Artagão afirmou que ensinar apenas a evolução é contra a liberdade de crença |
Ligado à Igreja Adventista do 7º Dia, Artagão é um dos mais atuantes da bancada evangélica, que tem dez integrantes. No total, a Assembleia tem 54 deputados.
O deputado argumentou que as escolas públicas, que já ensinam a teoria da evolução, também deveria incluir no currículo a “teoria da criação”.
"Ensinar apenas o evolucionismo é ir contra a liberdade de crença do povo", disse.
Para os criacionistas, que têm um entendimento literal da Bíblia, Deus criou o universo em seis dias e descansou no sétimo.
Para a Bíblia, a Terra tem cerca 6.000 anos, contra a estimativa da ciência de 4,5 bilhões de anos, de acordo com a idade das rochas mais antigas, além de fósseis com milhões de anos.
O criacionismo já é ensinado no Brasil em escolas confessionais, como as mantidas pelos adventistas. Mas as escolas públicas não podem fazê-lo porque são instituições do Estado laico brasileiro, o que significa o não envolvimento com qualquer crença religiosa, que no caso seria a cristã.
Para o deputado, contudo, o criacionismo não fere o Estado laico porque a maioria dos brasileiros acredita nessa concepção do universo.
Além disso, argumentou, é preciso neutralizar a visão de um “mundo existencialista” imposta pelo ensino da teoria da evolução, de Charles Darwin.
O deputado Tadeu Veneri, líder do PT na Assembleia, disse que a proposta é inconstitucional porque não se pode criar uma nova disciplina escolar por intermédio de um projeto de lei.E também porque o criacionista tem de ser ensinado na igreja, e não na escola.
Em 2007, Artagão já tinha tentado introduzir a versão bíblica sobre o surgimento do universo. Na época, seu projeto de lei foi arquivado.
Com informação da Assembleia Legislativa do Paraná e foto de divulgação.
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