Há suspeita de que parte do dinheiro vem do tráfico |
Pode-se dizer seguramente que as igrejas estão entre as maiores lavandeirias de dinheiro sujo do país.
É por uma razão simples: em vez de declarar que em determinado mês recebeu R$ 100 mil de dízimo, uma igreja poderá informar à Receita Federal que obteve R$ 1 milhão.
E sabe-se lá de onde veio a diferença.
Há suspeita de que determinadas igrejas lavam dinheiro do tráfico de drogas. E de políticos. A operação Lava Jato está investigando pelo menos dois casos.
Se os fiéis declararem à Receita Federal o total de dízimo que pagaram em um ano, ficaria mais difícil a lavagem.
Mas essa questão parece não preocupar ninguém. Nem sequer o poderoso Ministério Público Federal.
De acordo do Lauro Jardim, de “O Globo”, as igrejas declararam à Receita que receberam em 2013 em dízimo e doações R$ 17 bilhões, 23,6% a mais em relação a 2011. Quanto dessa quantia teria sido lavagem de dinheiro?
Observem: essa informação é a mais recente, embora seja de 2013. Ou seja, foi liberada com três anos de atraso.
Ela deveria informar, por exemplo, quanto cada igreja obteve dos fiéis e de outras fontes, qual o destino desse dinheiro, quais das igrejas foram submetidas a auditorias fiscais, etc.
Mas, repito, quem está preocupado com isso?
Talvez seja preciso esperar pelo surgimento de uma nova Lava Jato para abrir uma das mais bem fechadas caixas pretas do Brasil.
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