Presidido por um evangélico militante, o Pros é mais um partido ligado à religião |
Ele anunciou que candidatos da legenda que se elegerem nas próximas eleições deverão reforçar a bancada evangélica. O novo partido apoia o governo da presidente petista Dilma Rousseff.
Como é de se esperar, há evangélicos, católicos e adeptos de outras religiões em todos os partidos. O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, João Campos, por exemplo, é do PSDB de Goiás.
Alguns partidos, contudo, chamam a atenção porque a maioria (ou uma parte significativa deles) de seus representantes na Câmara dos Deputados age e toma iniciativa como religiosos que seguem a Bíblia, e não como políticos que deveriam se orientar, antes de tudo, pela Constituição, que determina que o Estado brasileiro é laico.
Um desses partidos é o PSC (Partido Social Cristão), ao qual é filiado o polêmico deputado e pastor Marco Feliciano, que representa no momento o que há de mais retrógrado na política brasileira.
Outro partido com forte influência religiosa é o PRB (Partido Republicano Brasileira), que é tido como o braço político da Igreja Universal.
Um de seus filiados é Marcelo Crivella, pastor licenciado e sobrinho de Edir Macedo, chefe da Universal. Crivella é o atual ministro da Pesca, um ministério inexpressivo que, mesmo assim, tem se prestado a muita politicagem.
Em junho de 2012, a Justiça Eleitoral aprovou o PEN (Partido Ecológico Nacional), que está ligado à Assembleia de Deus, a denominação religiosa com a maior representação política na Câmara. Quando o partido foi lançado, a expectativa de Adilson Barroso, seu presidente, era de que a sigla atraísse deputados do PSC.
Até agora, pelo menos um nome famoso já manifestou intenção de se filiar ao Pros. É o ex-jogador e evangélico Marcelino Carioca. Ele pretende concorrer a deputado estadual por São Paulo nas próximas eleições.
A exemplo de pelo menos outro novo partido, o Solidariedade, o Pros está usando o Fundo Partidário para atrair lideranças estaduais que já tenham mandato na Câmara. Esses dois partidos vão receber por ano do fundo cerca de R$ 30 milhões.
De acordo com a Folha de S.Paulo, os dois partidos estão dispostos a fazer um generoso rateio desse dinheiro a deputados que assumirem a liderança partidária em Estados importantes. Cada voto desses deputados é uma moeda de troca com valor entre R$ 3 e R$ 3,80 Ou seja, quem tiver mais votos será agraciado com uma maior parcela do Fundo Partidário.
Cerca de 20 parlamentares estariam pretendendo se filiar ao Pros. A maioria deles é do “baixo clero” (inexpressivos), que espera agora, na nova legenda, obter alguma visibilidade.
Com informação das agências e deste site.
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