Pular para o conteúdo principal

Quem crê em Deus vingativo é propenso a sofrer de paranoia, conclui estudo

Pesquisadores dividiram os crentes em três grupos: de um deus violento, de uma divindade benevolente e um criador neutro (a natureza) 


Um para quem acredita em um deus vingativo, outro para um deus benevolente e mais um para aquelas que creem em criador da natureza, mas não estão ligadas a nenhuma crença religiosa — as deístas.

As pessoas que acreditam em Deus raivoso e vingativo são mais propensas a sofrer paranoia, ansiedade social e ter pensamentos obsessivos e compulsões.

Pesquisadores publicaram no Journal of Religion & Health que chegaram a essa conclusão após analisar uma pesquisa de 2010 sobre religião da qual participaram 1.426 norte-americanos.

Nava R. Silton, uma dos pesquisadores, disse que as pessoas entrevistadas que indicaram crer em uma divindade foram classificadas em três grupos. Um para quem acredita em um deus vingativo, outro para um deus benevolente e mais um para aquelas que creem em criador da natureza, mas não estão ligadas a nenhuma crença religiosa — as deístas.


Quem tem devoção
por um deus violento
pode ter abalo emocional

Os pesquisadores constataram que no grupo dos seguidores de um deus raivoso havia mais ocorrência de transtorno mental em relação os fiéis de um deus benevolente e aos deístas.

Na avaliação de Nava, a crença na existência de um deus punitivo pode, de fato, abalar emocionalmente os fiéis porque eles se sentem ameaçados de serem castigados pelos seus pecados.

Em relação a um deus benevolente, a sensação dos devotos é de que estão protegidos. Quando aos deístas, a percepção que têm do seu deus é de indiferença.

Robert Koenig, professor de psiquiatria da Universidade de Duke, questionou a pesquisa. Para ele, existe a possibilidade de os paranoicos tenderem para a crença do deus punitivo, e não este ter causado o transtorno.

“Minha suspeita é de que as pessoas com problemas emocionais vão ver o seu mundo filtrado por uma luz negativa e podem ter necessidade de culpar alguém por isso — e Deus muitas vezes é o alvo."

Comentários

CBTF disse…
Faz sentido essa pesquisa, as igrejas brasileiras por exemplo, possuem muitas pessoas com problemas emocionais (ansiedade, paranoia, fobias, depressão) pedindo cura, milagres e coisas do tipo, por isso possuem também uma crença em um Deus punitivo e fazem um discurso totalmente bolsonarista de condenação a todas as minorias, diferente das igrejas evangélicas da Europa por exemplo, onde as pessoas costumam frequentar pra agradecimentos ou apenas pra confraternização social e consequentemente são mais liberais que as daqui, não só não fazem discursos de ódio contra minorias igual as igrejas daqui, como até fazem casamentos gays e também não ofendem nenhuma das minorias religiosas igual as igrejas daqui fazem sempre.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Dawkins é criticado por ter 'esperança' de que Musk não seja tão estúpido como Trump

Tibetanos continuam se matando. E Dalai Lama não os detém

O Prêmio Nobel da Paz é "neutro" em relação às autoimolações Stephen Prothero, especialista em religião da Universidade de Boston (EUA), escreveu um artigo manifestando estranhamento com o fato de o Dalai Lama (foto) se manter neutro em relação às autoimolações de tibetanos em protesto pela ocupação chinesa do Tibete. Desde 16 de março de 2011, mais de 40 tibetanos se sacrificaram dessa dessa forma, e o Prêmio Nobel da Paz Dalai Lama nada fez para deter essa epidemia de autoimolações. A neutralidade, nesse caso, não é uma forma de conivência, uma aquiescência descompromissada? Covardia, até? A própria opinião internacional parece não se comover mais com esse festival de suicídios, esse desprezo incandescente pela vida. Nem sempre foi assim, lembrou Prothero. Em 1963, o mundo se comoveu com a foto do jornalista americano Malcolm Wilde Browne que mostra o monge vietnamita Thich Quang Duc colocando fogo em seu corpo em protesto contra a perseguição aos budistas pelo

