por Magali do Nascimento Cunha
do blog Mídia, Religião e Política
O resultado do primeiro turno das eleições 2014, pelo menos no que diz respeito ao Congresso Nacional, chama a atenção pelo caráter em torno dos resultados. Parlamentares com posições conservadoras em relação a causas sociais se consolidaram como maioria na eleição da Câmara, de acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), consolidada e respeitada organização que há 31 anos monitora e estuda ações dos poderes da República, especialmente o Congresso Nacional.
Houve aumento do número de militares (incluindo policiais), de empresários, de ruralistas e de outros segmentos mais identificados com o conservadorismo (o termo conservadorismo é usado aqui no sentido da ciência política referente a posições alinhadas com a manutenção — contrária a mudanças — de determinada ordem sociopolítica, econômica, institucional, ou de crenças, usos e costumes de uma sociedade).
Um balanço mais definitivo do número dos evangélicos eleitos (considerada a dificuldade de identificação dos novatos que não têm títulos religiosos atrelados ao nome) já pode ser apresentado, depois de contatos com vários pesquisadores e especialistas, e acesso à lista divulgada pela assessoria da Frente Parlamentar Evangélica, publicada no jornal O Globo. Fica nítido que este grupo, por conta do perfil dos reeleitos e seus partidos, certamente “engrossará” o cordão conservador na Câmara, mas não alcançou o patamar numérico almejado/propagado.
As estimativas analíticas indicavam a denominada “bancada evangélica” chegaria a 100 parlamentares, mantidos os 20% de aumento que se concretizaram nos últimos pleitos. A Frente Parlamentar Evangélica apregoava um crescimento de 30%. Era parte da campanha de lideranças mais destacadas desse segmento de que os evangélicos ganhariam mais poder com mais vagas no congresso.
Nomes como deputado Marco Feliciano (PSC-SP) eram propagados com vistas ao alcance de um milhão de votos. Um de seus apoiadores, o Pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo Silas Malafaia, chegou a afirmar ao jornal Folha de S. Paulo: “Se o Feliciano tiver menos de 400 mil votos na próxima eleição, eu estou mudando de nome”. Ele ironizava, em 2013, as ações de movimentos sociais contra a presença do deputado na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM). E acrescentou: “Quero agradecer ao movimento gay. Quanto mais tempo perderem com o Feliciano, maior será a bancada evangélica em 2014”.
Esta também foi a aposta do partido do deputado Feliciano, o PSC, que decidiu lançar o Pastor Everaldo como candidato à Presidência da República na esteira do sucesso alavancado ao partido com as polêmicas em torno do caso da presidência da CDHM. Essa candidatura revelou-se fracassada, como será abordado adiante.
Já com a divulgação das primeiras listas de deputados evangélicos, ficava claro que as estimativas de 20 a 30% de aumento da bancada não seriam alcançadas. Números se apresentavam, nas mídias religiosas e não-religiosas, ou bem abaixo dos cerca de 100 parlamentares previstos (57 ou 66, entre os mais "realistas") ou mais próximos da previsão, porém ainda abaixo dos 100 (80 a 82, entre os mais otimistas).
O DIAP divulgou uma primeira lista, em 6 de outubro, com 53 nomes, indicada como "preliminar". Depois veio "lista provisória" divulgada para a imprensa pela Frente Parlamentar Evangélica (FPE), com 80 nomes (corrigida depois para menos, 79 parlamentares).
A relação do DIAP foi publicada em sites evangélicos como o Gospel+ (que atualizou para 57 eleitos, mas destacou a diminuição) e o Gospel Prime (que atualizou para 66, apesar de ter evitado registrar o número total, que, segundo o site, resultou em 66).
A primeira relação da FPE, não corrigida, foi publicada pelo jornal O Globo, que destacou o crescimento de 14%. Esta matéria foi reproduzida pelo site Verdade Gospel, que celebrou os números como crescimento expressivo de 14%, com 80 indicados).
