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Em Bangladesch, muçulmanos pedem pena de morte a ateus


Cerca de 200 mil islâmicos fizeram no sábado (4) uma manifestação em Daca, capital de Bangladesh, pedindo a aprovação de uma lei da blasfêmia que condene à morte ateus e críticos do profeta Maomé.

O protesto foi convocado pelo grupo fundamentalista Hefatjat-e-Islam. Houve confrontos. Os ativistas jogaram pedras em policiais, que reagiram com gás lacrimogênio e disparo de balas de borracha.

Os manifestantes usaram explosivos caseiros para incendiar cerca de 30 veículos. Três pessoas morreram e pelo menos 45 ficaram feridas, de acordo com informações oficiais.

Os ativistas percorreram pelo menos seis grandes avenidas, fechando parte do comércio. Eles gritavam palavras de ordem como “Um ponto, uma exigência: ateus devem ser enforcados!” e “Deus é o maior!”.

Ativistas gritavam que 
'ateus devem ser enforcados' 

Os seguidores do Hefatjat-e-Islam têm estado exaltados por causa das postagens anônimas de ateus na internet.

Neste ano de 2013, até agora, é a segunda manifestação dos fundamentalistas reivindicando morte aos ateus. Em fevereiro, o blogueiro ateu Ahmed Rajib foi assassinado a facadas por supostos fundamentalistas.

Bangladesh é um país asiático com 154 milhões de habitantes — a maioria é muçulmana, mas o regime de governo é democracia parlamentar laica.

Autoridades governamentais têm rejeitado as pressões dos muçulmanos fanáticos para a aprovação de uma lei da blasfêmia com o argumento de que a legislação do país é liberal secular.

Fontes: agências internacionais.




Sete países têm lei de pena de morte a ateus


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