O bispo diocesano Pedro Carlos Cipollini (foto), de Santo André (SP), referindo-se aos ateus militantes, como Richard Dawkins, e à Inquisição, perguntou: “Será que agora serão os crentes que irão para as fogueiras acesas por cientistas e ateus?”
Preocupado, Cipollini disse que os ataques desses ateus mudaram de alvo, da religião para a existência de Deus, que, para eles, é “uma ilusão maléfica para o ser humano”.
Concluiu que esses descrentes já acenderam “a fogueira das vaidades, com discursos prepotentes sobre a fé”.
Curiosamente, o próprio Cipollini pode ser acusado de ter discurso prepotente, porque ele acha que, a rigor, não existem pessoas ateias, mas apenas descrentes “em relação a certas imagens de Deus”.
O que ocorre, segundo ele, é que as pessoas, quando se defrontam com o sentimento de finitude, tomam o caminho do desespero, que levou Nietzsche à loucura, ou o da santidade, como Gandhi.
Não se sabe a quem o bispo se refere quando fala sobre aqueles que se miram no exemplo de Gandhi, o qual, sim, agia como se fosse um santo se oferecendo ao martírio.
Quanto a Nietzsche, ateus certamente acham honrosa a comparação feita com ele.
O filósofo alemão não achava ter uma vida vazia, como o bispo acredita que tenha sido, porque escreveu uma obra monumental, alimentando a expectativa de obter reconhecimento no futuro, o que acabou ocorrendo.
Nietzsche, aliás, não ficou demente por não ter Deus no coração, mas por algo prosaico, ao menos na época dele. A sífilis.
Cipollini sugere que ateus querem promover uma Inquisição |
Concluiu que esses descrentes já acenderam “a fogueira das vaidades, com discursos prepotentes sobre a fé”.
Curiosamente, o próprio Cipollini pode ser acusado de ter discurso prepotente, porque ele acha que, a rigor, não existem pessoas ateias, mas apenas descrentes “em relação a certas imagens de Deus”.
O que ocorre, segundo ele, é que as pessoas, quando se defrontam com o sentimento de finitude, tomam o caminho do desespero, que levou Nietzsche à loucura, ou o da santidade, como Gandhi.
Não se sabe a quem o bispo se refere quando fala sobre aqueles que se miram no exemplo de Gandhi, o qual, sim, agia como se fosse um santo se oferecendo ao martírio.
Quanto a Nietzsche, ateus certamente acham honrosa a comparação feita com ele.
O filósofo alemão não achava ter uma vida vazia, como o bispo acredita que tenha sido, porque escreveu uma obra monumental, alimentando a expectativa de obter reconhecimento no futuro, o que acabou ocorrendo.
Nietzsche, aliás, não ficou demente por não ter Deus no coração, mas por algo prosaico, ao menos na época dele. A sífilis.
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