Deputada disse que sua intenção não é censurar a jornalista |
A deputada Jandira Feghali (foto) enviou à Secom (Secretaria de Estado de Comunicação Social) pedido para que suspenda a veiculação de anúncios do governo no SBT porque a emissora promoveu incitamento à violência. Somente em 2012, a rede de televisão do Silvio Santos recebeu R$ 153 milhões do governo federal, 13,64% do total destinado às emissoras.
No começo de fevereiro, no SBT Brasil — o principal jornal da emissora —, a âncora Raquel Sheherazade manifestou apoio a um grupo de pessoas encapuzadas que tinha tirado a roupa de um adolescente negro para o espancar e prender a um poste, no Rio. O rapaz tinha passagem pela polícia. A jornalista afirmou que, dada a negligência do governo em cuidar da segurança pública, “a atitude dos vingadores é até compreensível”. [ver vídeo abaixo]
O pedido de Feghali de corte da verba publicitária oficial do SBT tem sido criticado nas redes sociais com o argumento de que se trata de uma tentativa de censura da opinião de uma jornalista.
A deputada afirmou que não quer cassar a liberdade de opinião de Sheherazade, mas apenas impedir que uma emissora de TV se financie com dinheiro do governo para incentivar a justiça com as próprias mãos.
Na época em que demonstrou sua simpatia pelos “justiceiros” do Rio, Sheharazede disse, alguns dias depois, que foi intencionalmente má compreendida porque não apoia chacina. E a emissora deixou claro que a opinião dela não é a do SBT.
Em entrevista ao Congresso em Foco, a deputada disse estar havendo uma “ação orquestrada” contra os direitos humanos é que o SBT tem de sofre a punição do corte da verba publicitária para que outras emissoras não sigam o exemplo.
Acrescentou que quem está em questão não é a Sheherazade, mas o SBT, porque “uma empresa que explora uma concessão pública não pode continuar recebendo verba publicitária [do governo] após ter cometido um crime”.
A deputada quer que o corte de verba publicitária dure pelo tempo em que houver uma investigação no SBT pela Procuradoria-Geral da República, para a qual ela enviou requerimento de abertura de inquérito.
O SBT e Sheharazade não se manifestaram sobre o propósito de Feghali de bloquear a verba publicitária.
A jornalista foi “descoberta” por Silvio Santos quando ela, em uma emissora afiliada do SBT, criticou o Carnaval. Ela costuma dizer que é paga para dar sua opinião.
Em uma entrevista para a revista Viva, de Alphaville, região de classe média alta na Grande São Paulo onde ela mora com marido e filhos, Sheherazade revelou ser fã do filósofo Olavo de Carvalho. “Sou uma olivete de carteirinha.”
Disse estar lendo a coletânea de artigos Carvalho publicada em livro sobre o título de “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”(Editora Record).
No começo de fevereiro, no SBT Brasil — o principal jornal da emissora —, a âncora Raquel Sheherazade manifestou apoio a um grupo de pessoas encapuzadas que tinha tirado a roupa de um adolescente negro para o espancar e prender a um poste, no Rio. O rapaz tinha passagem pela polícia. A jornalista afirmou que, dada a negligência do governo em cuidar da segurança pública, “a atitude dos vingadores é até compreensível”. [ver vídeo abaixo]
O pedido de Feghali de corte da verba publicitária oficial do SBT tem sido criticado nas redes sociais com o argumento de que se trata de uma tentativa de censura da opinião de uma jornalista.
A deputada afirmou que não quer cassar a liberdade de opinião de Sheherazade, mas apenas impedir que uma emissora de TV se financie com dinheiro do governo para incentivar a justiça com as próprias mãos.
Na época em que demonstrou sua simpatia pelos “justiceiros” do Rio, Sheharazede disse, alguns dias depois, que foi intencionalmente má compreendida porque não apoia chacina. E a emissora deixou claro que a opinião dela não é a do SBT.
Em entrevista ao Congresso em Foco, a deputada disse estar havendo uma “ação orquestrada” contra os direitos humanos é que o SBT tem de sofre a punição do corte da verba publicitária para que outras emissoras não sigam o exemplo.
Acrescentou que quem está em questão não é a Sheherazade, mas o SBT, porque “uma empresa que explora uma concessão pública não pode continuar recebendo verba publicitária [do governo] após ter cometido um crime”.
A deputada quer que o corte de verba publicitária dure pelo tempo em que houver uma investigação no SBT pela Procuradoria-Geral da República, para a qual ela enviou requerimento de abertura de inquérito.
O SBT e Sheharazade não se manifestaram sobre o propósito de Feghali de bloquear a verba publicitária.
A jornalista foi “descoberta” por Silvio Santos quando ela, em uma emissora afiliada do SBT, criticou o Carnaval. Ela costuma dizer que é paga para dar sua opinião.
Em uma entrevista para a revista Viva, de Alphaville, região de classe média alta na Grande São Paulo onde ela mora com marido e filhos, Sheherazade revelou ser fã do filósofo Olavo de Carvalho. “Sou uma olivete de carteirinha.”
Disse estar lendo a coletânea de artigos Carvalho publicada em livro sobre o título de “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”(Editora Record).
Íntegra do pedido da deputada
“Excelentíssimo Senhor Ministro da Secretaria de Comunicação Social:
Levo à sua consideração os seguintes fatos, pedindo providências urgentes:
“Excelentíssimo Senhor Ministro da Secretaria de Comunicação Social:
Levo à sua consideração os seguintes fatos, pedindo providências urgentes:
É público e notório que a apresentadora do Sistema Brasileiro de Televisão – SBT, Rachel Scherazade, no episódio do jovem negro que foi amarrado nu a um poste, defendeu a ação dos agressores, que, sem provas ou indícios de crime humilharam e maltrataram aquele jovem, argumentando que tal atitude seria justificada, por terem os cidadãos de bem de tomar a justiça em suas próprias mãos, uma vez que o Estado não cumpriria sua função de propiciar segurança.
Ao fazer isso, a jornalista e o SBT fizeram apologia e incitamento ao crime, à tortura e ao linchamento, o que constitui crime previsto no art. 287 de nosso Código penal, que reza:
“Art. 287. Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:
Pena – detenção de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa.”
O SBT não pode alegar que era uma opinião privada da jornalista, pois, se assim fosse, estaria obrigado a dar a ela algum tipo de punição, pela prática de crime utilizando o veículo de comunicação pelo qual é responsável, o que não fez.
Sendo o SBT concessionário de um serviço público, muito mais grave se afigura essa apologia ao crime, podendo ensejar inclusive a cassação de sua concessão, pois o Estado não pode admitir que seja cometido um delito em um veículo que foi licenciado por ele.
Considerando tudo isso, solicitamos a V. Exª que tome as medidas cabíveis em relação à jornalista e ao SBT, em especial e de plano a suspensão de quaisquer verbas oficiais que sejam destinadas a esse sistema.
Atenciosamente,
Deputada Jandira Feghali
Líder do PCdoB”
"A atitude dos vingadores é até compreensível"
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Discurso de Sheherazade prospera: crescem as chacinas
fevereiro de 2014
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