponto, que é muito importante, permite distinguir dois grupos. Um primeiro, que se encontra do lado do materialismo e que é fortemente militante, por exemplo, na Livre Pensamento. Há também um ateísmo mais popular que desconfia das Igrejas, mas que não quer abraçar todos os pensamentos do ateísmo militante.
Os ateus também produzem crenças?
A questão é saber se o fato de se dizer ateu levará necessariamente a uma visão desprovida de qualquer significação religiosa. Na sociologia das religiões, há teses que se opõem. Segundo uma dessas teses, defendida por pesquisadores italianos, os ateus produzem significações religiosas. Mais precisamente, eles sacralizariam normas de existência que fazem duvidar da possibilidade de uma crítica. Assim, haveria uma religião civil e mesmo uma religião política para qualificar alguns valores que são promovidos pelos ateus fora de qualquer crença em Deus. Também podemos falar de um “monoteísmo de valores” a propósito das populações que erigem em valores sagrados o princípio da autonomia do sujeito, o que permite fundar sua própria existência.
Eles não são, portanto, relativistas o tempo todo?
Nota-se que entre os ateus alguns valores não são negociáveis. O que significa que não nos encontramos mais no relativismo absoluto. A título de exemplo, os direitos da consciência são absolutizados. Assim como os direitos da criança e da mulher. Esses valores não remetem a elementos sobrenaturais. Mas elas aparecem como valores sagrados não negociáveis para pessoas que recusam a crença em Deus.
É possível falar de uma religião laica?
A noção de “religião laica” remete a uma concepção muito particular da existência política. Nem todos os ateus a compartilham necessariamente. Mas tipicamente, os militantes de organizações como a União dos Ateus, a União Racionalista ou a Federação Nacional do Livre Pensamento defendem um modelo de religião laica. Trata-se de um Estado que fixa normas de existência com uma escola que é exclusivamente laica. Esta religião pode desenvolver uma moral laica, difundida pela escola. Ela engloba, portanto, a sociedade em seu conjunto. Nesse sistema de religião laica não se procura necessariamente suprimir autoritariamente o fenômeno religioso. Ao contrário, quer-se privatizá-la de maneira rigorosa: a religião é expulsa para a esfera privada.
Mas nem todos os ateus compartilham esta visão restritiva da religião?
Muitos ateus comuns não somente não compartilham esta visão, como a ignoram! Eles simplesmente se afastam das instituições religiosas que lhes parecem representar um Deus autoritário. Ou seja, esses ateus também podem desenvolver valores sagrados fundados na autonomia do sujeito: os direitos da criança, a possibilidade de as mulheres escolherem sua própria existência, etc., sem que haja nisso necessariamente uma referência a um modelo de tipo laico. Pois alguns ateus são favoráveis a uma ética republicana pura. Os outros aderem antes a uma ética liberal extrema, em oposição à republicana.
Para os ateus, o indivíduo constrói sua própria existência, de maneira autônoma?
Sim e é por esta razão que eles são favoráveis às reformas sociais. Eles defenderam a contracepção e o aborto nos anos 1960 e 1970, depois a procriação assistida nos anos 1980. Hoje, eles são favoráveis à eutanásia e ao casamento gay. A questão de fundo é que defendem o fato de que o indivíduo deve poder construir sua própria existência de maneira autônoma.
Entre os crentes, o princípio da organização da vida não é o mesmo. Eles encontram uma referência em normas superiores. Eles cultivam a ideia de uma transcendência e de uma moralidade que foge à liberdade do sujeito. O que acaba por fundar uma visão que desconfia da evolução não controlada.
Os católicos têm a fama de serem majoritariamente de direita. Os ateus são mais de esquerda?
Quanto mais longe se estiver do polo religioso, mais se é ateu, mais se vota na esquerda. Quanto mais afastado da crença em Deus, mais se é favorável à evolução das legislações sociais. Outra correlação: quanto mais jovem for, mais se é aberto a reformas sociais. Ao contrário, quanto mais perto se estiver do polo religioso, portanto crente e membro de uma religião institucionalizada, mais se vota na direita.
Mas, atenção! Eu insisto novamente no desenvolvimento de zonas cinzentas, marcadas pela incerteza, que está em sintonia com a ultramodernidade. Nossa sociedade não é mais tão dividida que em outros tempos entre ateus militantes e católicos da certeza.
