Pular para o conteúdo principal

Conselho inclui Festa do Divino de Paraty no patrimônio cultural

da Agência Brasil

Igreja Nossa Senhora  dos Remédios de Paraty
Igreja Nossa Senhora
dos Remédios de Paraty
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou hoje (3) o registro da Festa do Divino Espírito Santo de Paraty, no Rio de Janeiro, como Patrimônio Cultural Brasileiro. A celebração é uma manifestação cultural e religiosa, de origem portuguesa. Em Paraty, é uma celebração que faz parte do cotidiano dos moradores.

Segundo a presidenta do Iphan, Jurema Machado, o registro de bens imateriais tem características diferentes do tombamento. “As manifestações culturais mudam ao longo do tempo e isso não significa que elas percam o valor. O registro não significa uma tentativa de mantê-las intactas, mas fazer com que elas continuem existindo”.

O reconhecimento deve, segundo a presidenta, dar maior visibilidade à celebração. Acrescentou que o Iphan será um parceiro na busca de apoio material para a realização da celebração.

A Festa do Divino é realizada todos os anos. Inicia-se no domingo de Páscoa. As manifestações e rituais ocorrem ao longo da semana que antecede o Domingo de Pentecostes, considerado o principal dia da festa.





Alunos evangélicos recusam trabalho de cultura africana
novembro de 2012

Religião no Estado laico

Comentários

Mesmo agnóstico e defensor incondicional do Estado laico, não vejo nada errado nisso. Uma festa dessas é mais cultural e tradicional que religiosa mesmo.
Anônimo disse…
palhaçada.
Anônimo disse…
Essa festa tem um teor folclórico tão grande ou quase maior que o religioso, com suas danças e bonecos. Desde que não invada repartições públicas, assim como o Paulo Cesar no outro comentário, eu, como ateu, não vejo nada de errado. A igreja da foto, aliás, é belíssima, e o entorno com lago e barcos deixam o cenário ainda mais bonito. É um evento centenário que se insere perfeitamente como cultural.

Ruggero
ahezir disse…
Paulo, eu entendo seu argumento. O problema está, porém, na fala do presidente do Iphan:

As manifestações culturais mudam ao longo do tempo e isso não significa que elas percam o valor. O registro não significa uma tentativa de mantê-las intactas, mas fazer com que elas continuem existindo”.

Não é função de um estado laico fazer que uma manifestação religiosa continue existindo, nem fazê-las sumir.
Anônimo disse…
Concordo plenamente. Dessa vez Paulo Lopes viajou na maionese.
Allan Santana disse…
Parabéns ao IPHAN pela defesa do patrimônio imaterial de nosso país. Bela iniciativa.
Anônimo disse…
Até o acarajé está incluído no patrimônio imaterial. E está incluído como oferenda aos deuses africanos. O que há de novo por aqui?
Anônimo disse…
acarajé não é uma comida ?
Anônimo disse…
Os evangélico pira.
Leandro Piazzi disse…
Desde que não seja financiada com dinheiro público, não tenho nada contra. Sou ateu, mas reconheço que boa parte de nossas manifestações culturais são originadas do cristianismo, então não tem como sermos exatamente contra tudo.

Já estive em Paraty e é uma cidade muito bonita, inclusive essa igreja da foto.
Anônimo disse…
acarajé não é uma comida ?

Sim, mas é uma comida que tradicionalmente é usada como oferenda a deuses africanos. A tradição persiste até hoje, e o IPHAN regulamentou isso como patrimônio imaterial brasileiro. Acarajé é produto de macumba¹, depois é vendido. Isso está disponível no site do IPHAN, não é segredo nenhum. Não sou advogado, mas tenho a impressão que esse registro do acarajé daria margem a qualquer um que vendesse acarajé sem ter feito todo o ritual de ser enquadrado por estelionato.

