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Nativos domesticaram cães mil anos antes da chegada de Cabral

Arqueólogos descobriram indícios de que nativos da região que viria a se chamar de Brasil domesticaram os cães a mais de mil antes da chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500.

Reconstituição
 do Canis lupus
familiaris
Em escavações às margens da lagoa dos Patos, em Pelotas, no Rio Grande do Sul, os arqueólogos descobriram dois dentes molares e fragmentos de maxilar que seriam de um cão domesticado — Canis lupus familiaris — provavelmente de porte médio [ver ilustração].

A estimativa de sua duração no tempo dos achados foi determinada pelo teste do carbono-14.

Um metro e meio abaixo dos ossos do cão havia fragmentos de um crânio e um dente humano.

Tal descoberta indica o forte lanço de afetividade já existente entre o cão e o ser humano.

Pelo estudo publicado na revista International Journal of Osteoarchaeology, a base de alimentação do cão era peixe.

Priscilla Ulguim e arqueólogos brasileiros e argentinos foram os responsáveis pela descoberta.

Ela disse que, a partir desses ossos, poderá se saber mais sobre a domesticação de cães no continente.

Ossos foram descobertos na lagoa 
dos Patos (RS), no Pontal da Barra

Com informação da International Journal of Osteoarchaeology e da Folha de S. Paulo.

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