O DIAP publicou, em 8 de outubro, uma segunda lista baseada na primeira lista provisória, não corrigida, da FPE, e acrescentou mais três nomes, apresentando um total de 82 parlamentares evangélicos.
Com base nestas listas, em checagem de material de divulgação dos candidatos, bases de dados, contatos locais, e ouvidos analistas e especialistas, foi possível chegar a uma lista mais próxima do definitivo, com 72 nomes. Em comparação com o grupo de 70 eleitos/as na atual legislatura, houve 3% de aumento de deputados identificados como evangélicos na Câmara. Um número muito abaixo dos 20% ou 30% apregoados, e ainda bem inferior aos 14% celebrados pela FPE. Pode-se inferir que a retórica do terror sobre as "ameaças à família" e do "comunismo" não tiveram o efeito numérico almejado.
A relação da FPE, que, inicialmente, chegava a 80 nomes, parece ter sido resultado de uma "caça a nomes" para ampliar a porcentagem de aumento a ser divulgada e evitar divulgar o fracasso numérico, já que, também, sete deputados/as não foram reeleitos/as. Isto pode ser assim entendido porque nove deles não foram identificados, por meio de pesquisa e consultas, como evangélicos: ou declararam filiação católica-romana; ou dizem "se considerar cristãos" e foram apenas apoiados por lideranças de igrejas; ou concorreram por partidos identificados com igrejas, PRB (identificado com a Igreja Universal do Reino de Deus), e PSC (identificado várias denominações) mas não são evangélicos. Um deles, eleito pelo PSC-RJ, foi retirado de uma segunda lista divulgada pela FPE.
A relação atualizada do DIAP tem a lista da FPE acrescida de três nomes. Um deles é evangélico, de fato. Os outros dois não são evangélicos: um é católico e o outro não revela identidade religiosa.
A seguir uma versão final, com revisão das relações apresentadas pelo DIAP e pela FPE (descarte de nomes, correções na situação do/a candidato/a e nas igrejas respectivas).
Neste levantamento de MÍDIA, RELIGIÃO E POLÍTICA, o número de deputados/as evangélicos/as eleitos/as é 72, o que equivale a 3% de aumento desta representação na Câmara Federal.
Lista dos novos parlamentares e reeleitos
1- Alan Rick (PRB/AC), mandato novo, ligado à Igreja Batista. É jornalista e apresentador de TV.
2 – João Caldas (SD/AL), reeleito, Igreja Internacional da Graça. É empresário do setor de comunicações.
3 – Silas Câmara (PSD/AM), reeleito, Assembleia de Deus. É empresário.
4 – André Abdon (PRB/AP), novo, Assembleia de Deus. É político.
5 – Irmão Lázaro (PSC/BA), novo, Batista. É músico.
6 – Márcio Marinho (PRB/BA), reeleito, Igreja Universal. É radialista.
7 – Tia Eron (PRB/BA), nova, Universal. Técnica em administração e estudante de direito.
8 – Sérgio Brito (PSD/BA), reeleito, Batista. Empresário e servidor público.
9 – Erivelton Santana (PSC/BA), reeleito, Assembleia de Deus. Auxiliar de administração e assessor político.
10 – Ronaldo Martins (PRB/CE), novo, Assembleia de Deus. É radialista e músico.
11 – Ronaldo Fonseca (Pros/DF), reeleito, Assembleia de Deus. É advogado.
12 – Sérgio Vidigal (PDT/ES), novo, Batista.É médico.
13 – Max Filho (PSDB/ES), novo, Igreja Presbiteriana. É servidor público.
14 – Manato (SD/ES), novo, Igreja Cristã Maranata. É médico e empresário.
15 – Fábio Souza (PSDB/GO), novo, Igreja Fonte de Vida. É bacharel em gestão pública e teologia.
16 – João Campos (PSDB/GO), reeleito, Assembleia de Deus. É delegado de polícia.
