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Ilusão da presença de Deus vem do cérebro infantil, afirma neurocientista

Cientista afirma que a sensação de um deus amoroso substitui no individuo adulto a imagem da mãe protetora que ele tinha quando criança


O biólogo e neurocientista John Wathey pesquisou a sensação intuitiva que pessoas das diversas religiões e culturas têm da presença de Deus e chegou a uma conclusão: trata-se de uma sequela do cérebro infantil.

Ele escreveu um livro explicando que os circuitos neurais evoluíram para promover um forte vínculo entre mãe e filho.

Esse ser amoroso que responde às necessidades infantis acaba sendo substituído quando a criança se torna adulta pela figura protetora de Deus, transferindo um sentimento inato para o campo da religião.

Assim, para ele, Deus pode ser interpretado cientificamente como “estímulos ilusórios que enchem um vácuo emocional e cognitivo que sobraram da infância”.

Wathey disse que resolveu escrever The Illusion of God's Presence: The Biological Origins of Spiritual Longing ["A Ilusão da presença de Deus: as origens biológicas de anseio espiritual"] ao perceber que a religião tem características infantis. “Isso é algo que merece ser destacado.”

O neurocientista argumentou que essa pode ser a explicação, entre outros atitudes, das obsessões religiosas por sexo, do fascínio por cultos e da misteriosa compulsão por orar.

“A oração é quase universal em quase todas as religiões, mas é bastante óbvio que a ela é inútil”, disse.

“Deus sabe o que queremos, e então qual é o propósito de pedir favores a Ele?”

Wathey: Deus
é o resultado de
estímulos ilusórios

No entendimento de Wathey, a oração é um fenômeno biológico.

“Eu acho que se trata de um instinto dos humanos que, na infância, choram para despertar a atenção da mãe, já que os bebês são completamente indefesos.”

O neurocientista afirmou que essa extrema dependência do bebê pela mãe (ou de Deus, por parte do adulto) fez sentido nos primórdios da humanidade, quando nossa espécie tinha poucos indivíduos em relação à extensão da Terra e corria o risco de ser extinta.

Nos atuais dias, disse, levando em conta a superpopulação, esse sentimento de dependência é um legado inútil, e a evolução tende a aboli-lo.

Com informação do site Point of Inquiry, da resenha do livro e de outras fontes e com fotos de divulgação. 

• Deus judaico-cristão tem perfil psicológico de serial killer

Comentários

Anônimo disse…
Excelente artigo
Leandro Bueno disse…
Será que caras como Soren Kierkegaard, Jung, C.S. Lewis, e tantos outros gênios tinham cérebros infantil. Que lixo esse neurocientista falou. Muito mais honesto intelectualmente seria dizer que não acredita em Deus que falar uma sandice destas.
Anônimo disse…
Quem não acredita que deus é um legado da mente infantil também tem mente infantil.
Elma Carneiro disse…
Acredito nas declarações do biólogo e neurocientista John Wathey. A crença em Deus ou deuses é um reflexo da infantilidade do indivíduo pela necessidade de ter um pai que o proteja. Para mim Deus não tem lógica, mas o homem sempre o cria, sai um milênio e entra outro, mas e o homem vai continuar criando seus deuses.
Bosco Ferreira disse…
Se Deus tivesse sido criado pela mulher, a sua imagem, semelhança e imperfeições. Uma matriarca, não seria melhor que esse Deus patriarcal criado pelo homem, a sua imagem, semelhança e imperfeição? Ou seriam iguais?
Fernando disse…
Os milagres e a ressurreição de Jesus não é ilusão. Falta pouco tempo para vermos o quão grande é essa ilusão.
Mateus Talles disse…
@Bosco Ferreira O cientista citado mencionou o deus amoroso, tipo Jesus. Mas o Deus do Velho Testamento deve estar mais apropriado a um pai autoritário e misógino, mas superprotetor.
betoquintas disse…
A obsessão por definir a existência apenas por coisas que possuem evidência não são apenas outra forma de pensamento infantil? 😏🤭
Paulo Lopes disse…
Betoquintas, você tem alguma evidência do que diz ou só é mesmo achismo?
@Leandro Bueno O Universo foi criado por Nhanderuvuçu, mas você adora Javé, o deus falso dum livro lixo. Você está a caminho do inferno de Nhanderuvuçu, mas ainda dá tempo de você se arrepender.
Robert Saint disse…
Já evoluímos muito a ponto de não acreditar mais em muitas superstições e deuses antigos, mas ainda não evoluímos o suficiente pra deixar de crer em todas as superstições. É da natureza humana crer em superstições e leva-se muito tempo pra descobrir que elas são fruto de nossa ignorância.
betoquintas disse…
E o neurologista tem alguma evidência ou é puro achismo? 😏🤭

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