No entanto, há uma clivagem muito clara entre crentes e ateus em relação a temas sociais. Sim, sempre há uma militância ateia em oposição a uma militância religiosa. E nesse momento, dois campos dão o tom nos debates públicos. Eu vou usar o termo “guerra de culturas”. Mais precisamente, de um lado nós temos a cultura da autonomia do sujeito. Do outro, uma cultura da normatividade. E entre essas duas culturas, há diferenças muito importantes sobre a maneira de conduzir uma sociedade.
Qual polo predomina?
Predomina mais o polo ateu. A tendência dominante é a do relativismo e do afastamento das populações das normas religiosas. Isso não é necessariamente uma hostilidade para com as Igrejas, mas considera-se cada vez mais que os indivíduos podem levar sua existência como bem lhes aprouver. Esta secularização dos comportamentos e a autonomização das consciências é hoje mais importante que o outro polo, que, entretanto, resiste bem. Tem-se também a impressão de que o governo está se afastando cada vez mais do polo religioso. Eu diria que o atual governo pende para o lado do polo da não crença e para o lado do princípio da autonomia, que é dominante.
Mas esse fato remete a processos de socialização diferentes. O primeiro, bem entendido, que os socialistas romperam, há muito tempo, qualquer relação com o polo religioso. E as classes médias bem formadas e bem representadas dos socialistas continuam a afastar esse governo do polo religioso e, portanto, de uma visão moral da lei.
O que muda com esse governo é que ele vai mais longe que em outros tempos na afirmação do princípio da autonomia. Eu recordo que as principais reformas sociais, até agora, foram votadas pela direita: a contracepção em 1967, o aborto em 1975, a bioética em 1994, a eutanásia em 2005. Agora o governo socialista propõe uma espécie de ruptura – a ponto de falar de “mudança de civilização” – em relação a questões como a filiação e a morte. É preciso levar em conta essas mudanças.
E as Igrejas? Elas reagem mais fortemente que antes?
Sim, é o outro elemento desta evolução. A Igreja católica intervém de maneira mais militante que no passado. Por quê? O corpo episcopal e os sacerdotes mudaram. Eles se tornaram mais identitários e estão mais apegados aos seus princípios morais. Eles sentem também que a sociedade, especialmente entre os probabilistas, não está segura da necessidade de desordenar a tal ponto as regras tradicionais da sociedade.
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Com tradução do Cepat para IHU Online.
Jesuíta de Toronto dá curso sobre como lidar com ateus
janeiro de 2013
Portier: para ateus, o indivíduo constrói sua própria existência |
O número de não crentes aumenta, assim como aqueles que duvidam da existência de Deus. Quantos são os ateus? Eles também podem ter valores absolutos e uma espiritualidade? O francês Philippe Portier (foto), diretor de estudos na Escola Prática de Altos Estudos e diretor do Grupo Sociedades, Religiões, Laicidades, falou sobre esses e outros assuntos sobre o ateísmo na entrevista que segue.
Podemos afirmar que o número de ateus está aumentando?
Sim. De modo geral, o número dos sem religião aumenta, tanto na França como em outros lugares da Europa. É uma certeza. Por sem religião entendo pessoas que se declaram sem afiliação. No interior desse grupo, a parte daqueles que se dizem sem Deus também está aumentando. No total, assistimos, portanto, a um distanciamento com a crença em Deus.
Quanto são eles?
Os números variam em função de questões específicas. Na França, 28% a 30% da população se diz sem Deus. Entre os jovens, entre 18 e 30 anos, a fração sobe para 35%.
E o número de agnósticos também está aumentando?
Sim, mas melhor que falar de agnosticismo, um termo que remete à filosofia do Iluminismo e a uma postura de dúvida do religioso, prefiro os termos possibilismo ou probabilismo. Para essas pessoas, probabilistas, Deus talvez exista. E esta zona cinzenta se desenvolve. É, talvez, a população mais importante. Eles são em torno de 35-40% da população.
E os crentes?
Haverá 25% a 30% que estão certos de que Deus existe. Mas para esses crentes, Deus não é sempre o mesmo. Não obedece necessariamente às regras da religião instituída.
Os ateus sempre têm o mesmo tipo de descrença?
Não. Entre aqueles que dizem “eu não creio em Deus” e aqueles que dizem não ter nenhuma crença espiritual, há uma brecha considerável. Ora, entre os europeus há muitas vezes um espiritualismo difuso, que não se identifica com o materialismo tradicional que está na origem do ateísmo. E nas pesquisas qualitativas feitas com ateus, encontramos muitas vezes a ideia de que o homem estaria dotado de um espírito. O que remete a uma possível ideia de um espírito que ultrapassaria os nossos próprios corpos.
