Pular para o conteúdo principal

Maria, mãe de Jesus, foi estuprada? Sexo sem consentimento faz parte da mitologia dos deuses

Zeus é um modelo de deus que engana humana para ter cópula sem o consentimento dela




O estupro de mulheres humanas por deuses e semideuses é uma constante na história das religiões, e isso, ainda hoje, é considerado normal. Quase ninguém se dá conta.

É como se, para a mulher, fosse uma honra ser possuída por um ente divino. Talvez por isso o deus de plantão não se preocupa em obter o consentimento dela. Ele chega e, a seu modo, a possui, como se ela não tivesse direito sobre o seu próprio corpo.

Na Bíblia, em Mateus, um anjo comunicou a José que sua mulher, Maria, daria à luz ao filho de Deus.

No relato de Lucas, a aparição do anjo ocorreu para Maria. De qualquer forma, em ambos os casos o fato já estava consumado. Nenhum anjo perguntou a Maria se ela concordava em ser possuída pelo Espírito Santo.

Outro estupro já tinha sido cometido por Zeus, conforme relata a mitologia grega.

O deus se encantou pela princesa Dânae, também virgem, filha do Acrísio, rei de Argos, e de Eurídice.

Como Acrísio mantinha a filha sob vigília, Zeus se transformou em chuva de ouro, entrou no quarto da jovem pelas frestas do teto, caiu no colo de Dânae e a fecundou, dando origem ao nascimento de Perseu. Zeus não quis saber se a jovem estava a fim de ser fecundada. É possível que sim, mas não custaria nada a gentileza de obter o consentimento.

Violência à mulher:
da mitologia religiosa
para o dia-a-dia

Em outra oportunidade, Zeus se transformou em um cisne para copular com Leda, a rainha de Esparta e mulher de Tíndaro. Na mitologia grega, a zoofilia não é tabu. Com Leda, Zeus teve quatro filhos.

A versão romana de Zeus, o deus Júpiter, se engraçou com a princesa Europa, filha do Agenor, rei da Fenícia. Para conquistá-la, ele se transformou em um meigo touro branco, levando a jovem em seu dorso para ilha de Creta, onde ela a fecundou. Dessa insólita união nasceram Minos, Radamante e Sarpedão.

Júpiter também estuprou Alcmena, mulher de Anfitrião. Para enganá-la, o deus assumiu a forma do próprio marido. Com ela, Júpiter teve o semideus Hércules.

O temível Pã (ou Pan) é na mitologia grega o deus dos bosques, rebanhos e pastores. Ele violentou uma pastora, que gerou Hermes.

O deus romano Marte também gostava de virgens. Ele impregnou Reia Sílvia (ou Ília), e ela pariu Rômulo e Remo, que vieram fundar Roma.

O deus hindu Shiva não poupou Madhura. Quando ela apareceu para adorá-lo, o deus a possuiu — Parvathi, a mulher dele, não estava por perto. Parvathi transformou Madhura em sapo. Doze anos depois, quando ela recuperou sua forma humana, pariu Indrajit.

Há outros casos de deuses que tiveram cópula com mulheres, conforme a tradição religiosa — pagã ocidental ou oriental ou ainda cristã. A rigor, na interpretação moderna, trata-se mesmo de estupro.

A escritora e psicóloga americana Valerie Tarico escreve que esses relatos de subjugação da mulher e de concepção milagrosa têm raízes na pré-história, mas se reforçaram com a Idade do Ferro, a partir do século 12 a.C.

Como crianças, gado e escravos, a mulher era literalmente posse dos homens. O valor econômico e espiritual dela dependia de sua capacidade de dar continuidade à linhagem de sangue de seu marido.

Valerie observa que na tradição dos antigos hebreus a obtenção de linhagem de sangue puro assumiu a forma de uma obsessão. A Bíblia hebraica traça a genealogia de Davi, retornando até Abraão, e de Abraão de volta até Adão, o primeiro homem.

