"Poupar o islamismo é insano" |
Harris argumentou que a livre expressão do pensamento não entra em conflito com a liberdade de religião porque, nesse caso, ninguém é impedido de seguir e praticar sua crença.
Já os islâmicos, acrescentou, não podem usar a liberdade de religião para impor sua crença a outros, porque isso é teocracia e não tem em comum com os valores democráticos do Ocidente.
Ele também disse que não aceita os argumentos de alguns liberais norte-americanos segundo os quais o ataque ao Charlie se deve não a convicções islâmicas, mas à opressão do capitalismo a minorias e ao racismo dos jornalistas do jornal francês.
Para Harris, esses liberais perderam completamente o nexo sobre o Islã.
O neurocientista afirmou que é “insana” a análise que poupa o islamismo de responsabilidade pelo atentado, colocando a culpa no capitalismo.
Argumentou que, mesmo levando em conta tudo de errado do capitalismo e da história do colonialismo, não dá para “negar que esses maníacos religiosos são movidos por preocupações sobre blasfêmia e a representação de Maomé”.
“Eles [os maníacos] consideram seu comportamento totalmente ético à luz de doutrinas religiosas específicas.”
Harris também criticou a mídia por não reproduzir em massa, após o atentado, as charges do Charlie Hebdo, formando, assim, “uma frente unida contra esta teocracia rasteira”.
Afirmou que, ao não reagir a essa teocracia, a mídia acaba colocando todos os dias em perigo a vida de cartunistas, jornalistas, pensadores livres e intelectuais que participam do debate público. “Nós estamos prejudicando a nós mesmos”, disse.
“É isso que vai permitir que alguém pegue um fuzil AK-47 e mate cartunista e grite:’Deus é grande’”.
Com informação do podcast de Sam Harris.
Com informação do podcast de Sam Harris.
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