17 – Eliziane Gama (PPS/MA), nova, Assembleia de Deus. É jornalista.
18 – Cleber Verde (PRB/MA), reeleito, Assembleia de Deus. É vendedor autônomo, professor e servidor público.
19 – Lincoln Portela (PR/MG), reeleito, Igreja Batista Nacional. É radialista.
20 – Leonardo Quintão (PMDB/MG), reeleito. Presbiteriana. É empresário.
21 – Stefano Aguiar (PSB/MG), reeleito, Evangelho Quadrangular. É administrador de empresa.
22 – George Hilton (PRB/MG), reeleito, Universal. É radialista, apresentador de TV e teólogo.
23 – Prof. Victório Galli (PSC/MT), novo, Assembleia de Deus. É professor universitário.
24 – Júlia Marinho (PSC/BA), nova, Assembleia de Deus. É pedagoga.
25 – Josué Bengtson (PTB/PA), reeleito, Evangelho Quadrangular. É pastor.
26 – Aguinaldo Ribeiro (PP/PB), reeleito, Batista. É empresário.
27 – Pastor Eurico (PSB/PE), reeleito, Assembleia de Deus. É pastor, radialista e comerciário.
28 – Anderson Ferreira (PR/PE), reeleito, Assembleia de Deus. É empresário.
29 – Rejane Dias (PT/PI), nova, Batista. É administradora.
30 – Christiane Yared (PTN/PR), nova, Evangelho Eterno. É pastora e empresária.
31 – Takayama (PSC/PR), reeleito, Assembleia de Deus. É pastor, empresário e professor.
32 – Del. Francischini (SD/PR), reeleito, Assembleia de Deus. É empresário e Delegado da Polícia Federal.
33 – Edmar Arruda (PSC/PR), reeleito, Igreja Mundial. É empresário e economista.
34 – Toninho Wandischeer (PT/PR), novo, Comunidade Cristã Nova Vida da Fazenda Rio Grande. É empresário do setor imobiliário.
35 – Clarissa Garotinho (PR/RJ), nova, Presbiteriana. É jornalista.
36 – Eduardo Cunha (PMDB/RJ), reeleito, Sara a Nossa Terra. É empresário e economista.
37 – Roberto Sales (PRB/RJ), Universal. É administrador.
38 – Sóstenes Cavalcante (PSD/RJ), novo, Assembleia de Deus Vitória em Cristo. É pastor.
39 – Washington Reis, (PMDB/RJ), reeleito, Assembleia de Deus. É empresário.
40 – Rosangela Gomes (PRB/RJ), nova, Universal. É bacharel em direito.
41 – Aureo (SD/RJ), reeleito, metodista. É empresário.
42 – Arolde de Oliveira (PSD/RJ), reeleito, Batista. É engenheiro e empresário.
43 – Cabo Daciolo (PSOL/RJ), novo, evangélico não ligado a nenhuma igreja. É bombeiro militar.
44 – Benedita da Silva (PT/RJ), reeleita, Presbiteriana. É assistente social.
45 – Francisco Floriano (PR/RJ), reeleito, Mundial. Publicitário e apresentador de TV.
46 – Marcos Soares (PR/RJ), novo, Internacional da Graça. É advogado e especialista em teologia prática.
47 – Altineu Cortes (PR/RJ), novo, Assembleia de Deus Ministério Madureira. É produtor agropecuário.
48 – Ezequiel Teixeira (SD/RJ), novo, Projeto Vida Nova. É advogado.
49 – Antônio Jácome (PMN/RN), novo, Assembleia de Deus. É pastor e médico.
50 – Lindomar (Garcon) Barbosa Alves (PMDB/RO), reeleito, Evangelho Quadrangular. É comerciante.
51 – Nilton Capixaba (PTB/RO), reeleito, Assembleia de Deus. É empresário.
52 – Marcos Rogério (PDT/RO), reeleito, Assembleia de Deus. É jornalista.