Esse ponto, que é muito importante, permite distinguir dois grupos. Um primeiro, que se encontra do lado do materialismo e que é fortemente militante, por exemplo, na Livre Pensamento. Há também um ateísmo mais popular que desconfia das Igrejas, mas que não quer abraçar todos os pensamentos do ateísmo militante.
Os ateus também produzem crenças?
A questão é saber se o fato de se dizer ateu levará necessariamente a uma visão desprovida de qualquer significação religiosa. Na sociologia das religiões, há teses que se opõem. Segundo uma dessas teses, defendida por pesquisadores italianos, os ateus produzem significações religiosas. Mais precisamente, eles sacralizariam normas de existência que fazem duvidar da possibilidade de uma crítica. Assim, haveria uma religião civil e mesmo uma religião política para qualificar alguns valores que são promovidos pelos ateus fora de qualquer crença em Deus. Também podemos falar de um “monoteísmo de valores” a propósito das populações que erigem em valores sagrados o princípio da autonomia do sujeito, o que permite fundar sua própria existência.
Eles não são, portanto, relativistas o tempo todo?
Nota-se que entre os ateus alguns valores não são negociáveis. O que significa que não nos encontramos mais no relativismo absoluto. A título de exemplo, os direitos da consciência são absolutizados. Assim como os direitos da criança e da mulher. Esses valores não remetem a elementos sobrenaturais. Mas elas aparecem como valores sagrados não negociáveis para pessoas que recusam a crença em Deus.
É possível falar de uma religião laica?
A noção de “religião laica” remete a uma concepção muito particular da existência política. Nem todos os ateus a compartilham necessariamente. Mas tipicamente, os militantes de organizações como a União dos Ateus, a União Racionalista ou a Federação Nacional do Livre Pensamento defendem um modelo de religião laica. Trata-se de um Estado que fixa normas de existência com uma escola que é exclusivamente laica. Esta religião pode desenvolver uma moral laica, difundida pela escola. Ela engloba, portanto, a sociedade em seu conjunto. Nesse sistema de religião laica não se procura necessariamente suprimir autoritariamente o fenômeno religioso. Ao contrário, quer-se privatizá-la de maneira rigorosa: a religião é expulsa para a esfera privada.
Mas nem todos os ateus compartilham esta visão restritiva da religião?
Muitos ateus comuns não somente não compartilham esta visão, como a ignoram! Eles simplesmente se afastam das instituições religiosas que lhes parecem representar um Deus autoritário. Ou seja, esses ateus também podem desenvolver valores sagrados fundados na autonomia do sujeito: os direitos da criança, a possibilidade de as mulheres escolherem sua própria existência, etc., sem que haja nisso necessariamente uma referência a um modelo de tipo laico. Pois alguns ateus são favoráveis a uma ética republicana pura. Os outros aderem antes a uma ética liberal extrema, em oposição à republicana.
Para os ateus, o indivíduo constrói sua própria existência, de maneira autônoma?
Sim e é por esta razão que eles são favoráveis às reformas sociais. Eles defenderam a contracepção e o aborto nos anos 1960 e 1970, depois a procriação assistida nos anos 1980. Hoje, eles são favoráveis à eutanásia e ao casamento gay. A questão de fundo é que defendem o fato de que o indivíduo deve poder construir sua própria existência de maneira autônoma.
Entre os crentes, o princípio da organização da vida não é o mesmo. Eles encontram uma referência em normas superiores. Eles cultivam a ideia de uma transcendência e de uma moralidade que foge à liberdade do sujeito. O que acaba por fundar uma visão que desconfia da evolução não controlada.
Os católicos têm a fama de serem majoritariamente de direita. Os ateus são mais de esquerda?
Quanto mais longe se estiver do polo religioso, mais se é ateu, mais se vota na esquerda. Quanto mais afastado da crença em Deus, mais se é favorável à evolução das legislações sociais. Outra correlação: quanto mais jovem for, mais se é aberto a reformas sociais. Ao contrário, quanto mais perto se estiver do polo religioso, portanto crente e membro de uma religião institucionalizada, mais se vota na direita.
Mas, atenção! Eu insisto novamente no desenvolvimento de zonas cinzentas, marcadas pela incerteza, que está em sintonia com a ultramodernidade. Nossa sociedade não é mais tão dividida que em outros tempos entre ateus militantes e católicos da certeza.
