Primeiro-ministro Cameron tem feito discursos com apelo religioso |
“Respeitamos o direito do primeiro-ministro de ter suas crenças religiosas e o fato de que isso afeta sua própria vida como político, mas nos opomos à caracterização que ele faz de que o país é cristão”, diz a carta. “[Isso tem] consequências negativas para a política e a sociedade.”
Afirmaram que a Grã-Bretanha é uma “sociedade plural constituída por pessoas não religiosas, na maioria”.
O grupo de intelectuais é formado por 55 personalidades, entre elas o cientista vencedor do prêmio Nobel John Sulston.
Cameron tem feito pronunciamentos evocando a (suposta) virtude de o país ser cristão.
Recentemente, por exemplo, ele disse que os britânicos, em vez de se sentirem cada vez mais seculares, “deveriam ser mais confiantes sobre nosso status como um país cristão, deveriam ser mais ambiciosas em expandir o papel das organizações baseadas na fé, e, francamente, mais evangélicas sobre a fé que nos leva a chegar lá e fazer uma diferença em nossa vida”.
A carta destacou que esse tipo de discurso do líder conservador “alimenta desnecessariamente debates sectários que não estão presentes nas vidas da maior parte dos britânicos, que não querem que religiões ou identidades religiosas sejam priorizadas por seus governos eleitos".
De acordo com o censo de 2011, o número de pessoas na Inglaterra e no País de Gales que declararam cristãs caiu de 72% para 59%, o que deu 33,2 milhões. Os sem religião totalizaram 14 milhões.
Com informação das agências.
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