Maior grupo tem 4.594 membros |
Atualização de julho de 2017: os grupos citados nesta reportagem foram deletados.
O Facebook tem pelo menos 13 grupos, todos fechados, identificados como “Sharia (leis islâmicas) para o Brasil”. Provavelmente, por terem exatamente o mesmo nome, foram criados pela mesma pessoa.
Aparentemente, apenas o grupo que tem mais membros, 4.594, está ativo. Os demais não chegam a ter 50 membros, cada um deles.
As leis islâmicas que compõem o conjunto chamado "sharia" foram criadas centenas de anos após a morte de Maomé. Elas determinam princípios e ritos que os muçulmanos devem seguir, de modo que possam ir para o céu quando morrerem.
Dependendo do país muçulmano, a sharia pode ter uma interpretação moderada ou literal e, portanto, radical, conforme ocorre com os extremistas do Estado Islâmico, por exemplo.
De qualquer forma, o fato é que, por motivo óbvio, a sharia é incompatível com o regime democrático laico.
Por isso é que quem criou no Facebook os grupos “Sharia para o Brasil” é um provocador ou um desocupado que resolveu fazer uma brincadeira sem graça ou ainda um muçulmano que sonha que as leis islâmicas um dia possam ser adotadas no Brasil.
No maior grupo, ao qual este site teve acesso por alguns dias, há poucas postagens, e algumas delas são de críticas ao terrorismo do Estado Islâmico. Há ali, também, postagens "neutras", notícias.
Após o atentado no dia 13 de novembro de 2015 a Paris, a Polícia Federal reforçou o monitoramento da internet, focando-se em tudo que possa ter uma relação com islamismo, como esses grupos do Facebook.
O objetivo da Polícia Federal é detectar indícios de recrutamento de brasileiros por parte de terroristas estrangeiros e até a intenção de alguém querer se tornar um lobo solitário sob a inspiração do proselitismo do Estado Islâmico.
Em 2016, o Brasil vai sediar as olimpíadas, tornando-se, portanto, em um holofote mundial para atos terroristas.
O Facebook também tem passado filtro em suas páginas para pegar mensagens suspeitas de serem de terroristas.
Quem conseguir ser aceito pelo administrador do maior grupo “Sharia (leis islâmicas) para o Brasil”, por exemplo, poderá ser impedido pelo Facebook de fazer postagem por algum tempo. Além de entrar na lista da Polícia Federal.
Estado Islâmico estaria recrutando brasileiros
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