¹Perdoem-me o termo vago, é para fins pedagógicos.
Gustavo S disse…
Concordo com o registro de festas tradicionais e folclóricas como Patrimônio Cultural Brasileiro, sejam religiosas ou não.
Anônimo disse…
"Mesmo agnóstico e defensor incondicional do Estado laico"

Pelo visto, alguém aqui não conhece o significado do termo "incondicional". Em tempo, em matérias como esta é bastante comum aparecerem os ditos agnósticos (e mesmo alguns ateus) dizendo que "não viram" nada demais, nenhuma infração da laicidade estatal por parte dos religiosos. Já virou um comportamento clichê!
Anônimo disse…
O estado financiando "Festa do Divino" e você não vê infração da laicidade estatal...

Interessante esses julgamentos subjetivos em vez de objetivos. É o mesmo tipo de julgamento que os cristãos fazem quando não vêem nenhuma infração da laicidade nos totens de "Cidade X é do Senhor Jesus"...
Anônimo disse…
Ou o estado é laico, ou não é. Não existe meio-termo com base em interpretações subjetivas, senão vira bagunça, conforme já virou exatamente por causa dessas interpretações subjetivas (e seletivas conforme as conveniências de cada grupo).
Allan Santana disse…
Errado Antônio, a religião faz parte da história de nosso país, e esta questão não tem nada a ver com o estado laico. A cultura vai além da laicidade do estado e do tempo presente. E o papel do Iphan é preservar os patrimônios imateriais e materiais de nosso país.
Allan Santana disse…
O aracajé é um patrimônio imaterial, meu caro Anônimo de abril de 2013 00:07, porque no sabor e o cheiro ele desperta um lugar de memória. Existe um pequeno texto "Os lugares de memória" da Maria de Lourdes Parreira Horta, que é bem interessante para saber o que é um lugar de memória (material e imaterial).


Gerson B disse…
Tambem acho normal, se é uma festa popular importante e faz parte da cultura. Só não gostei do presidentA. E tambem desde que não leve $$ público.
Anônimo disse…
É, o acarajé desperta memórias sim... de longas horas no trono com um caganeira infernal.

Agora o acarajé tem poderes misticos?
Anônimo disse…
Se a tradição religiosa se torna cultura, e essa cultura [religiosa] fica, assim, imune à laicidade estatal...

Crucifixo em repartição pública é cultural.
Ensino religioso e orações em escolas públicas é cultural.
Estado financiando eventos da Igreja Católica é cultural.
Religiosos se intrometendo na política pública é cultural.

Enfim, neste self-service sobre a laicidade, fica muito difícil haver alguma infração à mesma.

Objetos religiosos são religiosos, independente se são tradicionais, culturais, majoritários ou não, ainda assim são religiosos. E o que diz a Constituição sobre o relacionamento do estado com objetos religiosos indistintamente?

Desisto!
Com os atuais brasileiros, o Brasil realmente acabou.


Allan Santana disse…
Vc está generalizando, eu citei manifestações culturais e monumentos religiosos (infelizemente temos a obrigação de preservar, faz parte da nossa identidade). Os exemplos que vc citou são anti contitucionais e ferem a laicidade do estado, mas manifestações religiosas (exemplo, a festa do divino de Paraty) ou monumentos (catedral metropilitana de São Paulo) necessitam da preservação do Estado, é fato.

E pare de olhar pra seu umbigo achando que o mundo deve girar de acordo com as suas vontades.."Ai detesto religião então tudo tem que vem dela deve ser destruido", aí que começa as ditaduras.
Anônimo disse…
Por que o povo reclama tanto da palavra presidenta?

Nunca leram um dicionário?

Presidenta, parenta, elefanta...
Anônimo disse…
Preservação pelo Estado = subvenção pelo Estado.

O que a CF diz sobre isso?
Anônimo disse…
Gerenta, atendenta, estudanta...

Presidento, parento, elefanto...


Eita!