53 – Carlos Andrade (PHS/RR), novo, Assembleia de Deus. É servidor público.
54 – Jhonatan de Jesus (PRB/RR), reeleito, Universal. É empresário.
55 – Onyx Lorenzoni (DEM/RS), releito, Igreja Luterana. É empresário e médico veterinário.
56 – Carlos Gomes (PRB/RS), novo, Universal. É pastor e servidor público.
57 – Ronaldo Nogueira (PTB/RS), novo, Assembleia de Deus. É administrador de empresas.
58 – Geovania de Sá (PSDB/SC), nova, Assembleia de Deus. É administradora.
59 – Pastor Jony (PRB/SE), novo, Universal. É pastor.
60 – Laércio Oliveira (SD/SE), reeleito, Presbiteriana. É empresário.
61 – Antônio Bulhões (PRB/SP), reeleito, Universal. É bispo, empresário e apresentador da TV.
62 – Bruna Furlan (PRB/SP), reeleita, Congregação Cristã do Brasil. É bacharel em direito.
63 – Edinho Araújo (PMDB/SP), reeleito, Presbiteriana. Advogado e professor.
64 – Jefferson Campos (PSD/SP), reeleito, Evangelho Quadrangular. É pastor e radialista.
65 – Jorge Tadeu Mudalen (DEM/SP), reeleito, Internacional da Graça. Engenheiro civil.
66 – Missionário José Olimpio (PP/SP), reeleito, Mundial. É empresário.
67 – Pastor Gilberto Nascimento (PSC/SP), reeleito, Assembleia de Deus. É pastor e Delegado de Polícia.
68 – Pastor Marco Feliciano (PSC/SP), reeleito, Assembleia de Deus Catedral do Avivamento. É pastor e empresário.
69 – Paulo Freire (PR/SP), reeleito, Assembleia de Deus. É pastor.
70 – Roberto Alves (PRB/SP), novo, Universal. É metalúrgico.
71 – Roberto de Lucena (PV/SP), reeleito, Igreja Brasil para Cristo. É pastor e escritor.
72 – Vinicius Carvalho (PRB/SP), novo, Universal. É advogado.
Magali do Nascimento Cunha é jornalista e docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo.
do blog Mídia, Religião e Política
Pregação contra gays e de ameaça à família não surtiu nas urnas o efeito profetizado |
Houve aumento do número de militares (incluindo policiais), de empresários, de ruralistas e de outros segmentos mais identificados com o conservadorismo (o termo conservadorismo é usado aqui no sentido da ciência política referente a posições alinhadas com a manutenção — contrária a mudanças — de determinada ordem sociopolítica, econômica, institucional, ou de crenças, usos e costumes de uma sociedade).
Um balanço mais definitivo do número dos evangélicos eleitos (considerada a dificuldade de identificação dos novatos que não têm títulos religiosos atrelados ao nome) já pode ser apresentado, depois de contatos com vários pesquisadores e especialistas, e acesso à lista divulgada pela assessoria da Frente Parlamentar Evangélica, publicada no jornal O Globo. Fica nítido que este grupo, por conta do perfil dos reeleitos e seus partidos, certamente “engrossará” o cordão conservador na Câmara, mas não alcançou o patamar numérico almejado/propagado.
As estimativas analíticas indicavam a denominada “bancada evangélica” chegaria a 100 parlamentares, mantidos os 20% de aumento que se concretizaram nos últimos pleitos. A Frente Parlamentar Evangélica apregoava um crescimento de 30%. Era parte da campanha de lideranças mais destacadas desse segmento de que os evangélicos ganhariam mais poder com mais vagas no congresso.
Nomes como deputado Marco Feliciano (PSC-SP) eram propagados com vistas ao alcance de um milhão de votos. Um de seus apoiadores, o Pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo Silas Malafaia, chegou a afirmar ao jornal Folha de S. Paulo: “Se o Feliciano tiver menos de 400 mil votos na próxima eleição, eu estou mudando de nome”. Ele ironizava, em 2013, as ações de movimentos sociais contra a presença do deputado na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM). E acrescentou: “Quero agradecer ao movimento gay. Quanto mais tempo perderem com o Feliciano, maior será a bancada evangélica em 2014”.
