Filha de missionários da Assembleia de Deus, a autora Marlene Winell ajuda homens e mulheres a se livrarem do fundamentalismo
Um paciente relatou seus tormentos dessa fase de sua vida: “Eu acreditava que ia para o inferno por acreditar que estava fazendo algo de muito errado. Estava completamente fora de controle. Às vezes, eu acordava no meio da noite e começava a gritar, agitando os braços, tentando me livrar do que sentia. O medo e a ansiedade tomaram conta da minha vida.”
Winell afirmou que a recuperação de quem nasceu em uma família de fanáticos religiosos é mais difícil em relação àquele que adotou uma crença fundamentalista na vida adulta, porque não dispõe de parâmetro de comparação.
Ela disse que se livrar de uma religião é muito difícil em muitos casos porque isso significa pôr em risco um sistema de apoio composto por parentes e amigos, principalmente em relação às pessoas que nasceram em uma família de crentes fanáticos.
Uma paciente relatou o seu caso: “Eu perdi todos os meus amigos. Eu perdi meus laços estreitos com a família. Agora estou perdendo meu país. Eu perdi muito por causa desta religião maligna, e estou indignada e triste. . . Eu tentei duramente fazer novos amigos, mas falhei miseravelmente. Eu sou muito solitária.”
Outro paciente contou: “Minha vida estava fortemente arraigada e ancorada na religião, influenciando toda a minha visão do mundo. Meus primeiros passos fora do fundamentalismo foram assustadores, e eu tive pensamentos frequentes de suicídio. Agora isso está no passado, mas eu ainda não encontrei o meu lugar no universo”.
Winell disse que resolveu dar o nome de "Síndrome de Trauma Religioso" ao conjunto de sintomas e características da lavagem cerebral religiosa porque assim fica mais fácil estudar e diagnosticar as pessoas que sofrem desses males.
Ela argumentou que a nomenclatura "STR" fornece um nome e uma descrição para as pessoas afetadas pela religião, de modo que elas se sintam parte de um grupo e possam assim compartilhar suas experiências, reduzindo sua percepção de solidão e de culpa.
Por isso, Winell discorda de que a criação de termos como “recuperação de religião” e “Síndrome de Trauma Religiosa” sejam uma tentativa de ateus de patologizar as crenças religiosas. Até porque, disse, “a religião autoritária já é patológica”.
“Depois de 27 anos tentando viver uma vida perfeita, eu achei que tinha falhado... Eu tinha vergonha de mim durante todo o dia. Minha mente lutava contra ela mesma, sem alívio. Em sempre acreditei em tudo que me foi ensinado, mas ainda assim pensava que não tinha a aprovação de Deus. Eu pensava que ia morrer no Armagedom. Durante anos, eu me machucava literalmente, cortava e queimava meus braços, para me punir antes Deus o fizesse. Levei anos para me sentir curada.”
Esse relato é de um paciente de Marlene Winell, americana de San Francisco que se especializou em desenvolvimento humano e estudo da família. Ela é autora do Leaving the Fold: A Guide for Former Fundamentalists and Others Leaving their Religion — livro que, como diz seu título, é um guia sobre como se livrar das consequências de religião fundamentalista.
Winell cunhou o termo “Síndrome do Trauma Religioso”, STR (na sigla em português), para classificar os sintomas de pacientes que sofrem de transtornos mentais em decorrência da lavagem cerebral de religiões fundamentalistas.
Filha de missionários da Assembleia de Deus, Winel ajuda há mais de 20 anos homens e mulheres a se recuperarem das doenças psicológicas não só causadas por crenças religiosas, mas também aquelas que acabam sendo realçadas ou despertadas pelo fundamentalismo cristão.
Em entrevista à psicóloga Valerie Tarico, Winel disse que os sintomas do STR inclui, além da ansiedade, depressão, dificuldades cognitivas e degradação do relacionamento social. “Os ensinamentos e práticas religiosas, por vezes, causam danos graves na saúde mental.”
“No cristianismo fundamentalista, o indivíduo é considerado depravado e tem necessidade de salvação”, afirmou. “A mensagem central é ‘você é mau e merece morrer, porque o salário do pecado é a morte. [...] Já tive pacientes que, quando eram crianças, se sentiam perturbados diante da imagem sanguinolenta de Jesus pagando pelos pecados deles.”
Síndrome do Trauma Religioso se manifesta em pessoas de todas as idades, mas principalmente naquelas cuja personalidade esteja em formação, as crianças.
