Pelo critério da editora escolar, a Peppa Pig não entra em seus livros |
A informação foi revelada durante um programa da Radio 4, da BBC, que discutia a liberdade de imprensa após o atentado religioso à redação do jornal francês satírico Charlie Hebdo.
Jim Naughtie, apresentador do programa, é marido da escritora Eleanor Updale, que está negociando com a editora a publicação de uma série de livros didáticos.
Naughtie disse que tem uma cópia da carta que a editora enviou aos autores comunicando o veto. “Isso só pode ser uma piada, é rídiculo”, disse ele.
Um porta-voz da editora confirmou a decisão. Argumentou que a Oxford University Press vende livros para cerca de 200 países e, por isso, tem de estar atenta para não ofender diferentes comunidades religiosas. “Respeitamos as diferenças sociais e as sensibilidades religiosas.”
Por esse critério, é de se supor que a Editora não tenha em seu catálogo, entre outros livros, os “Três Porquinhos” ou a "Peppa Pig", cujo desenho animado faz sucesso em vários países, incluindo o Brasil.
O deputado muçulmano trabalhista Khalid Mahmood também considerou como ridícula o veto da editora. “Isso é ir longe demais.”
O deputado Philip Davies, do Partido Conservador, se perguntou: “Como alguém pode achar que a palavra “porco” é ofensiva?”
Para ele, nenhuma palavra é ofensiva. “É o contexto em que uma palavra for usada é que pode ser ofensivo ou não.”
Judeus consultados pelo Daily News disseram que a sua religião proíbe o consumo de carne suína, mas não o uso da palavra “porco” e suas derivadas.
Com 2.500 seguidores, no Facebook britânico havia até recentemente o grupo "Muçulmanos contra Peppa Pig", que reivindicava a suspensão na TV do desenho animado da família de porquinhos, Criado no dia 23 de agosto de 2014, o grupo foi retirado da rede social.
Com informação do Daily News e outras fontes.
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