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Cultura vai preencher vazio da ‘morte de Deus’, diz Botton



Literatura, arte e
psicologia estão 
substituindo a religião
Com a “morte de Deus”, ou seja, com o declínio das religiões, principalmente neste momento em países europeus, a cultura passa a ter maior relevância, se fortalecendo como fonte de energia emocional.

Essa opinião é do filósofo e ateu Alain de Botton (na foto abaixo). Ele argumentou que as religiões eram “lugares”onde as pessoas iam para “aprender a lidar com questões como a mortalidade, problemas envolvendo amor, trabalho e dificuldades com a família”.

A partir de agora, segundo Botton, as pessoas vão suprir essa necessidade cada vez mais com a cultura.

“A religião não é mais a resposta”, disse ele em recente entrevista ao "Estadão" ao anunciar o lançamento em São Paulo uma filial The Shool of Life, escola onde se discute temas filosóficos.

Ressaltou que, quando diz cultura, está se referendo à literatura, filosofia, arte e psicologia. “É o ‘lugar’ onde o homem moderno deveria buscar respostas para lidar com suas dificuldades e seus medos. É isso que ensinamos na escola.”

Entre outros livros, Button é autor do polêmico livro “Religião para ateu”, onde defende, por exemplo, que os ateus precisam aprender com as religiões a unir as pessoas.

Alain de Botton
Botton disse que religião 
não é mais a resposta
Suíço radicado em Londres, ele deu uma entrevista à imprensa do Brasil quando aqui esteve para o lançamento do "Religião para ateu". Afirmou que aprecia a arquitetura das igrejas, a atmosfera de uma sinagoga e o congraçamento proporcionado pelo Natal. No começo de 2012, chegou a anunciar a construção do primeiro templo ateu do mundo, em Londres.

Na entrevista ao Estadão, Botton afirmou que ficou impressionado com a seriedade das pessoas. “A reputação do país é que os brasileiros são hedonistas. Mas, longe disso, os brasileiros compõem uma nação profundamente reflexiva, com indivíduos muitos intuitivos e intelectuais”.

Para Botton, o Brasil é um país de pensadores socráticos. “Se há momentos de exuberância e prazeres corporais, é só um alívio, creio, para uma vida inteira da alma brasileira.”

Com informação do Estadão.



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