Condenado por estupro, pastor Sardinha diz estar feliz na cadeia

Pastor foi condenado  a 21 anos de prisão “Estou vivendo o melhor momento de minha vida”, diz José Leonardo Sardinha (foto) no site da Igreja Assembleia de Deus Ministério Plenitude, seita evangélica da qual é o fundador. Em novembro de 2008 ele foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado por estupro e atentado violento ao pudor. Sua vítima foi uma adolescente que, com a família, frequentava os cultos da Plenitude. A jovem gostava de um dos filhos do pastor, mas o rapaz não queria saber dela. Sardinha então disse à adolescente que tinha tido um sonho divino: ela deveria ter relações sexuais com ele para conseguir o amor do filho, e a levou para o motel várias vezes. Mas a ‘profecia’ não se realizou. O Sardinha Jr. continuou não gostando da ingênua adolescente. No texto publicado no site, Sardinha se diz injustiçado pela justiça dos homens, mas em contrapartida, afirma, Deus lhe deu a oportunidade de levar a palavra Dele à prisão. Diz estar batizando muita gen

Proibido o livro do padre que liga a umbanda ao demônio

Padre Jonas Abib foi  acusado da prática de  intolerância religiosa O Ministério Público pediu e a Justiça da Bahia atendeu: o livro “Sim, Sim! Não, Não! Reflexões de Cura e Libertação”, do padre Jonas Abib (foto), terá de ser recolhido das livrarias por, nas palavras do promotor Almiro Sena, conter “afirmações inverídicas e preconceituosas à religião espírita e às religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, além de flagrante incitação à destruição e ao desrespeito aos seus objetos de culto”. O padre Abib é ligado à Renovação Carismática, uma das alas mais conservadoras da Igreja Católica. Ele é o fundador da comunidade Canção Nova, cuja editora publicou o livro “Sim, Sim!...”, que em 2007 vendeu cerca de 400 mil exemplares, ao preço de R$ 12,00 cada um, em média. Manuela Martinez, da Folha, reproduz um trecho do livro: "O demônio, dizem muitos, "não é nada criativo". (...) Ele, que no passado se escondia por trás dos ídolos, hoje se esconde no

Veja os 10 trechos mais cruéis da Bíblia

TJs perdem subsídios na Noruega por ostracismo a ex-fiéis. Duro golpe na intolerância religiosa

Profecias de fim do mundo

O Juízo Final, no afresco de Michangelo na Capela Sistina 2033 Quem previu -- Religiosos de várias épocas registraram que o Juízo Final ocorrerá 2033, quando a morte de cristo completará 2000. 2012 Quem previu – Religiosos e teóricos do apocalipse, estes com base no calendário maia, garantem que o dia do Juízo Final ocorrerá em dezembro, no dia 21. 2011 Quem previu – O pastor americano Harold Camping disse que, com base em seus cálculos, Cristo voltaria no dia 21 de maio, quando os puros seriam arrebatados e os maus iriam para o inferno. Alguns desastres naturais, como o terremoto seguido de tsunami no Japão, serviram para reforçar a profecia. O que ocorreu - O fundador do grupo evangélico da Family Radio disse estar "perplexo" com o fato de a sua profecia ter falhado. Ele virou motivo de piada em todo o mundo. Camping admitiu ter errado no cálculo e remarcou da data do fim do mundo, que será 21 de outubro de 2011. 1999 Quem previu – Diversas profecias

Santuário Nossa Senhora Aparecida fatura R$ 100 milhões por ano

Basílica atrai 10 milhões de fiéis anualmente O Santuário de Nossa Senhora de Aparecida é uma empresa da Igreja Católica – tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) – que fatura R$ 100 milhões por ano. Tudo começou em 1717, quando três pescadores acharam uma imagem de Nossa Senhora no rio Paraíba do Sul, formando-se no local uma vila que se tornou na cidade de Aparecida, a 168 km de São Paulo. Em 1984, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu à nova basílica de Aparecida o status de santuário, que hoje é uma empresa em franca expansão, beneficiando-se do embalo da economia e do fortalecimento do poder aquisitivo da população dos extratos B e C. O produto dessa empresa é o “acolhimento”, disse o padre Darci José Nicioli, reitor do santuário, ao repórter Carlos Prieto, do jornal Valor Econômico. Para acolher cerca de 10 milhões de fiéis por ano, a empresa está investindo R$ 60 milhões na construção da Cidade do Romeiro, que será constituída por trê