Paulo Lopes
jornalista, trabalhou na Folha de S.Paulo, Agência Folha, Diário Popular, Editora Abril e em outras publicações
E se o deus judaico-cristão, Jeová, tivesse se deitado no divã de Freud, quais seriam os diagnósticos? Provavelmente Freud, que era ateu, concluiria estar com delírio e ele mesmo tentaria se cuidar.
Mas vamos supor que por alguns instantes, o suficiente para uma sessão de psicanálise, Freud passasse a acreditar em Deus. O que ele concluiria de um sujeito que mandou matar milhares pessoas (muitas vezes por vingança) e se acha onipresente, mas tem baixa autoestima (gosta de ser adorado)?
Freud não chegou a traçar o perfil psicológico da divindade judaico-cristã, mas outras pessoas têm feito, em um exercício de questionamento da cristandade ou mesmo de brincadeira, como fez o estudante americano de psicologia que se assina na internet como A.B. Normal.
Normal classificou Deus como um “assassino desorganizado” porque não há um padrão em suas matanças: comete grandes inundações, incêndios, terremotos e por aí vai. Isto, para o estudante, são sintomas de raiva e frustração. O que explicaria, segundo ele, o fato de Deus ser solitário, mas não esconde seus crimes — na verdade, Ele mandou divulgá-los no livro onde é protagonista, a Bíblia.
O estudante escreveu que a vingança extremamente agressiva de Deus — relatada principalmente no Antigo Testamento — é indício de que sofre de grandes conflitos emocionais, levando-o a explosões de violência.
Outro diagnóstico é que Deus é maníaco pelo poder, gosta de propagandear que está em todos os lugares e sabe de tudo. Se perder o controle de alguma situação, Ele pode ficar furioso. Em Êxodo 14:18-26, afogou o exército egípcio.
Também é sádico. Em alguns momentos, é destrutivo e em outros oferece a salvação.
Jeová é um caso de internação |
Usa a teatralidade para chamar a atenção sobre si, mesmo que isso signifique a morte de muitas pessoas. Inunda o mundo, promove fome e pragas de gafanhotos e mata filhos primogênitos. Ele tem a necessidade de provar ser o todo-poderoso. Isso pode ser sintoma tanto de insegurança como de arrogância.
A sua falta de sutiliza — promove muita violência explícita, cinematográfica — revela que é imaturo.
O estudante de psicologia observou que Deus tem prazer em atear fogo em cidades. É incendiário, coisa de desequilibrado. Como é onipresente, presenciou o sofrimento das pessoas que morreram no incêndio de Sodoma e Gomorra. Sadismo.
A.B. Normal escreveu que muitos incendiários gostam de ver a destruição do fogo porque isso lhe dá sensação de poder sobre a vida e a morte. Eles sentem prazer em ver pessoas com medo e pânico.
Segundo o estudante, os incendiários são movidos pela busca do lucro ou pela vingança. Mas alguns deles são vândalos.
Geralmente, os incendiários são socialmente incompetentes, têm problema de autoconfiança e de relacionamento com pessoas do sexo oposto. No caso do deus judaico-cristão, Ele engravidou Maria sem fazer sexo com ela.
O estudante sugeriu que Deus sofre de Transtorno de Personalidade Borderline (Limítrofe). Trata-se de uma desordem mental provocada por um desequilíbrio químico no cérebro.
Essa talvez seja a causa de Deus querer que tudo ocorra em função Dele e que suas decisões sejam absolutas. Exige a subserviência. Diante de contrariedade reage com raiva e sentimento de rejeição.
Ele tem o perfil de líder de seita. É carismático e parece estranho, esquisito. Mais velho que a maioria das pessoas, é inteligente, sociopata e manipulador. Como o todo líder religioso, consegue convencer seus seguidores que é honesto e sincero. Deus criou o seu próprio vocabulário para controlar o pensamento de seus seguidores.
De tudo, o que fica mais evidente, na avaliação do estudante de psicologia, é que Deus é o serial killer mais prolífico de todos os tempos. Freud com certeza concordaria com esse diagnóstico.
> Com informações do Live Journal, entre outras fontes.