Sauditas só podem andar acompanhadas por um homem |
por Nona El Naggar
para News York Times"Não podemos nem mesmo ir ao supermercado sem permissão ou um companheiro, e isso é uma coisa simples em uma lista imensa e horrenda de regras que temos que seguir." – Dotops, 24 anos.
"O guardião torna minha vida um inferno!! Quero sair com minhas amigas, sair para almoçar fora. Eu me sinto sem esperança." – Juju19, 21 anos.
"Não me importo por precisar da aprovação do meu pai para coisas das quais ele deve participar. Esses laços sociais muitos fortes vocês nunca, nunca entenderão." – Noura.
"Toda vez que quero viajar, preciso pedir ao meu filho adolescente que me autorize." – Sarah, 42 anos, uma médica em Riad.
Essas são quatro das quase 6.000 mulheres da Arábia Saudita que escreveram nesta semana ao New York Times sobre suas vidas.
Nós fizemos um convite em nosso site e pelo Twitter em conjunto com o lançamento de Ladies First ("Primeiro as Damas"), um documentário que dirigi para o Times sobre as primeiras eleições sauditas em que mulheres foram autorizadas a votar e concorrer para cargos locais.
A Arábia Saudita é uma sociedade incrivelmente privada e patriarcal. Enquanto fazia o filme, muitas mulheres tinham medo de compartilhar suas histórias por temerem uma reação por parte de seus parentes masculinos, que supervisionam todos os aspectos de suas vidas na forma dos chamados guardiões. Nós queríamos ouvir mais sobre seus temores, frustrações e ambições.
A Arábia Saudita conta com uma das taxas mais altas do mundo de uso do Twitter e nossas postagens tiveram ampla circulação. Ficamos impressionados com a resposta.
Grande parte das respostas se concentrou na frustração com as regras que forçam as mulheres a obterem a permissão de um parente masculino, seja o marido, pai, irmão ou até mesmo o filho, para fazer coisas como cursar uma faculdade, viajar para o exterior, casar com a pessoa de sua escolha ou ir a um médico.
Algumas mulheres falaram sobre o orgulho que tinham de sua cultura e expressaram grande desconfiança de forasteiros. Mas muitas delas compartilharam um profundo desejo por mudanças e repetiram a desesperança de Juju19.
Houve uma profunda reação negativa sob o hashtag no Twitter cuja tradução do árabe era "Não conte ao New York Times". E houve uma reação à reação: "não diga ao New York Times que se seu pai te estuprar e você fugir, é você quem irá para a prisão, e se lhe deixarem sair, então você será enviada de volta para ele".
O título do texto é de autoria deste site.
Envio de correção.
"Não me importo por precisar da aprovação do meu pai para coisas das quais ele deve participar. Esses laços sociais muitos fortes vocês nunca, nunca entenderão." – Noura.
"Toda vez que quero viajar, preciso pedir ao meu filho adolescente que me autorize." – Sarah, 42 anos, uma médica em Riad.
Essas são quatro das quase 6.000 mulheres da Arábia Saudita que escreveram nesta semana ao New York Times sobre suas vidas.
Nós fizemos um convite em nosso site e pelo Twitter em conjunto com o lançamento de Ladies First ("Primeiro as Damas"), um documentário que dirigi para o Times sobre as primeiras eleições sauditas em que mulheres foram autorizadas a votar e concorrer para cargos locais.
A Arábia Saudita é uma sociedade incrivelmente privada e patriarcal. Enquanto fazia o filme, muitas mulheres tinham medo de compartilhar suas histórias por temerem uma reação por parte de seus parentes masculinos, que supervisionam todos os aspectos de suas vidas na forma dos chamados guardiões. Nós queríamos ouvir mais sobre seus temores, frustrações e ambições.
A Arábia Saudita conta com uma das taxas mais altas do mundo de uso do Twitter e nossas postagens tiveram ampla circulação. Ficamos impressionados com a resposta.
Grande parte das respostas se concentrou na frustração com as regras que forçam as mulheres a obterem a permissão de um parente masculino, seja o marido, pai, irmão ou até mesmo o filho, para fazer coisas como cursar uma faculdade, viajar para o exterior, casar com a pessoa de sua escolha ou ir a um médico.
Algumas mulheres falaram sobre o orgulho que tinham de sua cultura e expressaram grande desconfiança de forasteiros. Mas muitas delas compartilharam um profundo desejo por mudanças e repetiram a desesperança de Juju19.
Houve uma profunda reação negativa sob o hashtag no Twitter cuja tradução do árabe era "Não conte ao New York Times". E houve uma reação à reação: "não diga ao New York Times que se seu pai te estuprar e você fugir, é você quem irá para a prisão, e se lhe deixarem sair, então você será enviada de volta para ele".
O título do texto é de autoria deste site.
Envio de correção.