Escolas deveriam ter o ateísmo como parte do conhecimento |
Do ponto de vista educacional, a medida é necessária porque o ensino das crenças deve (ou deveria) exigir a sua contrapartida, a descrença.
Na Irlanda, contudo, a iniciativa chamou a atenção porque lá a Igreja Católica, sob a concessão do governo, administra e orienta 93% das 3.200 escolas do ensino fundamental, desde a fundação da república irlandesa, na década de 1920.
Michael Nugent, da organização Irlanda Ateia, disse que há uma grave distorção no ensino de crenças, porque a prioridade é a doutrinação, ou seja, incutir a fé cristã nos alunos, mais do que ensinar a história das religiões.
A Irlanda já foi um dos países mais católicos do mundo. Nos últimos anos, entretanto, no embalo dos escândalos dos padres pedófilos, houve uma fuja em massa de adeptos da Igreja Católica.
Uma pesquisa apurou que no período de 2005 e 2012 o percentual de irlandeses que se declaravam “religiosos” caiu de 69% para 47% da população, o que dá a significativa queda de 22%. Um a cada dez irlandeses se declara “ateu convicto”.
Com o drástico declínio do catolicismo (e de outras crenças), o controle do ensino fundamental pela Igreja Católica se tornou incômodo.
Ruairi Quinn, ministro da Educação, disse que vai passar o controle do ensino fundamental para os governos dos Estados, mas até agora ele não conseguiu cumprir a promessa.
Para os pais que querem que seus filhos tenham noções de ateísmo, a Irlanda Ateia elaborou um curso que pode ser acessado na internet ou baixado em aplicativo em smartphones.
Com informação do The Guardian e deste site.
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