Em março de 2009, dom José Cardoso Sobrinho, então arcebispo de Olinda e Recife, excomungou o médico obstetra Olímpio Moraes (foto) por ele ter feito aborto em uma menina de 9 anos estuprada pelo padrasto — grávida de gêmeos, ela corria risco de morte.
Em 2006, Moraes já tinha sido excomungado por ter distribuído a pílula do dia seguinte durante o Carnaval.
Tantos anos depois, o médico continua defensor do aborto, ainda mais agora, com o nascimento de bebês com microcefalia supostamente por causa do zika vírus, mas a sua crença em Deus já não é mais a mesma.
“Minha exclusão [da Igreja] levou-me a questionar a vida eterna e se existe um deus”, disse ele a Janet Tappin Coelho, correspondente no Brasil do site Religion News Service.
Sua esposa e três filhos continuam frequentando a Igreja. Às vezes, Moraes os acompanha.
Atualmente com 54 anos, ele disse que, das excomunhões para cá, reafirmou seu compromisso de “ter compaixão, a compreensão do sofrimento e mostrando respeito pelo direito da mulher de escolher o que acontece com seu corpo ". O que a Igreja não faz.
O médico entende que não pode se omitir principalmente porque se encontra em uma região onde começou o surto do zika, na costa do nordeste. Ele é diretor do Centro de Atenção Integrada de Saúde, no Recife, e vice-presidente no nordeste da Associação Federal do Brasil de Ginecologista e Obstetras.
“As mulheres pobres e negras são as que sofrem”, disse ele. “Porque não pode pagar um aborto e vivem na periferia sem condições básicas de saúde.”
Quando foi excomungado pela segunda vez, Moraes foi informado de que, se houvesse arrependimento, ele seria aceito de novo pela Igreja. Na época, ele foi muito claro: “Eu não me arrependo de nada que fiz”.
Não se sabe se o padastro-estuprador se arrependeu. A rigor, ele não precisaria, porque a Igreja o poupou da excomunhão.
Com informação do RNS e foto do Facebook.
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Igreja Católica não excomunga seus estupradores, diz Varella
Caso da menina estuprada pela padrasto
Moraes foi excomungado por aborto em garota que corria risco de morte |
Tantos anos depois, o médico continua defensor do aborto, ainda mais agora, com o nascimento de bebês com microcefalia supostamente por causa do zika vírus, mas a sua crença em Deus já não é mais a mesma.
“Minha exclusão [da Igreja] levou-me a questionar a vida eterna e se existe um deus”, disse ele a Janet Tappin Coelho, correspondente no Brasil do site Religion News Service.
Sua esposa e três filhos continuam frequentando a Igreja. Às vezes, Moraes os acompanha.
Atualmente com 54 anos, ele disse que, das excomunhões para cá, reafirmou seu compromisso de “ter compaixão, a compreensão do sofrimento e mostrando respeito pelo direito da mulher de escolher o que acontece com seu corpo ". O que a Igreja não faz.
O médico entende que não pode se omitir principalmente porque se encontra em uma região onde começou o surto do zika, na costa do nordeste. Ele é diretor do Centro de Atenção Integrada de Saúde, no Recife, e vice-presidente no nordeste da Associação Federal do Brasil de Ginecologista e Obstetras.
“As mulheres pobres e negras são as que sofrem”, disse ele. “Porque não pode pagar um aborto e vivem na periferia sem condições básicas de saúde.”
Quando foi excomungado pela segunda vez, Moraes foi informado de que, se houvesse arrependimento, ele seria aceito de novo pela Igreja. Na época, ele foi muito claro: “Eu não me arrependo de nada que fiz”.
Não se sabe se o padastro-estuprador se arrependeu. A rigor, ele não precisaria, porque a Igreja o poupou da excomunhão.
Com informação do RNS e foto do Facebook.
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