“As pessoas doutrinadas pelo cristianismo fundamentalista desde criança podem ser aterrorizadas por memórias de imagens do inferno e do apocalipse”, disse. “Algumas sobreviventes desse período, as quais eu prefiro chamar de ‘recuperadas’, têm flashbacks, ataques de pânicos, ou pesadelos na vida adulta, mesmo quando se libertaram das pregações teológicas.”
Winell cunhou o termo “Síndrome do Trauma Religioso”, STR (na sigla em português), para classificar os sintomas de pacientes que sofrem de transtornos mentais em decorrência da lavagem cerebral de religiões fundamentalistas.
Filha de missionários da Assembleia de Deus, Winel ajuda há mais de 20 anos homens e mulheres a se recuperarem das doenças psicológicas não só causadas por crenças religiosas, mas também aquelas que acabam sendo realçadas ou despertadas pelo fundamentalismo cristão.
Em entrevista à psicóloga Valerie Tarico, Winel disse que os sintomas do STR inclui, além da ansiedade, depressão, dificuldades cognitivas e degradação do relacionamento social. “Os ensinamentos e práticas religiosas, por vezes, causam danos graves na saúde mental.”
“No cristianismo fundamentalista, o indivíduo é considerado depravado e tem necessidade de salvação”, afirmou. “A mensagem central é ‘você é mau e merece morrer, porque o salário do pecado é a morte. [...] Já tive pacientes que, quando eram crianças, se sentiam perturbados diante da imagem sanguinolenta de Jesus pagando pelos pecados deles.”
Síndrome do Trauma Religioso se manifesta em pessoas de todas as idades, mas principalmente naquelas cuja personalidade esteja em formação, as crianças.
“As pessoas doutrinadas pelo cristianismo fundamentalista desde criança podem ser aterrorizadas por memórias de imagens do inferno e do apocalipse”, disse. “Algumas sobreviventes desse período, as quais eu prefiro chamar de ‘recuperadas’, têm flashbacks, ataques de pânicos, ou pesadelos na vida adulta, mesmo quando se libertaram das pregações teológicas.”
Um paciente relatou seus tormentos dessa fase de sua vida: “Eu acreditava que ia para o inferno por acreditar que estava fazendo algo de muito errado. Estava completamente fora de controle. Às vezes, eu acordava no meio da noite e começava a gritar, agitando os braços, tentando me livrar do que sentia. O medo e a ansiedade tomaram conta da minha vida.”
Winell afirmou que a recuperação de quem nasceu em uma família de fanáticos religiosos é mais difícil em relação àquele que adotou uma crença fundamentalista na vida adulta, porque não dispõe de parâmetro de comparação.
Ela disse que se livrar de uma religião é muito difícil em muitos casos porque isso significa pôr em risco um sistema de apoio composto por parentes e amigos, principalmente em relação às pessoas que nasceram em uma família de crentes fanáticos.
Uma paciente relatou o seu caso: “Eu perdi todos os meus amigos. Eu perdi meus laços estreitos com a família. Agora estou perdendo meu país. Eu perdi muito por causa desta religião maligna, e estou indignada e triste. . . Eu tentei duramente fazer novos amigos, mas falhei miseravelmente. Eu sou muito solitária.”
Outro paciente contou: “Minha vida estava fortemente arraigada e ancorada na religião, influenciando toda a minha visão do mundo. Meus primeiros passos fora do fundamentalismo foram assustadores, e eu tive pensamentos frequentes de suicídio. Agora isso está no passado, mas eu ainda não encontrei o meu lugar no universo”.
Winell disse que resolveu dar o nome de "Síndrome de Trauma Religioso" ao conjunto de sintomas e características da lavagem cerebral religiosa porque assim fica mais fácil estudar e diagnosticar as pessoas que sofrem desses males.
Ela argumentou que a nomenclatura "STR" fornece um nome e uma descrição para as pessoas afetadas pela religião, de modo que elas se sintam parte de um grupo e possam assim compartilhar suas experiências, reduzindo sua percepção de solidão e de culpa.
Por isso, Winell discorda de que a criação de termos como “recuperação de religião” e “Síndrome de Trauma Religiosa” sejam uma tentativa de ateus de patologizar as crenças religiosas. Até porque, disse, “a religião autoritária já é patológica”.