Esta também foi a aposta do partido do deputado Feliciano, o PSC, que decidiu lançar o Pastor Everaldo como candidato à Presidência da República na esteira do sucesso alavancado ao partido com as polêmicas em torno do caso da presidência da CDHM. Essa candidatura revelou-se fracassada, como será abordado adiante.
Já com a divulgação das primeiras listas de deputados evangélicos, ficava claro que as estimativas de 20 a 30% de aumento da bancada não seriam alcançadas. Números se apresentavam, nas mídias religiosas e não-religiosas, ou bem abaixo dos cerca de 100 parlamentares previstos (57 ou 66, entre os mais "realistas") ou mais próximos da previsão, porém ainda abaixo dos 100 (80 a 82, entre os mais otimistas).
O DIAP divulgou uma primeira lista, em 6 de outubro, com 53 nomes, indicada como "preliminar". Depois veio "lista provisória" divulgada para a imprensa pela Frente Parlamentar Evangélica (FPE), com 80 nomes (corrigida depois para menos, 79 parlamentares).
A relação do DIAP foi publicada em sites evangélicos como o Gospel+ (que atualizou para 57 eleitos, mas destacou a diminuição) e o Gospel Prime (que atualizou para 66, apesar de ter evitado registrar o número total, que, segundo o site, resultou em 66).
A primeira relação da FPE, não corrigida, foi publicada pelo jornal O Globo, que destacou o crescimento de 14%. Esta matéria foi reproduzida pelo site Verdade Gospel, que celebrou os números como crescimento expressivo de 14%, com 80 indicados).
O DIAP publicou, em 8 de outubro, uma segunda lista baseada na primeira lista provisória, não corrigida, da FPE, e acrescentou mais três nomes, apresentando um total de 82 parlamentares evangélicos.
Com base nestas listas, em checagem de material de divulgação dos candidatos, bases de dados, contatos locais, e ouvidos analistas e especialistas, foi possível chegar a uma lista mais próxima do definitivo, com 72 nomes. Em comparação com o grupo de 70 eleitos/as na atual legislatura, houve 3% de aumento de deputados identificados como evangélicos na Câmara. Um número muito abaixo dos 20% ou 30% apregoados, e ainda bem inferior aos 14% celebrados pela FPE. Pode-se inferir que a retórica do terror sobre as "ameaças à família" e do "comunismo" não tiveram o efeito numérico almejado.
A relação da FPE, que, inicialmente, chegava a 80 nomes, parece ter sido resultado de uma "caça a nomes" para ampliar a porcentagem de aumento a ser divulgada e evitar divulgar o fracasso numérico, já que, também, sete deputados/as não foram reeleitos/as. Isto pode ser assim entendido porque nove deles não foram identificados, por meio de pesquisa e consultas, como evangélicos: ou declararam filiação católica-romana; ou dizem "se considerar cristãos" e foram apenas apoiados por lideranças de igrejas; ou concorreram por partidos identificados com igrejas, PRB (identificado com a Igreja Universal do Reino de Deus), e PSC (identificado várias denominações) mas não são evangélicos. Um deles, eleito pelo PSC-RJ, foi retirado de uma segunda lista divulgada pela FPE.
A relação atualizada do DIAP tem a lista da FPE acrescida de três nomes. Um deles é evangélico, de fato. Os outros dois não são evangélicos: um é católico e o outro não revela identidade religiosa.
A seguir uma versão final, com revisão das relações apresentadas pelo DIAP e pela FPE (descarte de nomes, correções na situação do/a candidato/a e nas igrejas respectivas).
Neste levantamento de MÍDIA, RELIGIÃO E POLÍTICA, o número de deputados/as evangélicos/as eleitos/as é 72, o que equivale a 3% de aumento desta representação na Câmara Federal.
