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Suíça vai 'expulsar' de seu hino as referências a Deus

Valores da Constituição, como a Democracia,
vão substituir Deus no hino nacional
O governo da Suíça realizará um concurso de janeiro a junho de 2014 para que os concorrentes componham um hino nacional laico, de modo a substituir atual, apelidado de “Salmo suíço” porque nele há referências a Deus. O concurso será aberto somente a cidadãos suíços e o vencedor receberá 10.000 euros, cerca de R$ 30.000,00.

O atual hino foi composto em 1841, em uma adaptação do hino religioso “Eu quero amar, Senhor”.

Segue o hino, de acordo com uma das traduções do Wikipédia

Quando loura aurora, a manhã nos doura
a alma minha Te adora, Rei do céu!
Quando o alpe já avermelha
a pedir então Te disponha:
em favor do pátrio solo,
cidadão, Deus o quer.
Cidadão, Deus sim, Deus o quer.

Se de estrelas é um júbilo a celeste esfera
Te retorno a noite, ó Senhor!
Na noite silenciosa
a alma minha em Ti repousa:
liberdade, concórdia, amor,
à Helvécia serva sempre.
À Helvécia serva sempre.

Se de nuvens um véu me esconde o Teu céu
pelo Teu raio anel, Deus de amor!
Fuga o Sol aqueles vapores
e me rendas os Teus favores:
de minha pátria, deh, piedade!
Bilha, Sol de verdade
Brilha, só Sol de verdade

Quando ruge e estrepita impetuoso o nimbo
me é refúgio Teu colo, ó Senhor!
Em Ti confio, Onipotente
deh, proteja nossa gente:
liberdade, concórdia, amor,
à Helvécia serva sempre.
À Helvécia serva sempre

Lukas Niederberger, da comissão do concurso, aconselhou os concorrentes a substituir, no hino, a referências da Deus pelos valores morais contidos na Constituição do país, com destaque para democracia e solidariedade.

Ele disse à BBC News que o novo hino terá de se encaixar em um contexto de sociedade religiosamente neutra. “Temos ateus, nem todos adoram a Deus, então essa música tornou-se uma dificuldade."

Do total da população, 38,6% são católicos e 28% da Igreja Reformada Suíça, que segue a linha evangélica. Os “sem religiões” (os quais incluem os ateus e agnósticos) correspondem a 20%.

Até agora, nenhuma liderança religiosa se opôs à mudança do hino.





Com informação da National Secular Society.

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