Em nenhum lugar da Bíblia há a menção de que, para ter sexo com uma mulher, era necessário ou mesmo desejável obter o consentimento dela. E a Bíblia é a palavra do deus Jeová.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Roger tenta anular 1ª união para se casar com Larissa Sacco

Médico é acusado de ter estuprado pacientes Roger Abdelmassih (foto), 66, médico que está preso sob a acusação de ter estuprado 56 pacientes, solicitou à Justiça autorização  para comparecer ao Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de São Paulo de modo a apresentar pedido de anulação religiosa do seu primeiro casamento. Sônia, a sua segunda mulher, morreu de câncer em agosto de 2008. Antes dessa união de 40 anos, Abdelmassih já tinha sido casado no cartório e no religioso com mulher cujo nome ele nunca menciona. Esse casamento durou pouco. Agora, o médico quer anular o primeiro casamento  para que possa se casar na Igreja Católica com a sua noiva Larissa Maria Sacco (foto abaixo), procuradora afastada do Ministério Público Federal. Médico acusado de estupro vai se casar com procuradora de Justiça 28 de janeiro de 2010 Pelo Tribunal Eclesiástico, é possível anular um casamento, mas a tramitação do processo leva anos. A juíza Kenarik Boujikian Felippe,  da 16ª

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Estudante expulsa acusa escola adventista de homofobia

Arianne disse ter pedido outra com chance, mas a escola negou com atualização Arianne Pacheco Rodrigues (foto), 19, está acusando o Instituto Adventista Brasil Central — uma escola interna em Planalmira (GO) — de tê-la expulsada em novembro de 2010 por motivo homofóbico. Marilda Pacheco, a mãe da estudante, está processando a escola com o pedido de indenização de R$ 50 mil por danos morais. A primeira audiência na Justiça ocorreu na semana passada. A jovem contou que a punição foi decidida por uma comissão disciplinar que analisou a troca de cartas entre ela e outra garota, sua namorada na época. Na ata da reunião da comissão consta que a causa da expulsão das duas alunas foi “postura homossexual reincidente”. O pastor  Weslei Zukowski (na foto abaixo), diretor da escola, negou ter havido homofobia e disse que a expulsão ocorreu em consequência de “intimidade sexual” (contato físico), o que, disse, é expressamente proibido pelo regulamento do estabelecimento. Consel

Seleção de vôlei sequestrou palco olímpico para expor crença cristã

Título original: Oração da vitória por Daniel Sottomaior (foto) para Folha de S.Paulo Um hipotético sujeito poderoso o suficiente para fraudar uma competição olímpica merece ser enaltecido publicamente? A se julgar pela ostensiva prece de agradecimento da seleção brasileira de vôlei pela medalha de ouro nas Olimpíadas, a resposta é um entusiástico sim! Sagrado é o direito de se crer em qualquer mitologia e dá-la como verdadeira. Professar uma religião em público também não é crime nenhum, embora costume ser desagradável para quem está em volta. Os problemas começam quando a prática religiosa se torna coercitiva, como é a tradição das religiões abraâmicas. Os membros da seleção de vôlei poderiam ter realizado seus rituais em local mais apropriado. É de se imaginar que uma entidade infinita e onibenevolente não se importaria em esperar 15 minutos até que o time saísse da quadra. Mas uma crescente parcela dos cristãos brasileiros não se contenta com a prática privada: para

