'Quando a religião combina com armas, torna-se uma ameaça para nossas liberdades' |
Como todas e qualquer ideia, a religião tem de ser satirizada e criticada, afirmou ao Wall Street Journal o escritor Salman Rushdie (foto) ao comentar o atentado de islâmicos no dia 7 de janeiro de 2015 ao jornal francês satírico Charlie Hebdo, causando a morte de jornalistas.
“A religião é uma forma medieval de irracionalidade”, disse. “Quando ela é combinada com armamento moderno torna-se numa ameaça real para as nossas liberdades.”
“O totalitarismo religioso causou uma mutação mortal no coração do Islã, e vemos hoje as consequências trágicas em Paris.”
Rushdie é romancista britânico indiano. Em 1988, ele publicou “Versos Satânicos”, um romance proibido em países de muçulmanos por ser considerado ofensivo ao Islã. O aiatolá Ruhollah Komeini decretou em 1989 uma fatwa (pena de morte) contra o escritor, que passou a viver sob proteção policial.
O escritor lamentou a morte dos jornalistas porque, disse, Charlie Hebdo põe em prática a sátira, “que tem sido sempre uma força pela liberdade e contra a tirania, desonestidade e estupidez”.
Charlie Hebdo faz sátira não só com assuntos religiosos, mas também tem com alvo temas como política, sistema bancário e a polícia. Mas só fanáticos do Islã tinham mandado avisar o hebdomadário que se colocam acima de qualquer crítica ou questionamento. Em uma madrugada de novembro de 2011 eles jogaram uma bomba molotov na redação do jornal, e ninguém saiu ferido.
Charlie Hebdo estava na mira dos fanáticos do Islã desde 2006, quando o jornal publicou 11 páginas de caricaturas de Maomé.
Em uma das caricaturas, o profeta, em lágrimas, dizia: “É duro ser amado por tontos”.
Com informação das agências e deste site e foto de divulgação.
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