Cubano defendia valores cristãos |
Fidel Castro (1926-2016), na foto, foi um ateu que propagava valores cristãos. Há dúvida, inclusive, de que ele tenha sido verdadeiramente um descrente. Entre seus grandes amigos estava o brasileiro Frei Beto.
Castro foi autor de frases como “Ele (Jesus Cristo) foi o primeiro comunista. Repartiu o pão, repartiu os peixes e transformou a água em vinho” e “Quem trai o pobre, trai a Cristo.”
O ditador de Cuba parecia acreditar que Cristo tinha sido uma versão santa do revolucionário Che Guevara.
Certa vez, disse a Frei Beto: "Ao longo destes anos, tive a oportunidade de expressar a coerência que existe entre o pensamento cristão e o pensamento revolucionário".
Fidel teve uma formação jesuíta e foi batizado como católico.
Quando assumiu o poder, com a revolução de 1959, fechou escolas religiosas e perseguiu padres, instituindo o ateísmo de Estado. Cerca de 80% dos sacerdotes tiveram de deixar o país por se sentiram ameaçados, inclusive correndo risco de morte.
Somente em 1992, o IV Congresso do Partido Comunista aceitou a militância dos crentes, admitindo a liberdade de cultos.
Mais recentemente, desde João Paulo II, o governo cubano se aproximou da Igreja Católica.
O papa Francisco, que esteve na ilha em setembro de 2015, teve um papel importante na reaproximação entre Cuba e Estados Unidos.
Embora oficialmente apenas 5% da população sejam católicos, mais de um milhão de pessoas compareceram à missa campal de Francisco.
Na estimativa da Igreja Católica, o real percentual de fiéis representa 60% da população.
Apesar do ateísmo de Estado, i que existe mesmo em Cuba é um sincronismo religiosos, com forte influência africana. Um dos cultos mais populares na ilha é a Santeria, que tem semelhança com a Umbanda.
Nos últimos anos, igrejas evangélicas têm se expandindo em Cuba.
Afastado do poder desde dezembro de 2007, cedendo a cadeira do poder ao seu irmão, Fidel costumava dizer que a história o absolveria. Vai ser difícil em um ocidente que continua valorizando a democracia.
Ele morreu em consequência de um câncer no intestino.
O homofóbico Fidel sempre será um personagem contravertido. Há quem o ame e quem o odeie.
Mas quem negar que somente nos anos 1960 Fidel Castro mandou matar cerca de 10 mil opositores estará fechando os olhos para a verdade.
Com informação das agências e foto de divulgação
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