Em regime de urgência, o prefeito em exercício de Manaus (AM), vereador Bosco Saraiva (PSDB), na foto, enviou ao final de 2013 à Câmara Municipal proposta para dispensar obras de novos templos religiosos da apresentação de licenciamento ambiental. Se aprovada, a medida valerá também para construtoras e pontos de venda de gás GLP.
De acordo com o projeto assinado por Saraiva, atividades de “reduzido potencial poluidor e degradador” serão dispensadas de ter o documento ambiental.
Decisão de Saraiva privilegia tempos religiosos |
Ainda não há previsão da data em que o projeto será levado ao plenário para votação.
O jornal Em Tempo acusou o governo de se render aos vereadores porta-vozes das igrejas, promovendo um atentado ao Estado laico brasileiro.
Em Tempo foi irônico: “Essas construções [das igrejas], pobrezinhas, coitadas, como quiseram promover, são ofensivas de ocupação de mais territórios, estimuladas pela política de metas (acumulação primitiva do capital) das grandes denominações: os fiéis são obrigados a provar que podem criar pirâmides egípcias em nome de Jesus”.
No Amazonas, as religiões tem influenciado a política e a administração pública cada vez mais.
Em dezembro, o CME (Conselho Estadual de Educação) divulgou resolução com normas para a admissão de professores de religião.
O sociólogo Marcelo Seráfico, professor da Universidade Federal do Amazonas, disse ser um absurdo o Estado propor uma disciplina de ensino religioso. “A escola deveria ser laica”, disse.
Para Em Tempo, as igrejas estão demonstrando que querem terceirizar a catequese. Observou que quem vai pagar os serviços de catequização é o contribuinte, que não “tem nenhuma obrigação de resolver os problemas dessas embaixadas dos deuses aqui na terra”.
Com informação de A Crítica, entre outras fontes.
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