No entanto, há uma clivagem muito clara entre crentes e ateus em relação a temas sociais. Sim, sempre há uma militância ateia em oposição a uma militância religiosa. E nesse momento, dois campos dão o tom nos debates públicos. Eu vou usar o termo “guerra de culturas”. Mais precisamente, de um lado nós temos a cultura da autonomia do sujeito. Do outro, uma cultura da normatividade. E entre essas duas culturas, há diferenças muito importantes sobre a maneira de conduzir uma sociedade.
Qual polo predomina?
Predomina mais o polo ateu. A tendência dominante é a do relativismo e do afastamento das populações das normas religiosas. Isso não é necessariamente uma hostilidade para com as Igrejas, mas considera-se cada vez mais que os indivíduos podem levar sua existência como bem lhes aprouver. Esta secularização dos comportamentos e a autonomização das consciências é hoje mais importante que o outro polo, que, entretanto, resiste bem. Tem-se também a impressão de que o governo está se afastando cada vez mais do polo religioso. Eu diria que o atual governo pende para o lado do polo da não crença e para o lado do princípio da autonomia, que é dominante.
Mas esse fato remete a processos de socialização diferentes. O primeiro, bem entendido, que os socialistas romperam, há muito tempo, qualquer relação com o polo religioso. E as classes médias bem formadas e bem representadas dos socialistas continuam a afastar esse governo do polo religioso e, portanto, de uma visão moral da lei.
O que muda com esse governo é que ele vai mais longe que em outros tempos na afirmação do princípio da autonomia. Eu recordo que as principais reformas sociais, até agora, foram votadas pela direita: a contracepção em 1967, o aborto em 1975, a bioética em 1994, a eutanásia em 2005. Agora o governo socialista propõe uma espécie de ruptura – a ponto de falar de “mudança de civilização” – em relação a questões como a filiação e a morte. É preciso levar em conta essas mudanças.
E as Igrejas? Elas reagem mais fortemente que antes?
Sim, é o outro elemento desta evolução. A Igreja católica intervém de maneira mais militante que no passado. Por quê? O corpo episcopal e os sacerdotes mudaram. Eles se tornaram mais identitários e estão mais apegados aos seus princípios morais. Eles sentem também que a sociedade, especialmente entre os probabilistas, não está segura da necessidade de desordenar a tal ponto as regras tradicionais da sociedade.
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Com tradução do Cepat para IHU Online.
Jesuíta de Toronto dá curso sobre como lidar com ateus
janeiro de 2013
Comentários
O mundo tem aproveitsdo a vida sem O Deus verdadeiro e tem se arrebentado. Isso acontece em menor escala no seio de nossas famílias diariamente. Desgraça e mais desgraças...Em suma "desista de conhecer a verdade e se arrebente no emaranhado de mentiras, viva de ilusão, somente ilusão, mais saiba, há qualquer momento ela se acaba.
"Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.
Tiago 4:14"
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
João 8:32 "
É assim que fiz na minha vida e está dando muito certo. Basta usar a cabeça e com o passar do tempo você descobre que Deus é uma variável que não faz diferença a não ser no nível subjetivo.
Mas no nivel subjetivo até mentiras funcionam.
Como não existem provas de sua existência e não faz diferença na prática(veja a tragédia de Santa Maria, crianças com câncer, aviões que caem, navios que afundam, e pesquise pra ver se adianta rezar, orar ou clamar por Deus), abandonei a crença nele e minha vida melhorou em muitos aspectos.
Lembre-se, é muito bom poder viver sem mentir, sem mentiras de qualquer tipo.
"DEUS PROVAVELMENTE NÃO EXISTE. ENTÃO PARE DE SE PREOCUPAR E APROVEITE A VIDA COM RESPONSABILIDADE".
Pense, use a razão!
Ou você acabará pensando igual ao Datena e achando(e falando por aí) que ateus são maus, que os crimes existem por causa deles, e por aí vai.
Junior
A hipocrisia é fantastica.
#Origens - Criação ou Evolução?
Um programa inédito sobre a origem da vida com o objetivo de elucidar as importantes questões que envolvem o criacionismo e o evolucionismo.
Vamos lá participar, é ao vivo as 20 h, por esse site aqui: http://aovivo.adventistas.org/
Assistam e "botem pra quebrar"!!!