Comentários
Ruggero
Em cada um de nós há alguma dúvida sobre nosso futuro e nosso fim, mas as doutrinas religiosas vigentes alimentam essa dúvida, bem como aqueles medos, estabelecendo soluções virtuais, intangíveis, imaginárias. É como tentar se proteger da chuva ficando sob a sombra das nuvens ou tentar chegar ao Paraíso usando o arco-íris como portal. Essas construções mentais, dadas como espirituais por estarem ligadas a rituais de acesso a divindades, são a chave da longevidade dos sistemas de crenças religiosos.
O Crente só precisa do sacerdote enquanto tiver aqueles medos e dúvidas ampliados; do contrário, ele se afasta.
Um outro aspecto que pode levar a traumas é a cobrança, que os sistemas de crenças religiosos fazem a seus seguidores, de ter fé para alcançar bençãos. A Fé é uma condição pessoal, que não obedece às ordens do ego, e só pode - segundo dizem - ser medida pelas ações do Crente. Mas, mesmo com boas ações e cumprimento das obrigações religiosas, a Divindade pode considerar que a pessoa está sendo hipócrita ou não se satisfazer com suas ações. Divindades insaciáveis saqueiam as finanças, tomam tempo e esgotam a paciência. Em alguns, essas perdas podem levar à loucura. E a cura desse tipo de trauma deve, sim, se estudado; do contrário a religião será a causa de nossa extinção.
https://www.youtube.com/watch?v=cvKfsvwEaV4
- Fernando (Filho de Abraao, Luz da Biblia, Cristao, etc)
- Salamandra Gouvea
- Marcos Feliciano
- Marisa Lobo
- Silas Malafaia
- Julio Severo
- Magno Malta
- Edir Macedo
- Valdemiro Santiago
- R.R. Soares
- Sonia Hernandes
- Estevam Hernandes
Sao uma praga de que o Brasil precisa se livrar...!
A Doutrina cristã atenta contra a dignidade humana, reprime a sua sexualidade e o seu ceticismo, valorizando a estupides da fé disposta a matar o próprio filho porque escutou algumas vozes.
a religião é uma armadilha. Você entra facinho. Pra sair é um parto.
Só lunático!
Essas religiões foram fundadas faz séculos, e são estáticas porque estão codificadas em livros. Ou seja, o mundo evolui científica e tecnicamente, e tais religiões continuam com a mesma visão de mundo do tempo em que foram formadas. É como rodar um aplicativo moderno num computador dos começos da era da informática. Ou não funciona ou dá pau! O mesmo acontece com religiões, principalmente as abraâmicas: querem rodar um aplicativo (a religião a qual pertencem) formado há séculos atrás em sistemas modernos (o mundo e as mentes das pessoas).
Fundamentalistas são esquizofrênicos porque abrem mão de pensarem por si mesmos para imitarem a maneira de pensar de outra pessoa: cristãos procuram imitar Jesus; islâmicos, Maomé. Isto é: os 'fiéis' internalizam a maneira de pensar desses profetas ou profeta-deus no caso de Jesus e essas maneiras de pensar acabam se chocando com suas maneiras próprias de pensar. Daí vem os conflitos, as incompatibilidades, as nóias.
Como adolescente sofri muito na questão da sexualidade, porque nesta fase inicia a curiosidade e desejo de sexo, então não conseguia conter e me masturbava. Depois vem o sentimento de culpa terrível, achando se morrer vou para inferno. As vezes nem olhava pra as moças mesmo sentido atração, achando que era pecado, evitando ter sentimento de culpa. Há muita hipocrisia insanidade na questão sexual.
A religião impõe muitas coisas imaginarias na mente, deve fazer campanhas de orações, obriga orar, fala com seres do além, repreenderem os tais inimigos demônios, ouvi a voz de Deus em nossa mente.Tudo isso são fatores que deixa a mente perceptível e suscetível a surgimentos de problemas psicológicos, deixa a mente sobrecarregadas de coisas negativas.
Mas tarde foi o que aconteceu comigo, meu psicológico provocou desequilibro, uma bagunça infernal que, quase pensei que a solução seria o suicídio. Fiquei nessa atormentar por 3 anos depois a frequência desta perturbação mental foram diminuindo. Fiquei na religião por doze anos, durante este tempo só conflitos, sentimento de culpa, pode ou não pode, certo ou errado. Evite fanatismo, fundamentalismo, compulsividade, obsessão. Que minha experiencia serve de alerta.
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