Em 1988, o biólogo Richard Lenski começou a cultivar 12 colônias de bactérias E. Coli, cada uma delas em um frasco.
Desde lá, houve a reprodução de mais de 58.000 gerações das bactérias, ficando demonstrado que, mesmo em laboratório, elas nunca param de evoluir.
Lenski e seus colaboradores da Michigan State University (EUA) constataram que, nessas décadas, as bactérias melhoraram a eficiência de sua reprodução, diminuindo o tempo entre uma geração e outra.
O experimento confirma os modelos de evolução de alguns organismos simulados em computados segundo os quais algumas espécies podem sofrer alterações mesmo na ausência de pressões seletivas.
Lenski disse ter pensado que as bactérias tinham atingido o seu limite máximo de mutação na geração 10.000. Mas depois verificou que a eficiência de reprodução das E.Coli continuava melhorando.
As mutações têm favorecido as bactérias mais “aptas” para a reprodução, em detrimento das que se replicam mais lentamente.
A linhagem original de E. Coli levou cerca de uma hora para dobrar sua população. A cepa mais recente pode fazê-lo em cerca de 40 minutos. Para fazer a comparação entre gerações, Lenski a cada 75 dias separa algumas bactérias dos frascos, congelando-as.
Lenski estima que em um milhão de anos o tempo de duplicação das bactérias será de cerca de 20 minutos. Disse que o ritmo de reprodução tende a cair, mas nunca vai estacionar.
A E. Coli é inofensiva, exceto algumas mutações que podem causar problemas sérios ao homem.
Em seu livro “O Maior Espetáculo da Terra”, o biólogo evolucionista Richard Dawkins aborda o experimento do seu colega Lenski.
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