Caminhada atraiu cerca de 2. mil pessoas em Copacabana, no Rio |
Embora os evangélicos correspondam a cerca de 30% da população, a representação deles na 6ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, realizada ontem no Rio, foi inexpressiva, quase tanto quanto nos anos anteriores.
Cerca de 2.000 pessoas se reuniram na praia de Copacabana para chamar a atenção de que o direito de crença de todos os brasileiros tem de ser respeitado.
A caminhada tem sido promovida pela Comissão de Combate à Intolerância Religioso do Rio, cujo presidente é o babalaô Ivanir Santos. Ele disse que o desafio é “convencer os segmentos evangélicos de que temos de estarem todos juntos”.
Recentemente, a comissão denunciou ao Ministério Público que traficantes supostamente evangélicos expulsaram de favelas nos bairros de Vaz Lobo e Vicente de Carvalho, no Rio, fiéis de religiões de afrodescendentes.
Santos afirmou que as lideranças religiosas de todas as denominações precisam entender que a “religião não pode se impor ao Estado laico”.
”A gente tem que defender o Estado Democrático de Direito e levar em conta que, além de religiosos, somos todos cidadãos.”
Para o padre Fábio Luiz de Souza, que representou a Igreja Católica na caminhada, a intolerância só vai se acabar quando “nos conhecer mutuamente”, derrubando barreiras e preconceitos.
O budista Marcos Eduardo Purificação Correia disse que só faz sentido a existência de religiões se houver tolerância. "A importância dessa caminhada é demonstrar respeito acima de qualquer diferença”, disse.
“Se não conseguirmos superar essas diferenças, não há porquê termos religiões. Cada um tem que expor o que tem de melhor."
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