O amazonense Kelvin Nunes (foto), 18, foi um dos 77 estudantes que tiraram nota máxima (1.000) na redação “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil” do Enem 2016.
Ele disse que o fato de sofrer intolerância por ser ateu o ajudou na argumentação da redação,
“Eu tinha experiência para colocar na redação.”
Nunes afirmou que ouve com frequência que quem não acredita em Deus é pessoa má porque tem pacto com o demônio.
“Não é assim, não tem nada a ver”, disse, acrescentando que na redação ressaltou que as pessoas têm de respeitar a crença religiosa ou a descrença alheia.
Nunes disse ainda que se preparou para o exame, fazendo uma redação por semana.
Ateus relatam diariamente na rede social o tipo de discriminação sofrido pelo estudante.
Apesar disso, eles são ignorados pela imprensa.
'Eu tinha experiência [de ser discriminado] para pôr na redação' |
Envio de correção.
Tony Bellotto lamenta que ateus sejam vistos como anticristos