Evangélicas alegam que vestimenta é do candomblé |
Elas alegam que essas roupas são do candomblé — religião de afrodescendentes associada ao diabo por pastores.
Com o apoio da Associação Nacional de Baianas do Acarajé e de Mingau, a Prefeitura de Salvador regulamentou profissão de baiana do acarajé e o uso das roupas típicas é obrigatório, para incentivar o turismo.
Desde 2005, a profissão é reconhecida pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico) como patrimônio imaterial.
A baiana do acarajé é um símbolo da Bahia, disse um porta-voz da prefeitura.
Pela tradição, ao montarem o tabuleiro no início da jornada, as baianas preparam sete acarajés e os oferecem a divindades que representam as crianças.
Contudo, em vez disso, as baianas evangélicas rezam um pai-nosso e evitam vestimentas brancas.
Algumas delas substituíram o nome “acarajé” por “bolinho de Jesus”.
Baianas tradicionais criticam suas colegas evangélicas. “Não dá para ser baiana do acarajé usando short, avental ou guarda-pó”, disse Júlia Rodrigues dos Santos.
Em um artigo escrito em 2011, o pastor Ricardo Gondim, que é um observador crítico da expansão das igrejas neopentecostais, disse que a evangelização do Brasil representa uma ameaça aos valores da cultura brasileira.
Com informação da Folha de S.Paulo e foto de divulgação.
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‘Deus nos livre de um Brasil evangélico’, escreve pastor
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