Mulher que teria sido recebido esperma do ex-médico e o marido dela não levaram o caso à Justiça para não constranger a família e, no futuro, o filho
Roger Abdelmassih (foto), 72, especialista em reprodução humana in vitro, inseminou algumas de suas pacientes com seu próprio sêmen, sem que elas e seus maridos soubessem.
Roger Abdelmassih (foto), 72, especialista em reprodução humana in vitro, inseminou algumas de suas pacientes com seu próprio sêmen, sem que elas e seus maridos soubessem.
A informação é de Ivanilde Vieira Serebrenic, que hoje (20 de agosto de 2014) falou à imprensa no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, no momento em que a Polícia Federal desembarcava com Abdelmassih, que foi preso ontem de manhã em Assunção, no Paraguai.
Ivanilde é uma das dezenas de vítimas de Abdelmassih, que foi condenado em primeira instância a 278 anos de prisão por estuprar em sua clínica cerca de 40 mulheres. Ela disse ter sido procurada por um casal que descobrira com exame de DNA que filho obtido por inseminação não lhe pertence biologicamente.
A Delegacia da Mulher abriu em 2009 um inquérito para investigar acusações de casais de que Abdelmassih fazia manipulação genética, transplantando sem autorização, por exemplo, óvulos fecundados de umas pacientes em outras.
No aeroporto, populares e vítimas e chamaram Abdelmassih de “maníaco”, entre outras coisas, quando ele foi entregue pela Polícia Federal à Delegacia de Polícia de Congonhas. “Eu tenho nojo desse homem, tenho medo, vontade de vomitar, seja bem-vindo ao inferno”, afirmou Vanuzia Leite Lopes, 54.
Ainda no aeroporto, ao ser abordado por uma jornalista, o ex-médico disse ser inocente e espera que a “Justiça faça justiça”. Na delegacia, ele chorou ao falar de seus filhos gêmeos.
A Polícia mandou Abdelmassih para o presídio de Tremembé (no interior do Estado), onde já esteve por cinco meses em 2009 antes de obter habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O ex-médico se apresentava com investidor brasileiro. Tinha um chofer e dois carros, um deles para levar os filhos à escola. Também contava com empregada, babá e cozinheira. O casal frequentava um restaurante onde consumia vinhos de primeira linha.
Ivanilde é uma das dezenas de vítimas de Abdelmassih, que foi condenado em primeira instância a 278 anos de prisão por estuprar em sua clínica cerca de 40 mulheres. Ela disse ter sido procurada por um casal que descobrira com exame de DNA que filho obtido por inseminação não lhe pertence biologicamente.
O casal não mover ação contra Abdelmassih para não constranger o filho e a família, segundo Serebrenic.
Ex-médico também é acusado de manipulação genética |
Em 2009, quando o caso Abdelmassih estourou na imprensa, a Veja divulgou que o então médico garantiu em 1993 a um empresário do Espírito Santo e a mulher dele que poderia contornar com um tratamento inovador a infertilidade do casal. A mulher ficou grávida de gêmeos, e anos mais tarde o casal descobriu que as crianças eram biologicamente de outro pai.
A Delegacia da Mulher abriu em 2009 um inquérito para investigar acusações de casais de que Abdelmassih fazia manipulação genética, transplantando sem autorização, por exemplo, óvulos fecundados de umas pacientes em outras.
No aeroporto, populares e vítimas e chamaram Abdelmassih de “maníaco”, entre outras coisas, quando ele foi entregue pela Polícia Federal à Delegacia de Polícia de Congonhas. “Eu tenho nojo desse homem, tenho medo, vontade de vomitar, seja bem-vindo ao inferno”, afirmou Vanuzia Leite Lopes, 54.
Ainda no aeroporto, ao ser abordado por uma jornalista, o ex-médico disse ser inocente e espera que a “Justiça faça justiça”. Na delegacia, ele chorou ao falar de seus filhos gêmeos.
A Polícia mandou Abdelmassih para o presídio de Tremembé (no interior do Estado), onde já esteve por cinco meses em 2009 antes de obter habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Abdelmassih, sua mulher, Larissa Maria Sacco, 35, e seus dois filhos pequenos viviam em Assunção havia três anos. O menino e a menina nasceram no Paraguai.
O ex-médico usava documentos falsos nos quais seu nome consta como "Ricardo Galeano", nascido em 6 de fevereiro de 1949, em uma localidade chamada de Dr. Francia.
A polícia brasileira suspeita que Abdelmassih tenha comprado de policiais paraguaios a identidade de uma pessoa morta. Larissa usava o seu próprio nome, ao menos na escola de seus filhos.
O ex-médico usava documentos falsos nos quais seu nome consta como "Ricardo Galeano", nascido em 6 de fevereiro de 1949, em uma localidade chamada de Dr. Francia.
A polícia brasileira suspeita que Abdelmassih tenha comprado de policiais paraguaios a identidade de uma pessoa morta. Larissa usava o seu próprio nome, ao menos na escola de seus filhos.
Abdelmassih e Larissa em reprodução do porta-retrato do casamento deles |
De acordo com o que apurou a Rádio Estadão, a ideia da fuga para o Paraguai foi de Larissa, então grávida. O casal mudou-se para uma casa de luxo em um bairro de classe média alta, a poucos metros da residência do presidente do Paraguai. Pagava aluguel de R$ 5 mil.
O ex-médico se apresentava com investidor brasileiro. Tinha um chofer e dois carros, um deles para levar os filhos à escola. Também contava com empregada, babá e cozinheira. O casal frequentava um restaurante onde consumia vinhos de primeira linha.
Larissa já teria saído de Assunção com os filhos. Não há informação se também estava com documentação falsa. Sônia, a primeira mulher do ex-médico, em 2008 de câncer - o casamento durou 40 anos.
O Ministério Público está investigando o esquema que deu apoio financeiro e logístico ao casal no tempo em que esteve foragido. As operações envolviam lavagem de dinheiro.
> Com informações das agências, emissoras de TV e deste site e foto da Secretaria Nacional de Antidrogas do Paraguai.
O Ministério Público está investigando o esquema que deu apoio financeiro e logístico ao casal no tempo em que esteve foragido. As operações envolviam lavagem de dinheiro.
> Com informações das agências, emissoras de TV e deste site e foto da Secretaria Nacional de Antidrogas do Paraguai.
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