da assessoria de imprensa das Nações Unidas
O especialista de direitos humanos da ONU sobre liberdade de religião e de crença, Ahmed Shaheed (foto), elogiou hoje (28 de dezembro de 2016) as novas emendas legislativas dos Estados Unidos à Lei da Liberdade Religiosa Internacional. As medidas, assinadas na semana passada pelo presidente Barack Obama, visam a proteger os agnósticos e ateus no país.
Shaheed disse que em alguns países ateus são tidos como terroristas |
“Este é um desenvolvimento importante. Crentes, agnósticos e ateus devem ser igualmente protegidos. Muitos humanistas e agnósticos ainda são amplamente estigmatizados e perseguidos em todo o mundo”, disse Shaheed em comunicado emitido pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
De acordo com Shaheed, a promoção do pensamento ateu é considerado ato terrorista em muitos países. Em outros locais, a expressão de não crença ou ateísmo é condenada como blasfêmia e apostasia e recebe punição severa, incluindo sentença de morte ou ataques de grupos de vigilância.
“As pessoas muitas vezes não compreendem completamente o alcance do direito humano internacional à liberdade religiosa. Não se trata apenas de religiões ou crenças, mas também abrange o direito à liberdade de pensamento e de consciência, tal como previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos”, observou Shaheed.
O relator disse ainda que os termos “religião” e “crença” devem ser entendidos em um sentido amplo, a fim de incluir crenças teístas, não-teístas e o ateísmo, bem como o direito de não professar qualquer religião ou crença.
“Todos têm um papel importante a desempenhar na construção de sociedades pluralistas, inclusivas, pacíficas e prósperas no século 21”, disse.
“Em face da crescente diversidade, a liberdade de religião e de crença só pode ser mantida com a aceitação e inclusão plena dos ateus e dos agnósticos”, acrescentou.
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Ateus correm risco de morte em 13 países, constata relatório
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