Naturalista da teoria da evolução passou por Maricá em abril de 1832 |
do site Maricá Info
O naturalista inglês Charles Darvin, autor da revolucionária teoria da evolução das espécies, passou pelo local onde hoje é a cidade de Maricá (RJ) no dia 8 de abril de 1832, quando, após percorrer a região de Praia Grande, atual Niterói, parou para o almoço por volta das 12h em “Ithacaia”, na Fazenda Itaocaia, tombada em 2013 pela Prefeitura Municipal.
Lá, aquele que seria um dos principais cientistas da história, presenciou a morte de uma escrava que se suicidou pulando da Pedra de Itaocaia após ter jogado a filha do fazendeiro no tacho de melado, por vingança e ciúme.
Após o almoço na fazenda, fundada pelos monges beneditinos no século XVIII, Darwin passou pela região de Itaipuaçu e pela Restinga de Maricá, pesquisando a biodiversidade da Mata Atlântica.
Darwin tinha 22 ano — era desconhecido. Ele tinha partido numa viagem ao redor do mundo que duraria cinco anos a bordo do navio H. M. S. Beagle, numa aventura que mudou a história da ciência e da humanidade. Segundo estudiosos, a passagem de Darwin por Maricá teve inigualável importância para a criação da Teoria da Evolução das Espécies.
“Toda a teoria da evolução se inicia no Rio de Janeiro. É aqui que ele começa a despertar, onde acontece o seu primeiro contato com a biodiversidade da Mata Atlântica”, afirma Evandro Sathler, coordenador do Caminho Darwin, localizado no Parque Estadual da Serra da Tirica, que corta as cidades de Niterói e Maricá. Trata-se de um projeto que busca revitalizar o percurso por onde Darwin andou, em 1832.
O impacto causado pela trilha na Serra da Tiririca não é um exagero de Evandro. Faz parte dos relatos do próprio Darwin: “Depois de passarmos por alguns campos cultivados, entramos numa floresta cuja magnificência não podia ser superada”.
Para as professoras da Universidade Federal Fluminense (UFF), Martha Abreu e Sandra Escovedo Selles, “a descrição da Serra da Tiririca é explícita”. Com a ajuda de mapas do século 19 e da leitura dos diários de Darwin elas conseguiram localizar, em 2000, o caminho dentro do Parque por onde o naturalista passou.
O naturalista inglês catalogou um número enorme de espécimes na Restinga de Maricá, muitos dos quais novos para a ciência. Isso estabeleceu a sua reputação e fez dele um dos precursores do campo da ecologia, em especial a biocenose, ao ressaltar a importância da relação de vida em comum dos seres que habitam determinada região.
As beachrocks (rochas de praia) de Jaconé foram descritas por Charles Darwin no dia 9 de abril de 1832, um dia após passar pela Serra da Tiririca. São rochas formadas pela cimentação de sedimentos que possuem grande importância para a história do planeta, tendo vestígios do homem de aproximadamente 4.000 anos.
O naturalista inglês catalogou um número enorme de espécimes na Restinga de Maricá, muitos dos quais novos para a ciência. Isso estabeleceu a sua reputação e fez dele um dos precursores do campo da ecologia, em especial a biocenose, ao ressaltar a importância da relação de vida em comum dos seres que habitam determinada região.
As beachrocks (rochas de praia) de Jaconé foram descritas por Charles Darwin no dia 9 de abril de 1832, um dia após passar pela Serra da Tiririca. São rochas formadas pela cimentação de sedimentos que possuem grande importância para a história do planeta, tendo vestígios do homem de aproximadamente 4.000 anos.
De acordo com estudo feito por docentes da UFRJ e da UFF, publicado na Revista Brasileira de Geociências, o local é descrito como de inegável o enquadramento destas rochas como patrimônio geológico, seja pela sua importância histórica e cultural, seja pelas suas informações geológicas.
Tal estudo conclui que o sítio das rochas tem importância internacional e valor científico, cultural, didático e ecológico.
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