Montagem mostra imagens que não são da Parada Gay |
Os deputados federais de militância cristã que fizeram na quarta-feira (10) um protesto no plenário contra a 19ª Parada Gay de São Paulo, realizada no dia 7 deste mês, manipularam um painel de oito fotos de modo a ressaltar a suposta indecência do evento dos homossexuais e do movimento “Marcha das Vadias”
O painel tem o título “Parada Gay – Marcha das Vadias – Marcha da Maconha patrocinados (sic) com dinheiro público”.
O painel tem o título “Parada Gay – Marcha das Vadias – Marcha da Maconha patrocinados (sic) com dinheiro público”.
Abaixo das fotos, há uma indagação: “Você é a favor disso?”.
Pelo menos três fotos não têm nada a ver com os eventos contra os quais os deputados estavam protestando.
Uma delas, a do “Jesus gay” beijando outro homem, foi publicada em 2014 pelo site americano Now The End Begins para ilustrar texto sobre a polêmica peça “Corpus Christi”, de Terrence McNally.
A foto atribuída à Marcha das Vadias, que mostra duas mulheres crucificadas se beijando diante de uma igreja, é na verdade de uma manifestação a favor do voto laico realizada em outubro de 2014 defronte à Igreja da Candelária, no Rio.
As ativistas Sara Winter e Bia Spring organizaram esse protesto na época das eleições porque ficaram indignadas com o discurso de ódio na TV aos homossexuais do candidato a presidente Levy Fidelix (PRTB).
A terceira foto — de um homem enfiando um suposto crucifixo no ânus de outro — não pode ser da 19ª Parada Gay paulista porque ela se encontra disponível na internet desde 2013, pelo menos, conforme apurou este site.
Emilio Sant’Annade, da Folha de S.Paulo, questionou o deputado Paulo Freire (PR-SP), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, sobre a credibilidade das fotos do painel.
O parlamentar respondeu que ia conversar com seus colegas evangélicos e católicos para que eles dessem uma satisfação ao público, caso necessário.
Para o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), “é irrelevante” o fato de o beijo do “Jesus gay” não ter ocorrido na Parada Gay, porque, segundo ele, o que marcou mesmo o evento foi o transexual que simulou ser o Jesus crucificado. “Poderiam ser 150 mil imagens, um trilhão, mas a imagem símbolo para mim é a da crucificação."
Fernando Quaresma, presidente da associação que organiza a Parada Gay, informou que vai recorrer ao Ministério Público contra os deputados evangélicos e católicos pelo "jogo sujo" de terem manipulado as imagens com o propósito de levar a população e patrocinadores a um “erro de interpretação”.
Pelo menos três fotos não têm nada a ver com os eventos contra os quais os deputados estavam protestando.
Uma delas, a do “Jesus gay” beijando outro homem, foi publicada em 2014 pelo site americano Now The End Begins para ilustrar texto sobre a polêmica peça “Corpus Christi”, de Terrence McNally.
A foto atribuída à Marcha das Vadias, que mostra duas mulheres crucificadas se beijando diante de uma igreja, é na verdade de uma manifestação a favor do voto laico realizada em outubro de 2014 defronte à Igreja da Candelária, no Rio.
As ativistas Sara Winter e Bia Spring organizaram esse protesto na época das eleições porque ficaram indignadas com o discurso de ódio na TV aos homossexuais do candidato a presidente Levy Fidelix (PRTB).
A terceira foto — de um homem enfiando um suposto crucifixo no ânus de outro — não pode ser da 19ª Parada Gay paulista porque ela se encontra disponível na internet desde 2013, pelo menos, conforme apurou este site.
Emilio Sant’Annade, da Folha de S.Paulo, questionou o deputado Paulo Freire (PR-SP), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, sobre a credibilidade das fotos do painel.
O parlamentar respondeu que ia conversar com seus colegas evangélicos e católicos para que eles dessem uma satisfação ao público, caso necessário.
Para o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), “é irrelevante” o fato de o beijo do “Jesus gay” não ter ocorrido na Parada Gay, porque, segundo ele, o que marcou mesmo o evento foi o transexual que simulou ser o Jesus crucificado. “Poderiam ser 150 mil imagens, um trilhão, mas a imagem símbolo para mim é a da crucificação."
Fernando Quaresma, presidente da associação que organiza a Parada Gay, informou que vai recorrer ao Ministério Público contra os deputados evangélicos e católicos pelo "jogo sujo" de terem manipulado as imagens com o propósito de levar a população e patrocinadores a um “erro de interpretação”.
Painel foi "jogo sujo", diz organizador do Parada |
Com informações deste site, Folha de S.Paulo, G1 e outras fontes e reprodução de imagens.
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