Pular para o conteúdo principal

Best-seller 'Deus não é Grande' tem nova edição no Brasil

da Globo Livros
editora que está relançando o livro

“Deus não criou o homem à sua própria imagem, foi o contrário”. Essa afirmação norteia o escritor e jornalista britânico Christopher Hitchens (foto) no livro "Deus não é grande – como a religião envenena tudo". Como todo e qualquer ser supremo, na verdade, Deus não passaria de uma criação humana, e as consequências disso são a profusão de deuses e de religiões e as guerras entre e no interior dos credos e que retardaram o desenvolvimento da civilização.

Livro de Hitchens mostra
como a religião retarda
progresso da civilização
A religião organizada, por ser imoral, irracional, intolerante e racista, segundo o autor, degrada as crianças ao doutriná-las e provoca a repressão sexual; controla a alimentação e aumenta a culpa ao multiplicar as proibições mais arbitrárias possíveis; distorce as origens do ser humano e do cosmos; incentiva o fanatismo, sendo cúmplice da ignorância e do obscurantismo. Mesclando erudição e humor, Hitchens chega a essas conclusões se apoiando em experiências pessoais, fatos históricos e análises críticas de textos religiosos. As análises se concentram no cristianismo, judaísmo e islamismo, mas também há menções ao budismo e ao hinduísmo.

Sua perspicácia o levou a travar célebres embates contra ícones incontestáveis da religiosidade e do bem, como madre Teresa de Calcutá, que será canonizada pelo Vaticano em setembro 2016.

Hitchens relata como o jornalista Malcolm Muggeridge lançou a marca “Madre Teresa” em todo o mundo ao contar o episódio em que ela teria emitido um brilho, um halo luminoso. A verdade, esclarece Hitchens, é que o suposto “milagre” devia-se à filmagem em condições de pouca luz e com um novo tipo de filme da Kodak.

Suas objeções à fé religiosa também englobam casos de pedofilia na Igreja Católica dos Estados Unidos, episódios de intolerância religiosa entre católicos e protestantes na Europa e conflitos motivados pelo radicalismo de judeus e muçulmanos no Oriente Médio.

Hitchens defende que nenhuma religião oferece uma resposta satisfatória às questões fundamentais da existência humana, cujos dilemas morais e éticos, segundo ele, estariam mais bem representados em autores clássicos, como Shakespeare, Dostoiévski e Tólstoi, do que em qualquer escritura sagrada. Em sua visão, o ideal seria que a ética e a investigação científica substituíssem a religião. 

“Se você dedicar um pouco de tempo a estudar as impressionantes fotografias tiradas pelo telescópio Hubble, estará examinando coisas que são muito mais assombrosas e belas – e mais caóticas e atordoantes e ameaçadoras – que qualquer história da criação”, assegura o autor.

Herdeiro intelectual de George Orwell e de Thomas Paine, Christopher Hitchens foi um autêntico livre pensador e manteve sua coragem e seus princípios até o fim da vida. Morreu em 2011, um ano e meio depois de descobrir que tinha câncer no esôfago, e não se curvou nem nesse momento diante de divindades ou de religiões.

O livro de Hitchens foi lançada pela primeira vez no Brasil em 2007, pela Ediouro.





Hitchens afirma que Jesus supera Deus em crueldade

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Estado laico coloca a religião na esfera privada e impede que ela seja usada pelo governo

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Pai de vocalista dos Mamonas processa Feliciano por dizer que morte foi por ordem de Deus

Reação de aluno ateu a bullying acaba com pai-nosso na escola

O estudante já vinha sendo intimidado O estudante Ciel Vieira (foto), 17, de Miraí (MG), não se conformava com a atitude da professora de geografia Lila Jane de Paula de iniciar a aula com um pai-nosso. Um dia, ele se manteve em silêncio, o que levou a professora a dizer: “Jovem que não tem Deus no coração nunca vai ser nada na vida”. Era um recado para ele. Na classe, todos sabem que ele é ateu. A escola se chama Santo  Antônio e é do ensino estadual de Minas. Miraí é uma cidade pequena. Tem cerca de 14 mil habitantes e fica a 300 km de Belo Horizonte. Quando houve outra aula, Ciel disse para a professora que ela estava desrespeitando a Constituição que determina a laicidade do Estado. Lila afirmou não existir nenhuma lei que a impeça de rezar, o que ela faz havia 25 anos e que não ia parar, mesmo se ele levasse um juiz à sala de aula. Na aula seguinte, Ciel chegou atrasado, quando a oração estava começando, e percebeu ele tinha sido incluído no pai-nosso. Aparentemen...

Padre acusa ateus de defenderem com 'beligerância' a teoria da evolução

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Liminar derruba pai-nosso em escolas de Rio Preto. Vitória do Estado laico

Cristianismo é a religião que mais perseguiu o conhecimento científico

Cristãos foram os inventores da queima de livros LUÍS CARLOS BALREIRA / opinião As epidemias e pandemias durante milhares de anos antes do cristianismo tiveram as mais estapafúrdias explicações dos deuses. Algumas mentes brilhantes da antiguidade, tais como Imhotep (2686-2613 a.C.) e Hipócrates (460-377 a.C.) tentaram passar explicações científicas para as massas de fanáticos religiosos, ignorantes, bestas humanas. Com a chegada ao mundo das feras cristãs, mergulhamos numa era de 2000 anos de trevas e ignorância. Os cristãos foram os inventores da queima de livros e bibliotecas. O cristianismo foi a religião que mais perseguiu o conhecimento científico e os cientistas. O Serapeu foi destruído em 342 d.C. por ordem de um bispo cristão de Alexandria, sob a proteção de Teodósio I.  Morte de Hipatia de Alexandrina em ilustração de um livro do século 19 A grande cientista Hipátia de Alexandria (351/370) foi despida em praça pública e dilacerada viva pelas feras e bestas imundas cristãs...

O que houve com as entidades de defesa do Estado laico? Evaporou pelo Bule de Russell?