Com 44% de ateus, Holanda usa igrejas como livrarias e cafés

Livraria Selexyz, em Maastricht Café Olivier, em Utrecht As igrejas e templos da Holanda estão cada vez mais vazios e as ordens religiosas não têm recursos para mantê-los. Por isso esses edifícios estão sendo utilizados por livrarias, cafés, salão de cabeleireiro, pistas de dança, restaurantes, casas de show e por aí vai. De acordo com pesquisa de 2007, a mais recente, os ateus compõem 44% da população holandesa; os católicos, 28%; os protestantes, 19%; os muçulmanos, 5%, e os fiéis das demais religiões, 4%. A maioria da população ainda acredita em alguma crença, mas, como ocorre em outros países, nem todos são assíduos frequentadores de celebrações e cultos religiosos. Algumas adaptações de igrejas têm sido elogiadas, como a de Maastricht, onde hoje funciona a livraria Selexyz (primeira foto acima). A arquitetura realmente impressiona. O Café Olivier (a segunda foto), em Utrecht, também ficou bonito e agradável. Ao fundo, em um mezanino, se destaca o órgão da antiga ig

Cristianismo é a religião que mais perseguiu o conhecimento científico

Cristãos foram os inventores da queima de livros LUÍS CARLOS BALREIRA / opinião As epidemias e pandemias durante milhares de anos antes do cristianismo tiveram as mais estapafúrdias explicações dos deuses. Algumas mentes brilhantes da antiguidade, tais como Imhotep (2686-2613 a.C.) e Hipócrates (460-377 a.C.) tentaram passar explicações científicas para as massas de fanáticos religiosos, ignorantes, bestas humanas. Com a chegada ao mundo das feras cristãs, mergulhamos numa era de 2000 anos de trevas e ignorância. Os cristãos foram os inventores da queima de livros e bibliotecas. O cristianismo foi a religião que mais perseguiu o conhecimento científico e os cientistas. O Serapeu foi destruído em 342 d.C. por ordem de um bispo cristão de Alexandria, sob a proteção de Teodósio I.  Morte de Hipatia de Alexandrina em ilustração de um livro do século 19 A grande cientista Hipátia de Alexandria (351/370) foi despida em praça pública e dilacerada viva pelas feras e bestas imundas cristãs. So

Malafaia diz que Feliciano é vítima do PT, gays e ateus

Para pastor Malafaia,  há um  complô  contra seu colega Silas Malafaia (foto) afirmou que são os petistas, gays e ateus que estão movendo uma campanha de descrédito contra o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Em uma nota de alerta aos pastores para que não assinem uma carta pedindo o afastamento de Feliciano da presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias, Malafaia disse estar em jogo, nesse caso, o interesse dos petistas que querem desviar a atenção da opinião pública para a posse de dois de seus integrantes condenados pelo crime do mensalão em uma das mais importantes comissões da Câmara. Trata-se dos deputados José Genoíno e João Paulo Cunha, que agora fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça. “Eles [os petistas] precisavam desviar da sociedade o foco deste fato”, afirmou Malafaia. Outro motivo, segundo ele, é que Feliciano é “um ferrenho opositor dos privilégios” defendidos pelos ativistas gays, além de combater, por exemplo, a legaliza

Drauzio Varella afirma por que ateus despertam a ira de religiosos

Xuxa pede mobilização contra o 'monstro' Marco Feliciano

Pela primeira vez a apresentadora se envolve em uma polêmica A apresentadora da Rede Globo Xuxa (foto) afirmou em sua página no Facebook que o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, não é “um religioso, é um monstro”. Sem citar o nome de Feliciano, ela ficou indignada ao ler que “esse deputado disse que negros, aidéticos e homossexuais não têm alma”. “Vamos fazer alguma coisa! Em nome de Deus, ele não pode ter poder.” É a primeira vez que Xuxa pede mobilização de seus fãs em uma questão polêmica. Amiga do padre Marcelo Rossi, ela é católica praticante. No Facebook, em seu desabafo, escreveu sete vezes a palavra "Deus" e argumentou que todos sabem que ela respeita todas as religiões. A apresentadora também se mostrou abalada ao saber que Feliciano, durante uma pregação, pediu a senha do cartão bancário de um fiel. “O que é isso, meu povo?” “Essa pessoa não pode ser presidente da C