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Existência do mal descarta a existência de Deus, diz filósofo



da Livraria Folha

Há muitas respostas teístas ao problema do mal. Alguns argumentam que a existência do mal é de alguma forma necessária, uma parte crucial do plano divino de Deus. Outros frisam que alguns males avassaladores são um teste no qual estamos fadados a fracassar. É o que afirma o filósofo americano James Garvey em "Filosofia".

Epicuro teria sido
autor da questão
Deus versus Mal
Ele escreve que é possível chegar à conclusão de que a existência do mal é incompatível com a existência de um Deus onisciente, onipotente e onibenevolente.

"Se algo deve ser rejeitado, é a existência de Deus, pois o que não podemos negar é o fato de que existe mal no mundo".

Garvey explica que a primeira formulação sobre "o problema do mal" para o teísmo provavelmente foi de autoria de Epicuro, um filósofo da Grécia antiga.

Embora seja impossível saber exatamente o que Epicuro disse, ele não estava exatamente argumentando pelo ateísmo.

"Seu objetivo geral era eliminar o medo das vidas humanas, e uma grande fonte de temor à sua época era o medo dos deuses. Você nunca sabia se estava na sua hora de receber um belo castigo. Mas, dada a existência do mal (ou melhor, do mal imerecido), parecia que os deuses não tinham muito a fazer com as vidas humanas".

Seguindo esta lógica, é possível concluir que ou os deuses querem fazer algo a respeito do mal e não podem, ou eles podem e não fazem. "Desse modo, ou eles são impotentes, portanto nada com o que devamos nos preocupar, ou perversos, e portanto não são realmente deuses".

"Filosofia" traz as respostas para perguntas sobre as mais importantes teorias da área, explicadas de modo acessível e fácil de entender. Editado por Barry Loewer, chefe do Departamento de Filosofia da Rutgers University, nos Estados Unidos, o livro faz parte de uma série publicada pela Publifolha cujos outros volumes são "Arquitetura","Matemática" e "Psicologia".



Professor de filosofia escreve ‘Manual para criação de ateus’

Comentários

Deus é um ser imaginário da mesma natureza dos outros deuses, divindades, santos, etc. Num certo momento histórico os judeus, que até então eram politeístas, adotaram o Deus Único como forma de se aglutinarem e afastar os conflitos entre suas tribos. As dezenas de deuses mencionados na Bíblia comprovam o politeísmo judaico. Todos os salvadores, messias, profetas e pregadores são os precursores dos atuais exploradores de nossa credulidade. Ainda assim, afastar de nossas mentes o Deus herdado desde o colo da mãe é uma tarefa impossível para muitos.

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