"Não há nada mais ofensivo do que espalhar os miolos de alguém" |
Para Verissimo, não há nada mais ofensivo do que um tiro na cabeça. “Não posso imaginar uma blasfêmia maior do que espalhar os miolos de alguém com um Ak-47.”
O jurista Aloisio Toledo Cesar, secretário de Justiça do governo de São Paulo, é exemplo daqueles para os quais o Charlie Hebdo se expede em suas retratações a Maomé. Ele afirmou que “essa torpe atitude soa quase como uma declaração de guerra [aos muçulmanos]”.
Verissimo, em sua crônica publicada hoje em vários jornais, escreveu que “quem não crê em nenhum deus não pode, por definição, ser um blasfemo”.
Explicou que “blasfêmia” significa afronta a divindades, as quais para os descrentes evidentemente não existe.
Portanto, “a verdadeira discussão não é sobre o que as pessoas consideram blasfêmia, mas sobre o que consideram sagrado.”
Assim, argumentou, para quem acreditar que o sagrado é a vida humana, a livre expressão e o direito de pensar, a blasfêmia é, muitas vezes, o que se faz em nome de crenças.
Verissimo escreveu que, nesse caso, não estava se referindo apenas aos atentados islâmicos, mas também à Igreja Católica Romana no tempo em que ela queimava vivo quem era ateu.
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Verissimo comenta o poder de uma mera suposição — Deus
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