Lista dos novos parlamentares e reeleitos
1- Alan Rick (PRB/AC), mandato novo, ligado à Igreja Batista. É jornalista e apresentador de TV.
2 – João Caldas (SD/AL), reeleito, Igreja Internacional da Graça. É empresário do setor de comunicações.
3 – Silas Câmara (PSD/AM), reeleito, Assembleia de Deus. É empresário.
4 – André Abdon (PRB/AP), novo, Assembleia de Deus. É político.
5 – Irmão Lázaro (PSC/BA), novo, Batista. É músico.
6 – Márcio Marinho (PRB/BA), reeleito, Igreja Universal. É radialista.
7 – Tia Eron (PRB/BA), nova, Universal. Técnica em administração e estudante de direito.
8 – Sérgio Brito (PSD/BA), reeleito, Batista. Empresário e servidor público.
9 – Erivelton Santana (PSC/BA), reeleito, Assembleia de Deus. Auxiliar de administração e assessor político.
10 – Ronaldo Martins (PRB/CE), novo, Assembleia de Deus. É radialista e músico.
11 – Ronaldo Fonseca (Pros/DF), reeleito, Assembleia de Deus. É advogado.
12 – Sérgio Vidigal (PDT/ES), novo, Batista.É médico.
13 – Max Filho (PSDB/ES), novo, Igreja Presbiteriana. É servidor público.
14 – Manato (SD/ES), novo, Igreja Cristã Maranata. É médico e empresário.
15 – Fábio Souza (PSDB/GO), novo, Igreja Fonte de Vida. É bacharel em gestão pública e teologia.
16 – João Campos (PSDB/GO), reeleito, Assembleia de Deus. É delegado de polícia.
17 – Eliziane Gama (PPS/MA), nova, Assembleia de Deus. É jornalista.
18 – Cleber Verde (PRB/MA), reeleito, Assembleia de Deus. É vendedor autônomo, professor e servidor público.
19 – Lincoln Portela (PR/MG), reeleito, Igreja Batista Nacional. É radialista.
20 – Leonardo Quintão (PMDB/MG), reeleito. Presbiteriana. É empresário.
21 – Stefano Aguiar (PSB/MG), reeleito, Evangelho Quadrangular. É administrador de empresa.
22 – George Hilton (PRB/MG), reeleito, Universal. É radialista, apresentador de TV e teólogo.
23 – Prof. Victório Galli (PSC/MT), novo, Assembleia de Deus. É professor universitário.
24 – Júlia Marinho (PSC/BA), nova, Assembleia de Deus. É pedagoga.
25 – Josué Bengtson (PTB/PA), reeleito, Evangelho Quadrangular. É pastor.
26 – Aguinaldo Ribeiro (PP/PB), reeleito, Batista. É empresário.
27 – Pastor Eurico (PSB/PE), reeleito, Assembleia de Deus. É pastor, radialista e comerciário.
28 – Anderson Ferreira (PR/PE), reeleito, Assembleia de Deus. É empresário.
29 – Rejane Dias (PT/PI), nova, Batista. É administradora.
30 – Christiane Yared (PTN/PR), nova, Evangelho Eterno. É pastora e empresária.
31 – Takayama (PSC/PR), reeleito, Assembleia de Deus. É pastor, empresário e professor.
32 – Del. Francischini (SD/PR), reeleito, Assembleia de Deus. É empresário e Delegado da Polícia Federal.
33 – Edmar Arruda (PSC/PR), reeleito, Igreja Mundial. É empresário e economista.
34 – Toninho Wandischeer (PT/PR), novo, Comunidade Cristã Nova Vida da Fazenda Rio Grande. É empresário do setor imobiliário.
35 – Clarissa Garotinho (PR/RJ), nova, Presbiteriana. É jornalista.