"Chegara o dia que os crentes rirão de seu passado ridículo"
Você quis dizer ex-crentes!
Desde quando que delírios tóxicos de pastores de cabras do fim da era do bronze vão fazer alguma coisa?
Volta pro barro, tijolo de Anápolis!
Tira os antolhos (google it!) que a religião te colocou e abre os olhos, filhote de abraão.
Quando alguém faz uma declaração dessa deixa claro que ainda está em dúvida sobre o Universo. A pessoa nega a existência de 'Deus' em relação a visão da maioria das religiões, principalmente as abraâmicas; mas o uso do 'provavelmente' indica que ainda existe uma reverência a vida, a natureza, a ética.
Acredito também que as religiões que defendem um 'Deus' ditador, que dita regras rígidas e imutáveis de como se viver, que querem tomar o poder do Estado, são as que mais perdem adeptos devido ao fato de irem contra ao que a ciência ensina: evolução. Religiões com tais comportamentos são águas paradas: perdem oxigenação, criam bactérias e fungos, se transformam em águas paradas e tóxicas, bem como moradia de animais peçonhentos, mosquitos, e foco de doenças. A analogia é bem pertinente, uma vez que a ciência já desmascarou muitos dos dogmas e, ainda assim, algumas religiões demoram a reconhecer que estão enganadas. Um exemplo: Galileu Galilei disse que a Terra girava em torno do Sol, e não o contrário, e quase foi queimado na fogueira por isso. Não morreu queimado, mas passou a vida sendo vigiado e perdeu a liberdade. A ICAR só reconheceu seu erro anos atrás, dando o devido ‘perdão’ ao renomado cientista – séculos após as declarações sobre o heliocentrismo.
Uma religião verdadeira deve ser flexível, fluente, ligada à ciência, e evoluir de acordo com a evolução natural do ser humano, portanto, sem dogmas. Algumas formas de misticismo, principalmente aquelas embasadas e/ou respaldadas pela física quântica, são assim. Que adianta forçar os seres humanos a seguir essa ou aquela religião rígida, cheia de dogmas, se nenhum é capaz de cumprir tudo? De que adianta forçar os seres humanos a serem extremamente ‘bons’ se é da natureza humana sermos falhos? A bondade não tem nada que ver com religião, mas sim com a índole de cada um, que é influenciada pelo ambiente em que vivemos desde quando nascemos. Se nascermos num ambiente onde se pratica a tolerância, o amor, a empatia para com a diversidade, a ética; então temos grande probabilidade de sermos pacíficos, de sermos boas pessoas realmente. Dessa forma, aos que se afastam das religiões, mas ainda assim mantêm uma espiritualidade, seguir eticamente é a melhor maneira de continuar. Por isso é melhor a convivência com ateus éticos que com religiosos que dizem pregar o amor e fazem justamente o contrário. Aliás, a religião perfeita também tem que ter um’ princípio máximo’ não egoísta, ou seja, que não se aborreça se o ser humano acredite ou não nele, desde que siga eticamente. O resto é consequência da ética!
1) Qual é o Deus verdadeiro? Ganesh? Alá? Krishna? A maioria deles fala em coisas bem diferentes...
2)Família é a palavra preferida quando se deseja eliminar direitos invididuais, o que é família? meu conceito de família é muito mais amplo do que pai, mãe e uma escadinha de filhos, como os religiosos nazistas querem impor.
3) Conhecer a verdade significa, para estas nazistas, aceitar uma bobagem escrita por pastores que trepavam com suas cabras e se escondiam de trovões a alguns milhares de anos atrás
Nunca teríamos inventado a roda se não fossem pelos ateus
O Paulo Lopes deveria fazer uma pesquisa entre os ateus... Qual é a maior mentira dos crentes na sua opinião?
A maior na minha opinião é... " sem Deus você não será ninguém, será infeliz, sofrerá, etc".
Deus não fez diferença alguma na minha vida quando eu acreditava e não faz falta alguma agora.
Não falo de coisas materiais aqui, falo da vida.
Não faz diferença alguma, não fez falta alguma.
Deus serve pra que mesmo?
A educação de má qualidade (no sentido de formar pessoas com senso crítico e consciência) é requisito básico numa sociedade predominantemente religiosa. E numa sociedade religiosa, são os religiosos que estão no poder, diretamente ou indiretamente. Portanto, com religiosos no poder, controlando tudo, não tem como haver difusão de "educação de qualidade". É um ciclo vicioso!
