Dízimo para TV Record é ilegal |
Nos últimos dez anos, a Igreja Universal transferiu para a TV Record cerca de R$ 2,3 bilhões, a título de compra de um horário de programação que vale pouco, de madrugada, para o programa “Fala que eu te escuto”.
O dono de uma e outra, como se sabe, é o mesmo, o bispo Edir Macedo.
O fluxo de dinheiro da Universal para a Record aumentou 239,58% nos últimos dez anos, de acordo com Ricardo Feltrin, do Uol.
Trata-se de uma taxa que superou em muito a inflação do período, de 96,34%.
Só em 2016, a compra do horário custou em torno de R$ 575 milhões.
Trata-se de uma transferência de dinheiro tão vergonhosa, que é estranho que ela ainda não tenha chamado a atenção da Receita Federal.
O programa de TV da igreja poderia se chamar "Eu engano porque vocês gostam".
A Universal e demais igrejas, afinal, desfrutam de imunidade tributária (dinheiro que deixa de ir para os cofres públicos) e deveriam, por isso, ter um mínimo de transparência em suas contas.
Se o Brasil levasse a sério suas contas públicas e a laicidade do Estado, entre outras coisas, esse escárnio para com a sociedade não chegaria a tanto.