36 – Eduardo Cunha (PMDB/RJ), reeleito, Sara a Nossa Terra. É empresário e economista.
37 – Roberto Sales (PRB/RJ), Universal. É administrador.
38 – Sóstenes Cavalcante (PSD/RJ), novo, Assembleia de Deus Vitória em Cristo. É pastor.
39 – Washington Reis, (PMDB/RJ), reeleito, Assembleia de Deus. É empresário.
40 – Rosangela Gomes (PRB/RJ), nova, Universal. É bacharel em direito.
41 – Aureo (SD/RJ), reeleito, metodista. É empresário.
42 – Arolde de Oliveira (PSD/RJ), reeleito, Batista. É engenheiro e empresário.
43 – Cabo Daciolo (PSOL/RJ), novo, evangélico não ligado a nenhuma igreja. É bombeiro militar.
44 – Benedita da Silva (PT/RJ), reeleita, Presbiteriana. É assistente social.
45 – Francisco Floriano (PR/RJ), reeleito, Mundial. Publicitário e apresentador de TV.
46 – Marcos Soares (PR/RJ), novo, Internacional da Graça. É advogado e especialista em teologia prática.
47 – Altineu Cortes (PR/RJ), novo, Assembleia de Deus Ministério Madureira. É produtor agropecuário.
48 – Ezequiel Teixeira (SD/RJ), novo, Projeto Vida Nova. É advogado.
49 – Antônio Jácome (PMN/RN), novo, Assembleia de Deus. É pastor e médico.
50 – Lindomar (Garcon) Barbosa Alves (PMDB/RO), reeleito, Evangelho Quadrangular. É comerciante.
51 – Nilton Capixaba (PTB/RO), reeleito, Assembleia de Deus. É empresário.
52 – Marcos Rogério (PDT/RO), reeleito, Assembleia de Deus. É jornalista.
53 – Carlos Andrade (PHS/RR), novo, Assembleia de Deus. É servidor público.
54 – Jhonatan de Jesus (PRB/RR), reeleito, Universal. É empresário.
55 – Onyx Lorenzoni (DEM/RS), releito, Igreja Luterana. É empresário e médico veterinário.
56 – Carlos Gomes (PRB/RS), novo, Universal. É pastor e servidor público.
57 – Ronaldo Nogueira (PTB/RS), novo, Assembleia de Deus. É administrador de empresas.
58 – Geovania de Sá (PSDB/SC), nova, Assembleia de Deus. É administradora.
59 – Pastor Jony (PRB/SE), novo, Universal. É pastor.
60 – Laércio Oliveira (SD/SE), reeleito, Presbiteriana. É empresário.
61 – Antônio Bulhões (PRB/SP), reeleito, Universal. É bispo, empresário e apresentador da TV.
62 – Bruna Furlan (PRB/SP), reeleita, Congregação Cristã do Brasil. É bacharel em direito.
63 – Edinho Araújo (PMDB/SP), reeleito, Presbiteriana. Advogado e professor.
64 – Jefferson Campos (PSD/SP), reeleito, Evangelho Quadrangular. É pastor e radialista.
65 – Jorge Tadeu Mudalen (DEM/SP), reeleito, Internacional da Graça. Engenheiro civil.
66 – Missionário José Olimpio (PP/SP), reeleito, Mundial. É empresário.
67 – Pastor Gilberto Nascimento (PSC/SP), reeleito, Assembleia de Deus. É pastor e Delegado de Polícia.
68 – Pastor Marco Feliciano (PSC/SP), reeleito, Assembleia de Deus Catedral do Avivamento. É pastor e empresário.
69 – Paulo Freire (PR/SP), reeleito, Assembleia de Deus. É pastor.
70 – Roberto Alves (PRB/SP), novo, Universal. É metalúrgico.
71 – Roberto de Lucena (PV/SP), reeleito, Igreja Brasil para Cristo. É pastor e escritor.
72 – Vinicius Carvalho (PRB/SP), novo, Universal. É advogado.
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