Com o aumento de casamento não religioso no Brasil, as pessoas que celebram união humanista estão cada vez mais sendo procuradas, e o mercado já tem profissionais especializados que conseguem boa remuneração.
Casamento humanista está em ascensão no Brasil e no mundo |
O que era bico acaba-se tornando atividade principal. O celebrante cobra até R$ 24 mil por casamento.
Entre os celebrantes, há atrizes, psicólogos, jornalistas, professores ou publicitário. Há também ex-pastores e ex-padres.
Por motivos óbvios, ateus e agnósticos são quem mais contratam esses profissionais. Mas a escolha tem de ser bem feita, porque tem havido casos em que casais de ateus são surpreendidos por evocação a Deus durante a cerimônia.
Repudiados pelas religiões, casais gays também têm recorrido ao casamento sem padre ou pastor.
O mesmo ocorre com crentes não ligados a nenhuma religião. Esse extrato da população cresceu substancialmente no Brasil nos últimos anos.
A HV7 Cerimonial e Treinamento mantém um curso de formação de celebrantes, com duas turmas por ano.
Fredh Hoss, 44, o dono da empresa, disse que o celebrante deve oferecer um ritual íntimo e personalizado, “com discursos emocionantes e criativos”.
"O celebrante não é um mestre de cerimônias, não é um palestrante, não é um músico e não é leitor”, disse. “É algo mais complexo."
Ricardo Dias, presidente da Abrafesta (Associação Brasileira de Eventos Sociais), disse que as cerimônias estão se tornando cada vez mais informais, trocando a abordagem religiosa por uma linha mais filosófica, que é “algo mais íntimo e moderno”.
Em média, ocorre no Brasil cerca de três mil celebrações por dia, o que equivale a mais de um milhão de casamentos.
Trata-se, portanto, do ponto de vista do celebrante humanista, um grande mercado ainda a ser explorado.
Com informação da Folha de S.Paulo.