O crescimento populacional desordenado cada vez maior é capaz de atropelar qualquer tipo de oposição à alienação religiosa, portanto, não podemos mais contar com o poder de conscientização e transformação do "tempo", infelizmente.
Religião é uma bola de neve, ou melhor, é como focos de incêndio em meio a um imenso cerrado. Ou cortamos esse mal pela raiz, ou seremos novamente atropelados...
sobre a moral ateísta, tenho minhas dúvidas. Ateus relativizam demais as coisas.
Eles colocaram o seguinte tema:
Os judeus serão salvos mesmo não aceitando Jesus como o messias ?
Os pastores afirmaram que eles não serão salvos e que não ha nada a fazer.
Bom eu coloquei que os judeus são criaturas que estão sujeitas as leis do universo como todos as demais.
Ai veio a afirmação que a verdade esta na bilbia, e quem não a segue esta condenado.
Bom como eu tenho amigos judeus, embora não fanaticos. Eu afirmei que eles seguem outro livro sagrado a Tora, e que nela tem as proprias regras que eles devem seguir. E que os evangelicos para serem salvos deveriam se converter ao judaismo.(só para provocar)
Ai veio a resposta não ha embasamento biblico para esta afirmação.
Mas é claro que não os judeus não dão a minima para estas afirmações e que consideram as outras religioes arrogantes e violentas, como se eles tambem não fossem.Ai perguntei de que salvação estavam falando. E não me responderam.
Conclusão, eles criaram um livro, cheio de regras, te ameaçam com a danação eterna, e depois dizem que estão espalhando amor e tolerancia.
"Número de mortos por suicídio chega a um milhão por ano no mundo" http://www.cartacapital.com.br/internacional/numero-de-mortos-por-suicidio-chega-a-um-milhao-por-ano-no-mundo/
(1) a negação do ‘transcendenteísmo’ e salvacionismo, isto á a crença na existência de uma entidade criadora, personalizada e exterior, ou, transcendente ao Universo;
(2) a afirmação de que deus é o próprio Universo, ou, mais especificamente, a unidade essencial de todas as coisas;
(3) o surgimento de um sentimento definido como ‘divino’ ao apreciar a beleza, a grandeza e o mistério da natureza universal;
(4) a intenção de louvar, exaltar e amar a vida e Natureza.
Percebe-se que o Universo é divino a partir da realização e vivência de um sentimento iluminador, numinoso, ao contemplar o Universo. Por sua vez, esse sentimento é fonte de um processo intuitivo, gerador de um conjunto de valores, abrindo espaços para uma relação mais humilde, extática, reverente e jubilosa para com a Natureza, assim como um impulso em busca da percepção mais clara e profunda da unicidade. Portanto, quando o panteísta considera que o Universo é divino, que a Terra é sagrada, ele o faz com o mesmo sentido de reverência, respeito e amor com que integrantes de outros movimentos religiosos dedicam às suas próprias divindades. A percepção panteísta abre para um misticismo genuíno onde desabrocham grandes valores metafísicos: um senso de unicidade, de paradoxalidade (a experiência anula a lógica, num sentimento de unidade onde o ‘eu’ existe e não existe, ao mesmo tempo) e transcendência onde o estado-de-ser experimenta um sentimento de infinitude. Mais infos em www.iup.org.br
Leia o artigo.
Ademais, ser racionalmente flexível ao julgar atitudes conforme as circunstâncias é uma qualidade e não um defeito, embora os valores religiosos ditem exatamente o oposto. A propósito, condenar o relativismo e defender a "moralidade sólida" é a característica mais intrínseca e fundamental que define um conservador.
A minha lógica é simples: Se um grupo utiliza a liberdade democrática para segregar, discriminar e cercear a liberdade de outros indivíduos, tal grupo é um inimigo da democracia e, como tal, não deve ter nenhum direito de gozar das liberdades democráticas, simples assim.
E pensar assim não me faz ter qualquer simpatia por ideais direitistas. No entanto, eu entendo que conservadores geralmente são covardes e adoram pegar uma causa justa pra tentar justificar, com muita demagogia, o seu pacote de atitudes retrógradas...
Tibum!
veja que até na matéria o rapaz diz que os ateus ainda se apegam a "sacralidades" gerais. Obviamente por compartilhar da mesma base que os crentes possuem. E é isso que está além da religião, faz parte do contexto humano. Nâo dando certo com religião, procurarão em outras coisas.
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