"É fabuloso entender que somos frutos da evolução" |
Ele afirmou em uma entrevista que não acredita em Deus, mas “na ordem geral das coisas”, o que inclui a explicação da teoria do naturalista Darwin.
Salgado nasceu no dia 8 de fevereiro em 1944 na vila de Conceição do Capim, distrito de Aimorés, em Minas Gerais. Formou-se em 1967 em economia na USP. No mesmo ano se casou com Lélia Deluiz Wanick.
Ambos se engajaram na luta contra a ditadura militar brasileira. Foram amigos de líder revolucionário Carlos Marighella.
Salgado ganhou os principais prêmios de fotografias do mundo. Em 1994, criou sua própria agência de imagens, "Imagens da Amazônia". Suas fotos, sempre em preto e branco, são descritas como “sociais” e “documentais”.
O casal tem dois filhos. Um deles, Juliano Ribeiro Salgado, dirigiu com Wim Wenders o documentário "O sal da terra" sobre o seu pai.
Indicado para o Oscar de 2015, o documentário conta como foi a expedição de Salgado na realização do seu projeto “Gênesis”, que registrou regiões e civilizações inexploradas ou poucas conhecidas. No total, são 245 imagens captadas ao longo de oito anos. As fotos estão agrupadas pelos temas “Confins do Sul", "Santuários Naturais", "África", "Terras do Norte" e "Amazônia e Pantanal”.
Salgado começou em 2004 sua expedição pelas Ilhas de Galápagos, no Equador, que é o local onde Darwin terminou sua viagem a bordo do barco Beagle, de 1831 a 1836, em suas pesquisas para a elaboração da teoria da evolução das espécimes.
No livro das fotos da coleção “Gênesis”, Salgado disse que foi a Galápagos para tentar entender um pouco que ali Darwin viu.
“Deu para ver a diferença da mesma espécie evoluindo em ecossistemas distintos”, disse. “ Vi, por exemplo, tartarugas que tinham 20 centímetros de pescoço e tartarugas da mesma espécie com quase um metro de pescoço. Isso porque a comida era muito alta em determinadas ilhas, e elas foram obrigadas a se adaptar.”
Salgado viu os mesmos animais evoluindo em diferentes ecossistemas |
No livro “Da Minha Terra à Terra”, Salgado escreveu que antes do projeto “Gênesis” só tinha fotografado uma única espécie, o homem.
“Desde o primeiro dia, compreendi que para fotografar um animal é preciso amá-lo, sentir prazer em contemplar sua beleza, seus contornos. É preciso respeitá-lo, preservar seu espaço e seu conforto ao se aproximar, observá-lo e fotografá-lo.”
Informações de entrevistas concedidas por Sebastião Salgado e outras fontes e foto de divulgação.
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