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Seleção de vôlei sequestrou palco olímpico para expor crença cristã

Título original: Oração da vitória por Daniel Sottomaior (foto) para Folha de S.Paulo Um hipotético sujeito poderoso o suficiente para fraudar uma competição olímpica merece ser enaltecido publicamente? A se julgar pela ostensiva prece de agradecimento da seleção brasileira de vôlei pela medalha de ouro nas Olimpíadas, a resposta é um entusiástico sim! Sagrado é o direito de se crer em qualquer mitologia e dá-la como verdadeira. Professar uma religião em público também não é crime nenhum, embora costume ser desagradável para quem está em volta. Os problemas começam quando a prática religiosa se torna coercitiva, como é a tradição das religiões abraâmicas. Os membros da seleção de vôlei poderiam ter realizado seus rituais em local mais apropriado. É de se imaginar que uma entidade infinita e onibenevolente não se importaria em esperar 15 minutos até que o time saísse da quadra. Mas uma crescente parcela dos cristãos brasileiros não se contenta com a prática privada: para

Dawkins é criticado por ter 'esperança' de que Musk não seja tão estúpido como Trump

TJs perdem subsídios na Noruega por ostracismo a ex-fiéis. Duro golpe na intolerância religiosa

Veja os 10 trechos mais cruéis da Bíblia

Condenado por estupro, pastor Sardinha diz estar feliz na cadeia

Pastor foi condenado  a 21 anos de prisão “Estou vivendo o melhor momento de minha vida”, diz José Leonardo Sardinha (foto) no site da Igreja Assembleia de Deus Ministério Plenitude, seita evangélica da qual é o fundador. Em novembro de 2008 ele foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado por estupro e atentado violento ao pudor. Sua vítima foi uma adolescente que, com a família, frequentava os cultos da Plenitude. A jovem gostava de um dos filhos do pastor, mas o rapaz não queria saber dela. Sardinha então disse à adolescente que tinha tido um sonho divino: ela deveria ter relações sexuais com ele para conseguir o amor do filho, e a levou para o motel várias vezes. Mas a ‘profecia’ não se realizou. O Sardinha Jr. continuou não gostando da ingênua adolescente. No texto publicado no site, Sardinha se diz injustiçado pela justiça dos homens, mas em contrapartida, afirma, Deus lhe deu a oportunidade de levar a palavra Dele à prisão. Diz estar batizando muita gen

Proibido o livro do padre que liga a umbanda ao demônio

Padre Jonas Abib foi  acusado da prática de  intolerância religiosa O Ministério Público pediu e a Justiça da Bahia atendeu: o livro “Sim, Sim! Não, Não! Reflexões de Cura e Libertação”, do padre Jonas Abib (foto), terá de ser recolhido das livrarias por, nas palavras do promotor Almiro Sena, conter “afirmações inverídicas e preconceituosas à religião espírita e às religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, além de flagrante incitação à destruição e ao desrespeito aos seus objetos de culto”. O padre Abib é ligado à Renovação Carismática, uma das alas mais conservadoras da Igreja Católica. Ele é o fundador da comunidade Canção Nova, cuja editora publicou o livro “Sim, Sim!...”, que em 2007 vendeu cerca de 400 mil exemplares, ao preço de R$ 12,00 cada um, em média. Manuela Martinez, da Folha, reproduz um trecho do livro: "O demônio, dizem muitos, "não é nada criativo". (...) Ele, que no passado se escondia por trás dos ídolos, hoje se esconde no

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê

Psicóloga defende Feliciano e afirma que monstro é a Xuxa

Marisa Lobo fez referência ao filme de Xuxa com garoto de 12 anos A “psicóloga cristã” Marisa Lobo (foto) gravou um vídeo [ver abaixo] de 2 minutos para defender o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) da crítica da Xuxa segundo a qual ele é um “monstro” por propagar que a África é amaldiçoada e a Aids é uma “doença gay”. A apresentadora, em sua página no Facebook, pediu mobilização de seus fãs para que Feliciano seja destituído da presidência da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Câmara. Lobo disse que “monstro é quem faz filme pornô com criança de 12 anos”. Foi uma referência ao filme “Amor Estranho Amor”, lançado em 1982, no qual Xuxa faz o papel de uma prostituta. Há uma cena em que a personagem, nua, seduz um garoto, filho de outra mulher do bordel. A psicóloga evangélica disse ter ficado “a-pa-vo-ra-da” por ter visto nas redes sociais que Xuxa, uma personalidade, ter incitado ódio contra um pastor. Ela disse que as filhas (adolescentes) do pastor são fãs